Começa hoje o Tour de France - a Volta a França. Embora envolta em muitos problemas e polémicas, continua a ser a prova ciclística maior à escala mundial.
Para nós, portugueses, a Volta à França teve um nome que lhe ficará eternamente associado: Joaquim Agostinho, com dois 3.ºs lugares e seis outras presenças nos primeiros dez lugares. Muito embora, convém recordá-lo, uma grande figura do ciclismo português, Alves Barbosa, tivesse obtido, ainda antes de Agostinho, um honroso 10.º lugar. Mais tarde, José Azevedo obteve um 5.º e um 6.º lugar e um homem saído a emigração portuguesa para o Luxemburgo, Acácio Silva, teve também participações honrosíssimas, sendo, aliás, o único português a ter usado a "camisola amarela" de liderança do Tour.
Mas o caso de Joaquim Agostinho foi muito diferente. Como ontem me lembrava alguém que por aqui anda há muitos anos, a presença de Agostinho e os seus êxitos foram um sopro de orgulho para os portugueses que andavam emigrados por esta Europa. No seu estilo rude mas simples, na expressão da sua força e teimosa determinação, Agostinho era "a cara" desses homens que os tempos difíceis em Portugal tinham atirado para a nobre aventura da emigração. Eles reviam-se em Agostinho e os seus feitos ajudavam a compensar as dificuldades do seu quotidiano e a servir de moeda de troca face às discriminações preconceituosas que muitos sofriam.
Ao tempo, em Portugal, as crónicas de Bruno Santos e Carlos Miranda, na "Bola", contavam-nos o dia-a-dia das peripécias de Agostinho em terras de França, nesses Tours onde conquistou várias etapas mas onde nunca obteve a vitória final, em luta perante a fina-flor do ciclismo mundial. A jornada épica do Alpe d'Houez, no ano em que terminou em 3º classificado, mas igualmente os momentos do Tourmalet, de l'Aubisque, do Galibier ou do Balon d'Alsace, bem como a chegada ao Puy de Dôme, fazem parte do meu imaginário de desportista de sofá. E estou certo que isso será comum a muitos portugueses.
Neste dia em que mais um Tour se inicia por aqui, é um grande gosto para o embaixador de Portugal em França lembrar a honrada figura de Joaquim Agostinho.
Para nós, portugueses, a Volta à França teve um nome que lhe ficará eternamente associado: Joaquim Agostinho, com dois 3.ºs lugares e seis outras presenças nos primeiros dez lugares. Muito embora, convém recordá-lo, uma grande figura do ciclismo português, Alves Barbosa, tivesse obtido, ainda antes de Agostinho, um honroso 10.º lugar. Mais tarde, José Azevedo obteve um 5.º e um 6.º lugar e um homem saído a emigração portuguesa para o Luxemburgo, Acácio Silva, teve também participações honrosíssimas, sendo, aliás, o único português a ter usado a "camisola amarela" de liderança do Tour.
Mas o caso de Joaquim Agostinho foi muito diferente. Como ontem me lembrava alguém que por aqui anda há muitos anos, a presença de Agostinho e os seus êxitos foram um sopro de orgulho para os portugueses que andavam emigrados por esta Europa. No seu estilo rude mas simples, na expressão da sua força e teimosa determinação, Agostinho era "a cara" desses homens que os tempos difíceis em Portugal tinham atirado para a nobre aventura da emigração. Eles reviam-se em Agostinho e os seus feitos ajudavam a compensar as dificuldades do seu quotidiano e a servir de moeda de troca face às discriminações preconceituosas que muitos sofriam.
Ao tempo, em Portugal, as crónicas de Bruno Santos e Carlos Miranda, na "Bola", contavam-nos o dia-a-dia das peripécias de Agostinho em terras de França, nesses Tours onde conquistou várias etapas mas onde nunca obteve a vitória final, em luta perante a fina-flor do ciclismo mundial. A jornada épica do Alpe d'Houez, no ano em que terminou em 3º classificado, mas igualmente os momentos do Tourmalet, de l'Aubisque, do Galibier ou do Balon d'Alsace, bem como a chegada ao Puy de Dôme, fazem parte do meu imaginário de desportista de sofá. E estou certo que isso será comum a muitos portugueses.
Neste dia em que mais um Tour se inicia por aqui, é um grande gosto para o embaixador de Portugal em França lembrar a honrada figura de Joaquim Agostinho.
1 comentário:
Interessante e justa homenagem.
Foi um grande ciclista e embaixador da coragem Portuguesa.
<< No seu estilo rude mas simples, na expressão da sua força e teimosa determinação>>
René Bittinger,colega de equipa e de quarto, com quem dou uns "passeios" de bicicleta, compartilha esta sua afirmação.
Carlos Falcao
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