quinta-feira, fevereiro 27, 2025

O alibi


Sabia que o Luís Castro Mendes era um diplomata "de truz". Só não o sabia tão pérfido. Decidou marcar o lançamento do seu último livro para as 19.00 horas de hoje, no Grémio Literário, na rua Ivens, quando ele sabia, de ciência certa, que hoje iria estar um dia infernal de chuva.

Este é um conhecido truque! É assim que o Luís faz a separação das águas (neste caso, da chuva), é deste modo que ele seleciona os (verdadeiros dos falsos) amigos! 

Quem não tem pachorra para arrostar com a intempérie e meter-se no trânsito do Chiado vai argumentar que está com uma constipação "de caixão à cova". Os mais ousados vão dizer que estão com Covid. Outros justificarão a falta porque lhes chegou uma prima de Mirandela, atulhada de alheiras, à gare do Oriente.

O meu argumento para justificar a falta é, infelizmente, bastante mais frágil: disse ao Luís que, como antigo embaixador em França, tinha sifo convidado para jantar esta noite com Macron, no palácio da Ajuda. Sendo isto embora pura verdade, ouvi o Luís, céptico, do outro lado da linha, responder: "Ai é?! Dá beijos nossos à Brigitte!" 

Derei, descansa!, Luís! 

Isto é um inferno! Já não há bons alibis!

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