Há cinco anos partiu José Mário Branco, um grande criador musical e um cidadão de espinha erguida face à ditadura e a tudo quanto afetasse a sua liberdade. Era um "enragé", no melhor sentido. Fez-me companhia por todo mundo por onde vivi. Tenho toda a sua obra (como tenho as completas de Sérgio Godinho, Fausto, Jorge Palma, José Afonso, Luís Cília e alguns mais). No auge da "troika" que nos saiu em rifa, recordei várias vezes o seu "FMI". Andei pela gare de Austerlitz, em Paris, à procura dos sons do seu tema homónimo. Vi-o cantar com Fausto e Godinho, numa noite belíssima no Campo Pequeno. Nunca o conheci, mas sei-o de cor. Deixo o link para um tema divertido, mas muito sério, com a toponímia de Lisboa nas palavras. Aqui.
4 comentários:
Caro Embaixador, aplauso. Uma correcção, o concerto, os Três Cantos, foi no Campo Pequeno, numa excelente noite em que estive presente com a família.
um cidadão de espinha erguida face à ditadura e a tudo quanto afetasse a sua liberdade
Era um homem do Porto!
António Barata. Tem toda a razão. Fiz confusão com outro espetáculo do Fausto no CCB
Não deixo de reconhecer a genialidade de alguns autores, como José Mário Branco. Mas depois de ter levado com as músicas deste autor e de outros em doses cavalares nos tempos do PREC, confesso que só as consumo de vez em quando e em pequenas doses.
Enviar um comentário