sexta-feira, abril 26, 2019

Reflexão sobre a ingratidão


Hoje, no Jornal de Negócios, pode ler o artigo que ali publico com o título em epígrafe. Aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

Lido este tão sério assunto: A Liberdade.

Despacho

Assim como podemos definir o tópico da liberdade:

a)Possibilidade de poder viver como entender, sem infringir a lei.

b)Viver sem lei, por a mesma ser de um regime que não nos convém.

c)Em 1974 a palavra liberdade significava poder viver intelectualmente conforme cada um entendesse melhor para si.

d)Com a república implantada em 1910 pensou-se que se poderia viver sem a pressão social da monarquia liberal que consistia em aceitar o informar-se as populações da veracidade das informações. Sabemos hoje a rebaldaria de informações produzidas nesses tempos a qual só é comprável com o que hoje chamamos de "fake news".

e)Para as populações de hoje não é possível uma sociedade existir, como tal, havendo entrave ao acesso do conhecimento.

f)A palavra "liberdade" dos anos 70 em Portugal já não tem a mesma dimensão na actualidade até porque o tempo que passou, entretanto, e demonstrou-se a urgência de se defender outras coisas como a ecologia e o aquecimento global etc. etc.

g)A liberdade é olhada como um dado adquirido numa UE, como uma banalidade pois até se pode viajar e viver em qualquer país da Europa que tenha aderido a Schengen.


As populações deste país só irão um dia lembrar-se da liberdade conseguida, nesses idos de 74, apenas quando os políticos, com acento na AR, efectuarem muitas asneiras, escândalos e outras misérias, provocando a caída deste regime.
Nessa altura não tenho dúvida que se acabam as "amplas liberdades democráticas" nas quais vivemos hoje.

O tempo o dirá melhor do que eu.

Sm deferimento.

aamgvieira disse...

"As populações deste país só irão um dia lembrar-se da liberdade conseguida, nesses idos de 74, apenas quando os políticos, com acento na AR, efectuarem muitas asneiras, escândalos e outras misérias, provocando a caída deste regime.
Nessa altura não tenho dúvida que se acabam as "amplas liberdades democráticas" nas quais vivemos hoje.

O tempo o dirá melhor do que eu."


Deve faltar pouco.... até nos "amigos dos cemitérios de Lisboa já estão.....

Anónimo disse...

Para quem conseguir ler e entender, recomendo


https://www.agoravox.fr/tribune-libre/article/marxistes-leninistes-communistes-l-214596

Joaquim de Freitas disse...

Excelente reflexão, Senhor Embaixador. Porque é verdade que só aqueles que sofreram da ausência de liberdade nesses anos sinistros anteriores ao 25 de Abril, podem descrever a raiva que os habitava, quando eram vítimas da opressão fascista.

Mas a liberdade não trouxe tudo o que se esperava, numa sociedade onde não existia nenhum direito.

E se a democracia existe agora, como a liberdade, há mais para uns que para outros. Quero dizer com isto que as desigualdades são tão profundas ainda, em vários aspectos da vida quotidiana e na própria formação dos cidadãos, que alguns chegam a pensar que estas duas conquistas, não significam a mesma coisa para todos.

Quando o Senhor Embaixador escreve! “Ora a democracia é isto mesmo: o próprio direito a lê-la como cada um entenda”, penso que as duas conquistas da revolução, liberdade e democracia, não são acessíveis a todos da mesma maneira.

Política, conhecimento e verdade não são bons companheiros de viagem. Mas a democracia vai junto com a ideia de cidadãos iguais, racionais e autónomos. Defender a democracia, contra o céptico, o relativista e o cínico, é situar-se num "espaço de razões", teóricas e práticas, onde se pode fornecer justificações e objectivo, não o único consenso, mas a verdade.

A relutância com a verdade, em geral, e na política, em particular, vem de mal-entendidos e confusões no seu conceito: associamos a verdade ao dogmatismo, ao absolutismo metafísico -teológico e ao infalibilíssimo. Confunde-se o que é verdadeiro com o que nós consideramos verdadeiro.

Assim, penso que um dos problemas da sociedade “democrática” é precisamente o facto que a falta de conhecimento da política leva muitos cidadãos a eleger representantes que um dia vão atacar os fundamentos da democracia e mesmo da liberdade.

O que quer dizer que , antes de utilizar o seu direito a " ler a democracia como entende", seria necessário que cada um seja capaz de saber o que é a democracia.



Joaquim de Freitas

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