sábado, maio 09, 2015

Viva a greve dos pilotos!

Por muito que detestemos as razões de um qualquer grevista - seja desta cáfila egoísta de pilotos, seja dessa mafia que são os maquinistas da CP ou quaisquer outros oportunistas de igual laia -, por muito que a sua atitude prejudique os utentes, o erário da empresa ou qualquer outro interesse, a preservação do inalienável direito à greve, apenas atenuável pelo mecanismo legal dos serviços mínimos ou da requisição civil, terá sempre um preço muito "barato", porque esse é o preço da democracia. E essa não tem preço! Percebam bem isso, por favor.

22 comentários:

Anónimo disse...

Quando a TAP começar a ser reestruturada, de certeza que os pilotos serão dos primeiros a trocar de poiso para uma das companhias do golfo e não terão problemas. O mesmo não se passará certamente com o pessoal de cabine, de terra e da manutenção, que terá de ficar apenas com o subsídio de desemprego.

domingos disse...

"a preservação do inalienável direito à greve, apenas atenuável pelo mecanismo legal dos serviços mínimos ou da requisição civil, terá sempre um preço muito "barato", porque esse é o preço da democracia". De acordo, mas entre os fatores de "atenuação" acho que se deveria incluir também o mecanismo legal da falência da empresa...

opjj disse...

O que eu acho, é que um tipo que afronta e ameaça um governo dizendo que já deu prejuízo de 30 milhões e não fica por aqui,é um irresponsável.
Mais, isto é sabotagem ao país, pelo que deveria logo ser preso. Noutro país não repetia o ameaço.
Aliás até ameaçou que o Estado não tinha dinheiro para pagar as elevadas indemnizações.
Pergunto o despedimento seria com ou sem justa causa?

Reaça disse...

Se isto é democracia, meia dúzia de gatos pingado mandarem nisto tudo, melhor um bom ditador que após uns anitos podemos deportar para Pombal, ou Santa Comba.

Meia dúzia de médicos, meia dúzia maquinistas, meia dúzia de sindicalistas de funcionários públicos, com greves tri ou quadri-anuais estrategicamente programadas há 40 anos seguidos, lixaram esta trampa de república das bananas.

Reaça disse...

Se isto é democracia, meia dúzia de gatos pingado mandarem nisto tudo, melhor um bom ditador que após uns anitos podemos deportar para Pombal, ou Santa Comba.

Meia dúzia de médicos, meia dúzia maquinistas, meia dúzia de sindicalistas de funcionários públicos, com greves tri ou quadri-anuais estrategicamente programadas há 40 anos seguidos, lixaram esta trampa de república das bananas.

Haja Deus!! disse...

… "falência da empresa" é coisa de somenos, são custos da democracia (ou daquilo que, desgraçadamente, muitos de nós julgam ser a democracia). Que pena, que tantos tenham que pagar com seus sonhos e esperanças desfeitos, suas vidas adiadas e tantas vezes jamais recuperadas, e tudo por esses desvarios ou "enganos" de uns tantos mal intencionados ou simplesmente idiotas, mas que tantos estragos fazem . Mas que bom, "Viva a democracia"!

Anónimo disse...

O direito à greve só "existe" nas empresas públicas e na função pública!
Será que a maçonaria só exige o direito à greve no setor público que apesar de tudo não controlará com o à vontade com que controlará o setor privado?

Anónimo disse...

Não vi o comentário do Senhor D. Miguel
Fernando Neves

Graça Sampaio disse...

Toda a razão! Tivéssemos todos nós a coragem dos pilotos da TAP e este governo já estaria no chão!

Anónimo disse...

O texto oferece á vista "desarmada" o que muitos pensam da "democracia-da-greve":

Nunca trabalharam em empresas privadas anglo-saxónicas em que o resultado do grupo se reflecte na melhoria das empresas, nos lucros e em compensações para todos, de acordo com as responsabilidades de cada um.

Viveram sempre agarrados ás ideias rosadas do séc XX.

"Esquecem-se" que uma empresa não deve ser do estado, mas sim dos accionistas, não sabem(!?) e agarram-se a qualquer tábua á procura dum d.sebastião vindo do seu imaginário prolongando o passado que já era.

Joaquim de Freitas disse...

O anónimo das 00:03 esquece todas as companhias aéreas anglo-saxónicas que faliram, mesmo sem greves, mas simplesmente devido à desregulamentação criada por Reagan e seguida por Thatcher. Ibéria, Air France, KLM, Swissair são exemplos das dificuldades que todas as companhias sérias experimentam, mesmo sem greves. E não falemos da PANAM, TWA, etc. americanas que simplesmente faliram.
E esquece igualmente o desaparecimento de toda a industria automóvel britânica, que passou para a mão de accionistas estrangeiros. Os accionistas estrangeiros seriam melhores que os ingleses? Porquê?

A reorganização estrutural da sociedade através de mudanças institucionais na política e na economia não se pode nem se deve fazer sem a componente social.

As democracias industriais , digamos os capitalistas, não querem garantir a existência de cidadãos livres e capacitados, dispondo de condições culturais e económicas para actuar em ambiente social onde a desigualdade não impeça a iniciativa individual e colectiva.

Por isso, se luta, em todas as partes do mundo, por arranjos institucionais alternativos aos existentes, que sejam capazes de cumprir a promessa democrática: na dimensão económica, instituições que ampliem substantivamente as oportunidades para trabalhar e produzir de modo à reconfigurar o que entendemos por mercado e, na dimensão política, instituições que propiciem uma participação política que gere mudanças efectivas.

Mas, vê-se bem ,que existe um enorme "décalage" entre estas aspirações da maioria dos cidadãos no mundo hoje e as perspectivas a respeito da política e da economia no pensamento dos accionistas e dos capitalistas em geral. Este é o combate da TAP . E não é proibindo a greve que se resolve o problema. No fundo, é o sistema económico que está em causa.

O paraíso dum mundo do trabalho sem direitos nem garantias de nenhuma espécie , segundo o modelo asiático, é o sonho do mundo da finança. Um vasto mundo de escravos submetidos a uma lei que só conhece um objectivo : a rentabilidade financeira.

ARD disse...

Fernando Neves, o Senhor D. Miguel já comentou, sob anonimato e com pseudónimo.

Isabel Seixas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Isabel Seixas disse...

É uma bela reflexão
Democracia a qualquer preço?!!!
Ou Democracia, só para os privilegiados, promiscua, leviana e inconsequente...?

Talvez devamos orientar a democracia para a democracia do maior prejuízo das minorias e o menor das maiorias.

Transpondo para a realidade das condições de trabalho que conheço,
trabalhadores que face às exigências da deontologia profissional que se impuseram, numa intensidade superior às suas forças humanas face às necessidades dos utentes, mas que jamais conseguiriam pagar as necessidades humanas básicas se enveredassem por uma reivindicação de direitos com esses dias todos de greve.

Há trabalhadores que são mesmo mesmo ricos.

Olhem estudássemos...

Anónimo disse...

A TAP se for privatizada vai ter de ser nacionalizada pouco tempo depois... A TAP é aquilo que Portugal ainda pode ser, isto é enquanto voa rasga horizontes e chega a portugueses para além destes tretas a quem passa pelas cabeças QUE "tudo" deve estar nas mãos dos privados. Que privados? Quem vai fazer por Portugal o que até agora tem feito "sozinha" a TAP? Que privados irão assegurar os destinos conquistados pela TAP para um país pequeno e com pouca população? Quem ajuda a aumentar as "milhas aéreas e marítimas" do nosso país? Quanto cobra o país pelo espaço aéreo que vai de uma costa à outra do Atlântico, por exemplo? Já perguntaram aos açorianos e aos madeirenses se não estão disponíveis para "dar" o dinheiro arrecadado nesse espaço pelo Estado para compensar a perca da dita "empresazita" que algumas pessoas consideram que fica bem na mão de privados? Digam que privados vão comprar a TAP pelo que ela vale? Meus "jovenzitos" a dívida da TAP paga-se quando o Governo abrir uma subscrição pública e junto dos consulados portugueses por esse mundo fora... Dispensamos as vossas economias. Guardem-nas para comprarem uns bilhetes de viagem na TAP portuguesa, que não é, nem tem nada a ver com as empresas europeias ou asiáticas que conhecem. A TAP é mesmo Portugal. Não procurem nos computadores estas e outras justificações; oiçam os mais velhos, mesmo sem serem "aqueles reformados" que vocês não aguentam pelas "chorudas reformas", que acham que eles têm. Há muita gente anónima, pobre e humilde (como eu) que vos sustentou muitos anos "baldeados na vida, cansada de regressos a casa, com os velhos pais sem saberem ler, perdidos nos aeroportos, quando os iam visitar... a pagarem viagens mais caras... no Natal, nos arraiais, em Agosto, ou na Páscoa. Sempre na TAP, para vos dar mais qualquer coisa para o nosso dia a dia. Portugal é hoje (num mundo em crescendo) em dia um país com condições de ser independente? Se o é, também a TAP. Há que defender isso na Europa e nos cantos todos do mundo. Se Portugal existe
Se há tantos portugueses a defender que deve ser gerida pelos governos portugueses
É porque a TAP é fundamental para a nossa existência. (SE/SE/É!!!)
Comprei sempre os bilhetes na TAP portuguesa e acredito que o farei sempre. Nem me passa pela cabeça que seja privatizada pelo valor das suas dívidas... Isso é que era bom, para as luvas de quem a vai vender. As mãos hão-de ficar-lhes sempre vazias, pelo prejuízo que hoje fizerem ao país. É o que lhes há-de faltar para os filhos e para os netos!!!!!! Quem quer a plataforma na Europa à moda de Macau, que pague uns voos na TAP, que muitos de nós agradeceremos com humildade e submissão noutras áreas da nossa economia.

Anónimo disse...

Mas então se

«detest[a]mos as razões de um qualquer grevista [...], por muito que a sua atitude prejudique os utentes, o erário da empresa ou qualquer outro interesse»

não quererá o senhor embaixador propôr uma outra forma de luta de trabalhadores que seja mais consentânea com essa visão?

Retornado disse...

Quando o primeiro administrador da TAP, Humberto Delgado, criou a TAP a mando do Chefão, não foi para a entregar nas mãos de um brasileiro qualquer.

Foi para servir as colónias.

Estas já foram, não faz mais sentido manter maganões, sejam brasucas ou portugas.

disse...

Eu não compreendo porque é que que o direito à greve deve ser universal. Eu penso que a greve deveria servir para proteger os mais pobres e os que têm menos instrução. No fundo, a greve deveria ser um instrumento dos mais vulneráveis, que podem facilmente ser substituídos. Uma greve de pessoas que ganham pouco menos de 100.000 euros por ano é completamente incompreensível e uma vergonha num país com 20% de pessoas no limiar da pobreza. Como diria o Joaquim Monchique, vão trabalhar macacas... Estes pilotos metem-me noijeeeeee :P

Anónimo disse...

Alguma vez os pobres foram protegidos pela direita e pelo salazar? só contaram para VOCÊ. - a sopas de cavalo cansado - valha-me Deus

Zé da Adega o da esperança

Anónimo disse...

Nem a bandalheira das ocupações da merda do prec, foi tão terceiro-mundista como esta cena dos pilotos.

Claro que o rabo entre as pernas deste governo, perante meia dúzia de pilotos, não é mais covarde do que os empresários e administradores foram naqueles tempos.

Carlos Fonseca disse...

Com o sentido de humor que lhe é característico, o autor do blogue deve divertir-se à grande com o "analfabetismo" democrático de grande parte dos comentadores que lhe frequentam a "loja".

Ou talvez eu esteja enganado, e ele lamente e se sinta envergonhado pelas tristes figuras que - eventualmente sem se aperceberem de quão ridículos se tornam - grande parte dos corajosos anónimos (tal como eram os informadores da PIDE), saudosos do "Botas", aqui fazem, com espantosa regularidade.

Anónimo disse...

Cumprissem as empresas e o Estado os contratos que assinam com as pessoas que contratam e provavelmente não haveria greves. Esse é o busílis da questão!

O mesmo se aplica aos políticos que prometem mundos e fundos nas campanhas e quando são eleitos viram o bico ao prego.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...