"Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portugueza. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa propria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ipsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse."
Apesar da opinião favorável dos meios politícos e intelectuais como o sewnhor embaxador, cá o rapaz, já entradote, vai continuar a escrever como aprendeu na primária, e o fazia nas provas em papem de 25 linhas. Afinal se é ACORDO, porque é que os outros "acordantes" não o cumprem e só nós é que o cumprimos? Valem-nos os angolanos que já disseram que vão escrever o português que aprenderam... Isto não tem que ver com saudosismos, mas não é de certeza UM NOVO-RIQUISMO PAROLO...
No outro dia li um comentário de um sujeito muito idoso que dizia que escrevia como tinha aprendido. E eu pensei cá para mim: o homem já perdeu dois ou três acordos - metam-no no museu!
E eu que amo Pessoa claro que lhe desculpo alguns desaires de obtusidade apaixonada, pois não é a paixão o inconsciente irracional e em birra por posse de um objeto muitas vezes só porque sim e para se armar esquecendo a evolução dinâmica das metamorfoses do ser...
Caro Senhor Embaixador: Intriga-me bastante discutir-se o AO sem se ir à raiz. Estou convencido que muitas pessoas nunca leram as Bases do AO, não conhecem as implicações do mesmo, escolhem um dos campos - o acordista ou o anti-acordista - pelas mesmas razões que se escolhe ser do Benfica, do Sporting, do FCP ou de outro clube qualquer: por simpatia afectiva. Quando se estabelece um acordo tem de haver um objectivo: neste caso foi uniformizar a Língua Portuguesa nas suas duas vertentes: a luso-africana e a luso-brasileira. Conseguiu-se? Não, criaram-se mais grafias diferentes do que as existentes. Quando se estabelece um acordo ele tem de ter coerência interna: Tem? Não, é claramente incoerente. Deixo meia dúzia de pequenos exemplos da sua incoerência: 1.º - Cor-de-rosa e água-de-colónia escrevem-se com hífen por causa da consagração pelo uso; 2.º - Cor de laranja e fim de semana escrevem-se sem hífen, apenas porque… não. 3.º - Para (verbo) perde o acento confundindo-se com para (preposição). 4.º - Pôr (verbo) mantém o acento para se distinguir de por (preposição). 5.º - Pode (pretérito perfeito) leva «obrigatoriamente» acento (pôde) para se distinguir de pode (presente do indicativo); 6.º - Demos (presente do conjuntivo) leva «facultativamente» acento (dêmos / demos) para se distinguir/se confundir com demos (pretérito perfeito); Senhor Embaixador, por favor, explique-me, então, as vantagens. E diga-me se os dois aspectos que refiro: objectivos e coerência não têm importância.
Em vez de escrever textos que se limitam a colar quem está contra o Acordo ao arcaísmo, sem adiantar argumentos concretos, peço-lhe que me explique quais as vantagens de tão bendito Acordo.
Como é que a supressão das consoantes ditas mudas (que não o são) aproxima os dois lados do Atlântico ? O AO unifica certas ortografias, mas diferencia outras ("recepção", por exemplo, que antes se escrevia da mesma forma de ambos os lados do Atlântico, e agora se escreverá sem "p"... só por cá). E o que mais entraves causa à compreensão mútua fica (naturalmente) de fora: o léxico, a sintaxe, a fonética.
As facultatividades, que eu saiba, em vez de unificarem, criam mais possibilidades ainda, o que de um ponto de vista linguístico é aberrante.
Por favor explique-me em que é que o AO nos vem tirar das trevas medievas ?
Caro Luís Guerra. Passei anos, de artigos a textos em livros, a explicitar as razões pelas quais sou favorável ao novo Acordo Ortográfico, mesmo que algumas das soluções nele plasmadas me não convençam por completo. Essas razões estarão certas ou erradas. Não me sinto, contudo, na obrigação de estar a elencá-las de cada vez que o assunto vem à baila. Desculpe lá!
Felicito-o por este seu postal. Só por falta de espaço não desenvolvo aqui a miríade de razões porque adotei há muito a orografia decorrente do acordo de 1990. Pois que não é política do seu blogue aceitar elos para textos alheios, coibo-me de o fazer relativamente ao tratamento muito inteligente que da questão fez Evanildo Bechara em entrevista a Fabiana Godoi inserta no «Público» de 21 de junho 2010.
“Não me sinto, contudo, na obrigação de estar a elencá-las de cada vez que o assunto vem à baila. Desculpe lá!” – Mas que frase mais estúpida! Então não é você que, em tom provocador, sempre que pode e lhe passa na cabeça, como agora, uma vez mais, mete esta provocação do A.O no Blogue? Estamos a brincar ou quê? Este A.O é um atentado à latinidade. À origem da língua. Não tem uma lógica de sintaxe, nem do racional (porquê, por exemplo, os meses e dias de semana em minúsculas), como explicar tantas outras “construções” e “adopções” como as que Manuel Silva elenca e bem? A razão porque o Seixas, provocatoriamente traz esta porcaria à baila é por causa do preso 44, que fez adoptar este Acordo. Não interessa nada que o processo se tenha iniciado antes, em 90, com o Santana. Foi o seu amigo Sócrates e o seu PS que o fizeram aprovar, na A.R. Escreva lá como quiser. Com esta porcaria de A.O. Escrever de outra forma nunca será crime. E haverá sempre gente a escrever de duas formas. Uns com o “Aborto” e outros como antes. HSC é que é tesa e tem razão. Como o disse no Fio de Prumo. Fique bem, com mais esta sua provocaçãozinha! Rogério Marques da Silva
Ou seja, Seixas da Costa, quando confrontado com o que interessa em relação a esta questão, chuta para canto, como se costuma dizer no futebol. E honestidade intelectual, resta alguma? Lamentável posição de alguém que pretende ser intelectualmente luminoso. Triste. Se a diplomacia portuguesa é servida por gente deste calibre, não restam dúvidas sobre a sua ineficácia e podridão.
O novo AO é uma estranha operação de barriga aberta à língua, muito mais intrusiva e profunda do que aqui se procura ironizar à superfície da grafia. É que a grafia duma palavra não é a mesma questão da grafia dum fonema. O AO sangra a língua portuguesa, porque lhe retira a seiva das etimologias. Arranca-lhe as raízes do significado e do sentido. Os erros acidentais (por inércia, analogia ou ignorância) na aplicação das normas da consoante - somados ao erro essencial que o próprio acordo é - produzem pérolas destas: - ajunto/adjunto - batéria/bactéria - compatar/compactar - cootar/cooptar - elise/eclipse - ezema/eczema - indenização/indemnização - oção/opção - ostáculo/obstáculo - réteis/répteis - setor/sector - tenológico Estas pérolas (e outras compiladas por João Pedro Graça) estão em "sítios" oficiais de importantes instituições e empresas públicas e privadas, incluindo estabelecimentos de ensino superior e órgãos de comunicação social, que o autor identifica e lista. Poderá o sr. embaixador explicar-me o que querem dizer?!
Já que o Luís Guerra diz que as consoantes não são mudas, talvez ele queira dizer-nos onde esta o cêzinho em "Meta". Atenção! Eu escrevi "meta" e não "meta".
O sr. Embaixador ainda não percebeu o fundamental do Acordo/Desacordo e muito menos quer perceber as razões de quem está contra. Não sei se gastou as pestanas a estudar latim para saber o que é a etimologia; não sei se sabe o que é a semântica. Mas sabe o que é, com certeza, legislar para impor politicamente um Acordo. Sugiro que façam um Acordo para uniformizar a terminologia de "Grande Sertão: Veredas" de Guimarães Rosa e dos livros de Mia Couto, ou a pontuação de Saramago ou Maria Velho da Costa. E não vou tão longe: apenas as crónicas de alguns bons cronistas brasileiros e portugueses. Há quem ainda não se tenha apercebido de que no AO há uma coisa absolutamente brilhante: a dupla grafia. Contaram-me há dias que uma pessoa muito conhecida da nossa praça, impositor do AO, e creio que seu amigo, proibiu que lhe tocassem nos seus textos escritos segundo Malaca e C.ª. Mostraram-me um desses textos e fiquei abismado: esse senhor, importante, que se ajoelhou diante do AO, não sabia as suas regras e tinha lá uma série de asneiras. Já que o defendem, que o saibam aplicar.No dia de hoje, apetece-me dizer: "Ninguém para o Benfica... ninguém para o Marquês". Desejo que o SLB vença e assim ninguém pára o Benfica e todos vão para o Marquês. E há textos que se escrevem que são falaciosos e só servem para deitar poeira para os olhos alheios. Assim, não.
Caro Anónimo (Rogério Marques da Silva): Parece que estamos ambos do lado dos que estão contra o AO. Mas a nossa cumplicidade fica-se por aí. Acho de muito mau gosto o seu texto, em especial certas frases, tal como o juízo de intenção infundado e ofensivo que fez. O seu texto é um puro ataque «ad hominem». Podemos estar no mais completo desacordo em dada matéria com uma pessoa, mas nada nos dá o direito de a ofender, muito menos se estamos em «sua casa»: como é, em certo sentido, um blogue. «frase mais estúpida!» e «provocação» não passam de ofensas à pessoa de FS da Costa. Por mais afastadas que estejam duas pessoas quanto à interpretação da validade de um dado tema, no caso o AO, não há discordância que justifique frases ofensivas deste jaez, nem de outro qualquer. «A razão porque o Seixas, provocatoriamente traz esta porcaria à baila é por causa do preso 44, que fez adoptar este Acordo» Esta então raia a pior má educação que se possa imaginar, além de não passar de um malévolo processo de intenções que jamais conseguirá provar. Consegue estar na cabeça de cada pessoa para saber as razões das suas escolhas? Eu não posso estar mais em desacordo com o senhor Embaixador FS da Costa quanto a esta matéria, mas isso não me dá o direito, nem a ninguém, de o vir aqui insultar nem de fazer afirmações sobre ele que não conseguirei nunca provar. Devo terminar dizendo que não o conheço pessoalmente, nunca sequer no cruzámos, nem na rua, que me tenha apercebido. Não tenho filiação partidária, nunca tive, pelo que jamais manifestarei solidariedades por essa via. Acho que se devia penitenciar aqui pelo que escreveu. Eu não teria o mínimo problema em o fazer, se tivesse caído numa situação lamentável como esta.
21 comentários:
"Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portugueza. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa propria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ipsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse."
Fernando Pessoa
Apesar da opinião favorável dos meios politícos e intelectuais como o sewnhor embaxador, cá o rapaz, já entradote, vai continuar a escrever como aprendeu na primária, e o fazia nas provas em papem de 25 linhas.
Afinal se é ACORDO, porque é que os outros "acordantes" não o cumprem e só nós é que o cumprimos?
Valem-nos os angolanos que já disseram que vão escrever o português que aprenderam...
Isto não tem que ver com saudosismos, mas não é de certeza UM NOVO-RIQUISMO PAROLO...
duarteO
um belo texto a colocar no museu da língua portuguesa :)
No outro dia li um comentário de um sujeito muito idoso que dizia que escrevia como tinha aprendido. E eu pensei cá para mim: o homem já perdeu dois ou três acordos - metam-no no museu!
QUE LINDA A MANCHA DO TEXTO E O TIPO DE LETRA...
E eu que amo Pessoa claro que lhe desculpo alguns desaires de obtusidade apaixonada, pois não é a paixão o inconsciente irracional e em birra por posse de um objeto muitas vezes só porque sim e para se armar esquecendo a evolução dinâmica das metamorfoses do ser...
Caro Senhor Embaixador:
Intriga-me bastante discutir-se o AO sem se ir à raiz.
Estou convencido que muitas pessoas nunca leram as Bases do AO, não conhecem as implicações do mesmo, escolhem um dos campos - o acordista ou o anti-acordista - pelas mesmas razões que se escolhe ser do Benfica, do Sporting, do FCP ou de outro clube qualquer: por simpatia afectiva.
Quando se estabelece um acordo tem de haver um objectivo: neste caso foi uniformizar a Língua Portuguesa nas suas duas vertentes: a luso-africana e a luso-brasileira.
Conseguiu-se?
Não, criaram-se mais grafias diferentes do que as existentes.
Quando se estabelece um acordo ele tem de ter coerência interna: Tem?
Não, é claramente incoerente.
Deixo meia dúzia de pequenos exemplos da sua incoerência:
1.º - Cor-de-rosa e água-de-colónia escrevem-se com hífen por causa da consagração pelo uso;
2.º - Cor de laranja e fim de semana escrevem-se sem hífen, apenas porque… não.
3.º - Para (verbo) perde o acento confundindo-se com para (preposição).
4.º - Pôr (verbo) mantém o acento para se distinguir de por (preposição).
5.º - Pode (pretérito perfeito) leva «obrigatoriamente» acento (pôde) para se distinguir de pode (presente do indicativo);
6.º - Demos (presente do conjuntivo) leva «facultativamente» acento (dêmos / demos) para se distinguir/se confundir com demos (pretérito perfeito);
Senhor Embaixador, por favor, explique-me, então, as vantagens.
E diga-me se os dois aspectos que refiro: objectivos e coerência não têm importância.
No meu assento de baptismo o padre escreveu cincoenta. Quanto vi, há pouco tempo, senti-me velhíssimo.
Sr. Embaixador,
Em vez de escrever textos que se limitam a colar quem está contra o Acordo ao arcaísmo, sem adiantar argumentos concretos, peço-lhe que me explique quais as vantagens de tão bendito Acordo.
Como é que a supressão das consoantes ditas mudas (que não o são) aproxima os dois lados do Atlântico ? O AO unifica certas ortografias, mas diferencia outras ("recepção", por exemplo, que antes se escrevia da mesma forma de ambos os lados do Atlântico, e agora se escreverá sem "p"... só por cá). E o que mais entraves causa à compreensão mútua fica (naturalmente) de fora: o léxico, a sintaxe, a fonética.
As facultatividades, que eu saiba, em vez de unificarem, criam mais possibilidades ainda, o que de um ponto de vista linguístico é aberrante.
Por favor explique-me em que é que o AO nos vem tirar das trevas medievas ?
Com simpatia,
Luís Guerra
Caro Luís Guerra. Passei anos, de artigos a textos em livros, a explicitar as razões pelas quais sou favorável ao novo Acordo Ortográfico, mesmo que algumas das soluções nele plasmadas me não convençam por completo. Essas razões estarão certas ou erradas. Não me sinto, contudo, na obrigação de estar a elencá-las de cada vez que o assunto vem à baila. Desculpe lá!
Senhor Embaixador
Felicito-o por este seu postal. Só por falta de espaço não desenvolvo aqui a miríade de razões porque adotei há muito a orografia decorrente do acordo de 1990. Pois que não é política do seu blogue aceitar elos para textos alheios, coibo-me de o fazer relativamente ao tratamento muito inteligente que da questão fez Evanildo Bechara em entrevista a Fabiana Godoi inserta no «Público» de 21 de junho 2010.
“Não me sinto, contudo, na obrigação de estar a elencá-las de cada vez que o assunto vem à baila. Desculpe lá!” – Mas que frase mais estúpida! Então não é você que, em tom provocador, sempre que pode e lhe passa na cabeça, como agora, uma vez mais, mete esta provocação do A.O no Blogue? Estamos a brincar ou quê?
Este A.O é um atentado à latinidade. À origem da língua. Não tem uma lógica de sintaxe, nem do racional (porquê, por exemplo, os meses e dias de semana em minúsculas), como explicar tantas outras “construções” e “adopções” como as que Manuel Silva elenca e bem?
A razão porque o Seixas, provocatoriamente traz esta porcaria à baila é por causa do preso 44, que fez adoptar este Acordo. Não interessa nada que o processo se tenha iniciado antes, em 90, com o Santana. Foi o seu amigo Sócrates e o seu PS que o fizeram aprovar, na A.R.
Escreva lá como quiser. Com esta porcaria de A.O. Escrever de outra forma nunca será crime. E haverá sempre gente a escrever de duas formas. Uns com o “Aborto” e outros como antes. HSC é que é tesa e tem razão. Como o disse no Fio de Prumo. Fique bem, com mais esta sua provocaçãozinha!
Rogério Marques da Silva
Bom, este texto está de mais, caro Embaixador!!! E a ironia que contém é por de mais fina.... Gostei e, peço desculpa, copiei......
Muito obrigada.
Ou seja, Seixas da Costa, quando confrontado com o que interessa em relação a esta questão, chuta para canto, como se costuma dizer no futebol. E honestidade intelectual, resta alguma? Lamentável posição de alguém que pretende ser intelectualmente luminoso. Triste. Se a diplomacia portuguesa é servida por gente deste calibre, não restam dúvidas sobre a sua ineficácia e podridão.
O novo AO é uma estranha operação de barriga aberta à língua, muito mais intrusiva e profunda do que aqui se procura ironizar à superfície da grafia. É que a grafia duma palavra não é a mesma questão da grafia dum fonema.
O AO sangra a língua portuguesa, porque lhe retira a seiva das etimologias. Arranca-lhe as raízes do significado e do sentido.
Os erros acidentais (por inércia, analogia ou ignorância) na aplicação das normas da consoante - somados ao erro essencial que o próprio acordo é - produzem pérolas destas:
- ajunto/adjunto
- batéria/bactéria
- compatar/compactar
- cootar/cooptar
- elise/eclipse
- ezema/eczema
- indenização/indemnização
- oção/opção
- ostáculo/obstáculo
- réteis/répteis
- setor/sector
- tenológico
Estas pérolas (e outras compiladas por João Pedro Graça) estão em "sítios" oficiais de importantes instituições e empresas públicas e privadas, incluindo estabelecimentos de ensino superior e órgãos de comunicação social, que o autor identifica e lista.
Poderá o sr. embaixador explicar-me o que querem dizer?!
Anda atento à página Tradutores Contra o Acordo Ortográfico não é? Pois então lá terá mais uma publicação dedicada às 17h25. Com um beijinho!
Já que o Luís Guerra diz que as consoantes não são mudas, talvez ele queira dizer-nos onde esta o cêzinho em "Meta". Atenção! Eu escrevi "meta" e não "meta".
Eu adoro o argumento da etimologia. Com que então, a função de uma língua é servir de... museu!
E, já agora, qual é o momento em que etimologiazinha estava correta? Em que ano? Em que década? Em que século?
O sr. Embaixador ainda não percebeu o fundamental do Acordo/Desacordo e muito menos quer perceber as razões de quem está contra. Não sei se gastou as pestanas a estudar latim para saber o que é a etimologia; não sei se sabe o que é a semântica. Mas sabe o que é, com certeza, legislar para impor politicamente um Acordo. Sugiro que façam um Acordo para uniformizar a terminologia de "Grande Sertão: Veredas" de Guimarães Rosa e dos livros de Mia Couto, ou a pontuação de Saramago ou Maria Velho da Costa. E não vou tão longe: apenas as crónicas de alguns bons cronistas brasileiros e portugueses. Há quem ainda não se tenha apercebido de que no AO há uma coisa absolutamente brilhante: a dupla grafia. Contaram-me há dias que uma pessoa muito conhecida da nossa praça, impositor do AO, e creio que seu amigo, proibiu que lhe tocassem nos seus textos escritos segundo Malaca e C.ª. Mostraram-me um desses textos e fiquei abismado: esse senhor, importante, que se ajoelhou diante do AO, não sabia as suas regras e tinha lá uma série de asneiras. Já que o defendem, que o saibam aplicar.No dia de hoje, apetece-me dizer: "Ninguém para o Benfica... ninguém para o Marquês". Desejo que o SLB vença e assim ninguém pára o Benfica e todos vão para o Marquês. E há textos que se escrevem que são falaciosos e só servem para deitar poeira para os olhos alheios. Assim, não.
Caro Anónimo (Rogério Marques da Silva):
Parece que estamos ambos do lado dos que estão contra o AO.
Mas a nossa cumplicidade fica-se por aí.
Acho de muito mau gosto o seu texto, em especial certas frases, tal como o juízo de intenção infundado e ofensivo que fez.
O seu texto é um puro ataque «ad hominem».
Podemos estar no mais completo desacordo em dada matéria com uma pessoa, mas nada nos dá o direito de a ofender, muito menos se estamos em «sua casa»: como é, em certo sentido, um blogue.
«frase mais estúpida!» e «provocação» não passam de ofensas à pessoa de FS da Costa.
Por mais afastadas que estejam duas pessoas quanto à interpretação da validade de um dado tema, no caso o AO, não há discordância que justifique frases ofensivas deste jaez, nem de outro qualquer.
«A razão porque o Seixas, provocatoriamente traz esta porcaria à baila é por causa do preso 44, que fez adoptar este Acordo»
Esta então raia a pior má educação que se possa imaginar, além de não passar de um malévolo processo de intenções que jamais conseguirá provar.
Consegue estar na cabeça de cada pessoa para saber as razões das suas escolhas?
Eu não posso estar mais em desacordo com o senhor Embaixador FS da Costa quanto a esta matéria, mas isso não me dá o direito, nem a ninguém, de o vir aqui insultar nem de fazer afirmações sobre ele que não conseguirei nunca provar.
Devo terminar dizendo que não o conheço pessoalmente, nunca sequer no cruzámos, nem na rua, que me tenha apercebido.
Não tenho filiação partidária, nunca tive, pelo que jamais manifestarei solidariedades por essa via.
Acho que se devia penitenciar aqui pelo que escreveu.
Eu não teria o mínimo problema em o fazer, se tivesse caído numa situação lamentável como esta.
Uma monstruosa aberração faz crer aos homens que a língua nasceu para facilitar as suas relações mútuas.
Desta vez os meus respeitosos cumprimentos a Joaquim de Freitas.
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