Não sei se têm seguido o que se passa na Liga de Futebol Profissional, uma misteriosa instituição que organiza a representação dos clubes e que, desde há meses, vê a eleição dos seus corpos gerentes envolvida numa imensa polémica.
Há dias, numa rádio, ouvi um especialista em "justiça desportiva" debitar judiciosos comentários sobre o intrincado novelo jurídico que envolve as listas concorrentes ao próximo ato eleitoral. Quem o ouvisse desprevenido, expressando ideias sobre a "jurisprudência", recursos e impugnações, poderia ser levado a crer que estávamos perante coisas sérias e relevantes para o país. Mas não: o que atravessa esse submundo são negócios de dinheiros televisivos e jogos de gestão de poder sobre a relva. Os jornais e as televisões, ao darem espaço e antena a essa gente, transformam um tema reconhecidamente menor numa magna questão.
Num país em que só o que nos divide parece ser notícia, não deixa de ser significativo as longas horas que a comunicação social dedica, não ao futebol (o que ajudaria a entreter saudavelmente o quotidiano) mas à "conversa" sobre isso. Um país que, com a dimensão do nosso, alimenta três jornais desportivos, em que há horas em que todos os canais televisivos só falam de futebol, qualifica-se bem a si próprio.
6 comentários:
Cá p'ra mim, Fernando Santos está a falar demais.Um pouco de reserva ficar-lhe-ia melhor.
Afinal o brinca-na-areia, NANI é o melhor a seguir a Ronaldo!
Bitaite a Fernando Santos;Deixe de encorralar a BOLA nas laterais, pq o campo é extenso e ensine a Nani que EGO não resulta, mas sim equipa.
Cumps.
Haverá alguma ideia das toneladas de papel que se gastaram para escrever sobre Futebol?
E dos quilómetros de fita gastos desde que o cinéma e televisão existem?
E o tempo que se gastou, falo dos adeptos da bola, a compulsar toda aquela balela?
Gostava de saber para ver quanto tocava a cada português.
José Barros
Ele é o "circo" necessário para entreter as populações que quanto menos instruídas mais gostam desse "circo". É o país profundo na sua glória, sem depender dos Governos.
Desculpem-me este meu feitio.
Absolutamente epidémico é esse fut(ébol a).
Mário Castrim dizia sábiamente que a vocação da Tv é o direto.
Pois, há as enlatadas e pedagógicas telenovelas.
Para consolo de quem não gosta da bola.
Silva.
Sobre a Liga, meu caro:
é da sua " bila " o principal cromo que anima aquele disparate ! Neto de gente honrada, mas...
é tb o seu scp, com um miúdo na presidência, um dos suportes da comédia !
Carlos Andrade
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