sexta-feira, outubro 10, 2014

Eleições

 
Como Ferro Rodrigues há pouco bem lembrou, seria de toda a conveniência que as eleições legislativas pudessem ocorrer em junho de 2015 (em lugar de outubro), por forma a distanciar esse tempo da elaboração do orçamento para 2016 e, conjunturalmente, das eleições presidenciais de janeiro. Ter eleições "em cima" do orçamento é uma coincidência reconhecidamente infeliz e que convida, no caso provável de alternância, à execução de um orçamento retificativo, imediatamente a seguir, com custos para o país e para as expetativas dos agentes económicos. Se acaso a instituição Presidente da República cuidasse em algo mais do que desenhar, sem mais ondas, a previsível nota histórica que o país guardará dos últimos dois mandatos, teria o dever em ser ela a promover esta iniciativa. Mas, em tudo o que dependa dali, pode o país "esperar sentado"...
 
Partamos, contudo, do princípio de que, em 2015, não é possível, por via da vontade dos partidos, fazer essa antecipação de data, como se detetou hoje pela posição do primeiro-ministro. Assim, estando a questão "fechada" para o próximo ano, não parece impossível resolvê-la para o futuro. Então o que é que impede que, desde já, se avance num projeto de reforma constitucional, no sentido de mudança do tempo eleitoral para eleições futuras? E, de caminho, por que não acordar, também só com efeitos daqui a alguns anos, que se encurte o disparatado calendário eleitoral para a Assembleia da República, que todos parece concordarem ser exageradamente dilatado no tempo? Não entendo o que bloqueia isto, confesso.

7 comentários:

opjj disse...

É um desejo; chuva no nabal e sol na eira.Nas notícias das 13h FRODRIGUES DISSE QUE NÃO CONTASSE O 1ºMINISTRO COM A MULETA DO PS.
Dr. Seixas da Costa, tem aqui a resposta.
FR não tem condições para enfrentar o 1ºM. Ao 1º embate trocou os pés pelas mãos.Puseram a SONAE fora e agora surgem os problemas.
CUMPS.

Luís Lavoura disse...

Não é precisa (nem conveniente) nenhuma mudança constitucional para este efeito. Basta o Presidente da República ter bom senso e dissolver a Assembleia da República em data apropriada (e devidamente combinada com os principais partidos políticos).

patricio branco disse...

sim, para prevenir, país pouco pratico, paralizado em teimosias, dos prs, dos pms

Anónimo disse...

Num país em que o PR tem poderes que não usa e o Governo usa poderes que não tem (e as coisas neste último aspecto só não são piores graças ao TC) nada pode correr bem. Só não vão ter um simples rodapé nos livros de História porque são responsáveis, por acção e omissão, da maior crise política, económica, social, moral, educativa, judiciária e cultural em Portugal desde 1975, a começar pelo PR que o é desde 2006 e que foi PM durante dez anos. Nada previu e nada resolve.
JPGarcia

Ésse Gê (sectário-geral) disse...

JPGarcia: precisamente por aquilo que diz eles têm que ficar na história para que os vindouros virem a saber que é possível aparecer gente desta a pôr um país à venda numa espécie de Feira da Ladra

EGR disse...

Senhor Embaixador : o que me impressiona mais,é que perante a sugestão de Ferro Rodrigues o PM, entre outras afirmações, tenha dito que o PS, desde o primeiro dia da legislatura, anda a pedir eleições antecipadas! de facto, e como já ouvi alguém dizer o PM "é um desorganizado mental"
Quanto a Belèm, como assinala, bem podemos esperar sentados que daquelas bandas surja algo que se aproveite; aliás parece-me mesmo que o PR adquiriu um tal grau de irrelevancia que mesmo muitos dos que nele votaram- e neles não me incluo- já não lhe dão grande importancia.

Anónimo disse...

A piadinha do ano. Agora é o PS de Costa a exigir eleições antecipadas. Passos Coelho e bem,lembrou a Ferro Rodrigues que essa proposta já não era novidade nenhuma pois há 3 anos e uns meses que o PS exige que haja eleições, que o PM se demita, que o governo se demita.

O PS esté desesperado para que Costa rapidamente vá a eleições para não se desgastar, porque 1 ano é muito para ele se manter calado no habitual chico-espertismo esperando qe a onda mediática lhe faça o resto.

É lamentavel como o PS chegou a este nível.

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