Por razões que não vêm ao caso, nos últimos onze dias, acabei por ter de me hospedar em sete diferentes unidades hoteleiras portuguesas. Não é vulgar isto acontecer - nem sequer é algo que seja muito cómodo... - mas o facto acabou por atualizar-me um pouco mais sobre o estado do nosso sistema hoteleiro. E a conclusão a que cheguei foi bastante positiva.
Constatei que, na generalidade, o pessoal ao serviço dessas unidades está bem preparado, cada vez melhor qualificado profissionalmente, com dedicação ao trabalho, com uma capacidade muito maior para enfrentar situações inesperadas, com simpatia para encontrar soluções rápidas e eficazes, ao encontro dos interesses e motivações dos clientes.
Nem sempre são más as notícias sobre Portugal.
10 comentários:
Desde criança habituada a passar férias e a fazer 'excursões culturais'-cheguei a incontáveis museus e monumentos país fora enjoada que nem uma pescada com as voltas das lindíssimas estradas portuguesas pré-Brisa, concordo consigo-os hoteis melhoraram mesmo muito. Se fizermos excepção a algumas pérolas que se tornaram iguais a tudo. Será o preço a pagar. Um contra-acabaram-se aquelas fantásticas toalhas turcas com 2 cm de espessura e dão-nos uma espécie de pano da louça para nos limparmos.
Mesmo nos melhores sítios. Ah, Mr Pestana!
é talvez um facto que a hotelaria beneficia com grande número de bonita juventude licenciada que sai das universidades e que vai para hotéis e restaurantes até encontrarem emprego para colocação na sua área de estudos, seja em Portugal seja no estrangeiro!
tendo em consideração que não são de algum modo empregos desprestigiantes!
bom domingo a todos
Angela
Cinco estrelas, claro.
Quando a oferta de recursos humanos qualificados é bem maior que a procura, aumenta a necessidade e a necessidade aguça o engenho.
Cada vez mais o cliente tem sempre razão...
Por razões profissionais tive que viver um ano e meio da minha vida num hotel no interior do país, só vindo a Lisboa ver a família ao fim-de-semana (e não todos, a certa altura minha mulher também lá ía ter de vez em quando).
Tirando o facto de ser uma estopada sem igual, só pode gostar de viver em hotéis quem lá passa uma semana, estou totalmente de acordo consigo.
E lamento o comentário da comentadora "Angela", que óbviamente fala do que não sabe e tenta fazer humor parvo, insultando quem trabalha nesses sítios e tem em 99% dos casos origens bem humildes, tendo lutado para ír mais longe que seus pais.
Mas é o que temos, muita gente saíu da terrinha mas a terrinha não saíu de dentro delas...
RuiMG
À comentadora Angela
Licenciada com que cursos?
Com aqueles cursos que não servem para nada nem cá nem no estrangeiro e que só tiraram para os paizinhos dizerem que são doutores?
É que eu sou licenciado, como meu Pai era e todos os meus irmãos são (somos 5),mas na altura dos meus filhos escolherem avisei logo que havia cursos que eu não lhes pagava e nem eu nem eles estamos arrependidos.
Conversa da treta, a dos licenciados desempregados.
Os cursos que têm utilidade têm os mesmos desempregados que tinham no meu tempo, há 45 anos.
Agora os outros 500 cursos inventados por governos vários e pagos por emergentes vários têm o que quiseram ter.
cada vez "mais bem qualificado", é o correto
Permitam-me que explique que não quis fazer humor nem parvo nem inteligente!
Só quis dizer que há muitos jovens a sair das universidades todos anos, felizmente,
e há muitas universidades por esse pais fora felizmente,
então muitos desses jovens licenciados, com formação em muitas áreas, boa educação, muitos conhecimentos, habituados a socializar, encontram empregos na hotelaria, porque felizmente é uma atividade em crescimento em Portugal,
(muitos irão procurar emprego na área dos seus estudos), mas entretanto a hotelaria também beneficia desses jovens que saem em quantidade com boa formação universitária que rapidamente percebem que a atenção ao cliente é muito importante, etc
não vejo mal nisso
também não quero dizer que as pessoas que fazem a sua carreira na hotelaria sem vir das universidades estejam mal,
e também não se pode dizer que não há estudantes com origens humildes ou que não trabalharam para ir mais longe do que os pais...
é uma questão de quantidade de trabalhadores formados disponível nos dias que correm
Angela
Há cursos superiores que conferem o grau académico de licenciado com duração de 3 anos, carga horária aproximada de 4900 horas e 180 créditos(sendo compatíveis com o antigo bacharelato) atribuem desde logo, habilitação para o exercício profissional.
o caso de alguns cursos, como também turismo, gastronomia , lazer, com unidades curriculares do âmbito da psicologia da sociologia e outras disciplinas transversais à maioria dos cursos superiores, que visam ensinar a ser e a estar nos contextos de trabalho traduz-se e ainda bem na qualidade dos serviços prestados.
Não detetei nenhuma incongruência, muito menos ironia no comentário de Angela que considero tão pertinente como qualquer outro. Conheço muitos licenciados nomeadamente professores do ensino básico e secundário, gestão, direito, psicologia,jornalismo, ciências da comunicação, enfermagem, técnicos de diagnóstico e terapêutica, etc, a trabalhar como assistentes técnicos e assistentes operacionais em instituições públicas e privadas, em lojas,hoteis, restaurantes, bares, discotecas, hipermercados e onde conseguem trabalho.
Agradeço o comentário de Ângela e peço-lhe desculpa se a interpretei mal e fui incorrecto.
A expressão "parvo" foi muito infeliz da minha parte, re-desculpas...
Quanto ao comentário de Isabel Seixas, que também agradeço, eu sei isso tudo e não é por mérito meu, só cursos desses de que fala e nesta área há agora 4 na família mais chegada, há que aproveitar as "sinergias".
Mas dado que conhece tanta gente nesses meios será que também tem familiares ligados fortemente à hotelaria própriamente dita (à prática) e não a conceitos (à teoria)?
Eu tenho : um filho com 20 anos de experiência, esteve sempre nisso e nem curso tinha quando começou, só depois foi buscar as "4900 horas e os 180 créditos" em horário pós-laboral e já pai de família.
Portanto falei do que "vivo" e não do que "leio".
De resto não lhe estou a tirar razão no que escreve, é suficientemente genérico para estar correcto.
Uma boa noite para todos
RuiMG
Enviar um comentário