Se a RTP pretendia aumentar as audiências do programa "A entrevista de José Sócrates" (estou em crer que o nome "A opinião de José Sócrates" não pode sobreviver por muito tempo, no formato atual) tê-lo-á conseguido plenamente. O episódio de ontem foi delicioso para quem a ele assistiu e, agora, todos aguardaremos as cenas dos próximos capítulos.
21 comentários:
De facto, excelente exemplo de "bofetada com luva branca". Gostei!
Sr. Embaixador, outra coisa não se esperava de um expert
"Sobre a tortura em democracia"...
O objectivo parece ser mesmo só esse: aumentar as audiências. Mas penso que, a Sócrates, talvez saia o tipo pela culatra: quem tem saudades do animal feroz?
A meu ver, o formato actual (impossível de manter, aposto dobrado contra singelo...) é óptimo (desculpe o 'p') para deixar patente a vacuidade e a incompetência do 'jornalista' (pardon my french...)....
Sim, porque o que é que vemos, a mais da pesporrência e falta de modos perante um 'entrevistado' (pardon my french, again), aliás convidado da casa? Vemos JRS a ler (a ler? em televisão?) uns takes que outrem lhe recolheu e de que ele ignora quase tudo, o texto e o contexto?
É pouco, é nada, não se aguenta, tem de mudar. Vai uma aposta?
Tudo isso é verdade, mas vai uma aposta que nesta história JRS sai junto do povoléu como o herói, "finalmente alguém que entala aquele salafrário do Sócras como ele merece"?
A ideia de que JRS pagaria um custo de imagem depende de uma capacidade de interpretação da realidade e da mensagem dos media que a esmagadora maioria da dita vox populi não tem em Portugal. Se assim fosse, os amontoados de papel higiénico que JRS vende aí pelos supermercados e FNAC's da vida teriam muito menos saída. E o autor não seria considerado, como é pela populaça, um "grande escritor".
Portanto, é aproveitar enquanto dura porque teremos direito a mais momentos memoráveis como o de ontem. Mas duvido que seja formato para ter longa vida, por uma razão ou por outra...
Na minha adolescência chamava-se a estes episódios, masturbação !
Alexandre
Da 'velha senhora' para a sua amiga Isabel Seixas:
boa malha, isabelinha!
sou do sóccrates devota,
como - espero - se adivinha,
(...bem, 'devota' era de idiota,
sou, mas é, admiradora
que o estima, não adora...)
e acho bem não estar sozinha.
Porque será que só agora os 5 (?) vieram defender o Constâncio e não o fizeram quando houve o inquérito na AR?
Ou me engano muito ou o Barroso sabe coisas que não são para se revelar.
Veremos.
Valdemar disse...
E enquanto se fala de José Sócrates, deixa-se de falar de falar e criticar os patifes que nos desgovernam e destruiram, em apenas 3 anos (!), o País, como Passos Coelho, Albuquerque, Portas, Moedas, etc e que se mantém no poder.
Foi um bom truque do tipo responsável pela RTP, com o contributo do seu homem de mão, o JRS.
Monchique: o que é que haveria por trás da casa de banho de Dias Loureiro que Barroso frequentaria? E o que não diz Cavaco?E o que poderá dizer o homem dos Assuntos Fiscais de Cavaco? E os Coimbra? E os Arlindos, Limas e Companhia. Que falem, que ponham a boca no trombone, para ver se o "cherne" se cala.
Entre o "animal feroz" e o "entrevistador feroz" prefiro, de longe, o primeiro. Fico mesmo com a sensação de que JRS ainda é pior entrevistador do que escritor (escrevinhador??)
Rui Aguiar
E estes encontros e desencontros não contribuem para, em vésperas de eleições,bipolarizar o eleitorado.
Até que enfim que alguém põe na ordem Rodrigues dos Santos. É que não se aguenta em Portugal a pesporrência que continua desde José Eduardo Moniz!
De mais!!! O Rodriguinho dos Cantos pensava que ia achincalhar o ex PM, mas ele é que saiu com as orelhas a arder... E bem pode voltar a meter as suas notas de arquivo... de onde as tirou!
O JRS tenta armar-se em Robin Day, mas coitadinho, falta-lhe a instrucao primaria.
Peço que me desculpem a linguagem algo vernácula, mas aplica-se:
Quando assentei praça encontrei um colega de liceu, já Aspirante, que à minha pergunta "então como é isto?",respondeu-me "não te armes em asa de penico, senão mijam-te em cima".
Para mim JRS armou-se em tal e foi nitida e merecidamente mijado.
A história é a ficção que chegou a acontecer. A ficção é a história que poderia ter acontecido. A. Gide.
Os políticos, neste País, há 40 anos pelo menos, pretendem mostrar exatamente o contrário...
antónio pa
Senhor Embaixador: finalmente José Rodrigues Santos levou uns tantos e merecidos murros naquela vaidade que quem dele fez "vedeta".
Concordo que foi uma delicia asssitir, e ouvir Sócrates remete-lo varias vezes "para os seus arquivos".
Mas aquela dele apesar de ser o advogado do diabo e fazer as perguntas que lhe encomendam foi um extraordinario momemto!
Não tinha assistido, mas acabo de fazê-lo. Sem dúvida que o JRS não esperava aquela resposta e embuchou, mas mereceu-a.
E devo dizer que, em minha opinião, aquilo não é entrevista, nem comentário. Antes um julgamento público, desejado por muitos, e levado agora a cabo pelo JRS. Não é um julgamento da pessoa, do individuo José Sócrates. É o julgamento (público, repito) de um ex-primeiro-ministro. Algo que o JRS deseja e que, na sua vaidade desmedida, deu como certo, garantido. Sim, porque nas perguntas que faz, enquadra-as no passado, pede explicações e pretende atingi-lo, sempre, no que foi o seu exercício de funções do PM. Mas enganou-se!! Não passará de uma tentativa frustrada de julgamento ou, quiçá, com uma sentença de absolvição. Pergunto apenas: quantos dos ex-PM's de Portugal aceitavam ou se sujeitariam a semelhante escrutínio ou julgamento quinzenal e com um carrasco assim? Não é para todos!!
Meu caro Francisco
Aqui em Goa, mais precisamente em Colvá, com a sua praia em que estou a banhos, liguei a RTPI e assisti, pasmado e muito zangado ao espectáculo deprimente que JRS tentou fazer passar para os Portugueses.
Permito-me aqui abrir uma brevev parentética para uma vez mais dar conta da importância do serviço internacional da televisão pública portuguesa. Pode-se criticar e é legítimo fazê-lo o critério - ou os critérios - com que são escolhidos os programas da emissão.
Mas, é gratificante apreciar numa terra como esta que há mesmo muita gente que vê a RTPI, que se emociona com as telenovelas, que delira com as transmissões do futebol, que com ela segue Portugal. É a gente da minha faixa etária, mas não só, que ainda usa o Português no seu dia-a-dia. Fecho o parênteses.
Como jornalista - um jornalista, por mais que tenha "sido reformado", é sempre jornalista - tive vergonha do triste papel desempenhado pela "estrela do papel" que vende resmas a quilo.
Tenho a certeza (foram muitos anos a fazer notícias, comentários, entrevistas, crónicas et cetera na Imprensa, na Rádio e na Televisão para poder dizer assim - que a marosca foi encomendada. E, para mim, que nunca me vendi, isso é o mais grave da lamentável cena.
Peço desculpa ao meu Amigo Francisco por lhe roubar tanto espaço no Duas ou Três Coisas. E também o faço aos que (ainda) me conseguem ler. Um obrigado muito abrangente aqui deixo.
Sempre defendi que o jornalista não é um cidadão politicamente capado. Ele tem todo o direito de ter a sua escolha partidária; ou será que é um animal pensante excluído da Democracia?
Todos os que me seguiram durante a minha vida profissional de quase meio século puderam saber que, antes do 25 de Abril eu era da Oposição, porque nunca o escondi. De igual modo, em Democracia, todos os que me conhecem sabem que eu sou do Partido Socialista, aliás como já tinha sido da ASP, a Acção Socialista Portuguesa, e da sua Juventude.
Disse-o,digo-o e continuarei a dizê-lo; por isso fui chefe da Redacção e Director-adjunto do "Portugal Socialista" e nunca o escondi. Nas suas páginas tomei a posição que bem entendi tomar em Liberdade.
Nos restantes órgãos da Comunicação Social por onde passei nunca reneguei a minha opção e filiação partidária. Mas, nunca misturei alhos com bugalhos, nunca fiz uma notícia misturada com comentário, nunca fiz uma entrevista por interposta pessoa. Ou seja, nunca aceitei encomendas. Por isso e até hoje, quando de manhã faço a barba não tenho vergonha do gordo que mora no espelho.
Deixei para o fim deste comentário a actuação de José Sócrates. Fi-lo porque não tenho nada a acrescentar aos que já aqui deixaram as suas opiniões.
Cuidado, gente: as europeias estão na pole position. E, como sempre, para as ganhar vale tudo menos tirar olhos? Nada, não, vale tudo mesmo tirar olhos!...
estou-me borrifando para o Socrates mas que é verdade é o Socrates faz dor de barriga a muita gente
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