Este tempo vai mal para poetas. Vao desaparecendo, fazem-nos cada vez mais falta.
Agradeco-te o video. Conhecia o poema e foi tao bom ouvi-lo. Confesso a minha redonda e rotunda ignorancia. Nao conhecia Jose Antonio Moreira. Mas ficarei atenta e vou ouvir mais poemas ditos por ele. E que bem que ele diz, com emocao,sem histrionicas....
Obrigada aos dois. Esta noite tambem vou reler A.R.Rosa
Mais uma vez: tive o privilégio e a honra de ter conhecido António Ramos Rosa e com ele ter feito uma coisa linda: conversar. Tive que aproveitar tanto quanto pude a vida de jornalista...
Gostei imenso também do seu post de homenagem ao Poeta António Ramos Rosa, principalmente de ouvir o poema recitado
Gosto muito também da Festa do silêncio
A Festa do Silêncio Escuto na palavra a festa do silêncio. Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se. As coisas vacilam tão próximas de si mesmas. Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas. É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma.
Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia, o ar prolonga. A brancura é o caminho. Surpresa e não surpresa: a simples respiração. Relações, variações, nada mais. Nada se cria. Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça.
Nada é inacessível no silêncio ou no poema. É aqui a abóbada transparente, o vento principia. No centro do dia há uma fonte de água clara. Se digo árvore a árvore em mim respira. Vivo na delícia nua da inocência aberta.
8 comentários:
Que esteja em paz!
Para o senhor, boa semana
Este tempo vai mal para poetas. Vao desaparecendo, fazem-nos cada vez mais falta.
Agradeco-te o video. Conhecia o poema e foi tao bom ouvi-lo. Confesso a minha redonda e rotunda ignorancia. Nao conhecia Jose Antonio Moreira. Mas ficarei atenta e vou ouvir mais poemas ditos por ele. E que bem que ele diz, com emocao,sem histrionicas....
Obrigada aos dois. Esta noite tambem vou reler A.R.Rosa
Saudades de Londres
F. Crabtree
Mais uma vez: tive o privilégio e a honra de ter conhecido António Ramos Rosa e com ele ter feito uma coisa linda: conversar. Tive que aproveitar tanto quanto pude a vida de jornalista...
Bem haja pelo link - Poema -
sublime.
Afectuosamente
Maria Helena
Gostei imenso também do seu post de homenagem ao Poeta António Ramos Rosa, principalmente de ouvir o poema recitado
Gosto muito também da Festa do silêncio
A Festa do Silêncio
Escuto na palavra a festa do silêncio.
Tudo está no seu sítio. As aparências apagaram-se.
As coisas vacilam tão próximas de si mesmas.
Concentram-se, dilatam-se as ondas silenciosas.
É o vazio ou o cimo? É um pomar de espuma.
Uma criança brinca nas dunas, o tempo acaricia,
o ar prolonga. A brancura é o caminho.
Surpresa e não surpresa: a simples respiração.
Relações, variações, nada mais. Nada se cria.
Vamos e vimos. Algo inunda, incendeia, recomeça.
Nada é inacessível no silêncio ou no poema.
É aqui a abóbada transparente, o vento principia.
No centro do dia há uma fonte de água clara.
Se digo árvore a árvore em mim respira.
Vivo na delícia nua da inocência aberta.
António Ramos Rosa, in "Volante Verde"
É sempre um dia triste, aquele em que morre um poeta.
"
...
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
..."
Porquê?
um humilde e persistente trabalhador, pelo menos da poesia, tempo do ler ou ler melhor ou reler, etc
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