sábado, setembro 14, 2013

Wolfgang Münchau

O influente colunista do "Financial Times", Wolfgang Münchau, foi uma das personalidades estrangeiras que, nestes dois dias, interveio no congresso "Presente no Futuro". Sendo alemão, um analista perspicaz e havendo a convicção de que "bebe do fino", sobre ele recaíram várias perguntas sobre o que  pode acontecer às orientações da política económico-financeira europeia em função dos resultados das próximas eleições legislativas alemãs.

Münchau foi muito prudente, defendendo basicamente a ideia de que, qualquer que seja o resultado desse sufrágio, um futuro governo alemão dificilmente se afastará de uma opinião pública nacional, aliás partilhada pela de outros "like-minded countries", que se mostra muito relutante em flexibilizar a sua visão de que não pode vir a pagar os erros dos outros, por muito simplista e caricatural que esta perspetiva possa ser.

A uma pergunta que lhe coloquei, sobre se, pelo menos, a realização das eleições alemãs não poria fim a este "atentismo" em que temos vivido, dando-nos uma maior previsibilidade para os tempos futuros imediatos, Münchau comentou que esse sentimento de "dependência" face à decisão alemã era de tal ordem que tinha surgido na net a anedota de um miúdo alemão que, ai dizer ao pai que ia à casa de banho, teve a seguinte reação do progenitor: "só depois das eleições alemãs!"

6 comentários:

patricio branco disse...

...é evidente que para portugal e outros membros da ue como grecia, chipre, as eleições alemãs não vão mudar nada, não sei porque há sectores que esperam uma mudança de 45 ou 90 ou 180 graus, trata se dum pais que tem uma politica externa muito bem definida de acordo com os interesses nacionais e assim vai continuar, lá cada governo novo não destroi o que fez o velho, sabem o que querem...

São disse...

Creio que as eleições alemãs não modificarão substantivamente as políticas actuais.

E como Durão reduziu a Comissão à mediocridade de si mesmo, a Alemanha continuará com as mãos livres .

Parabéns pela sua análise quanto ao comportamento do Governo relativamente à Europa e ao servil seguidismo de que tem dado sobejas provas face a Berlim.

Bom fim de semana

Anónimo disse...

Estaria a pensar que a criança é Portugal? Não seria bom dizer-lhe que já se está a urinar?
Claro que não tenho a opinião da oposição de que o miúdo pode urinar onde está e depois há-de vir alguém limpar. Tem de se conter, mas dirigir-se de imediato ao local adequado.
A propósito, o "gesto" do alemão era dirigido ao "miúdo"? Dá que pensar...

Anónimo disse...

Pois, vai ficar tudo na mesma; e ainda por cima, Herr Peer Steinbruck apareceu na capa da revista de um jornal alemão, fazendo um gesto obsceno...

Mas, Steinbruck, por seu lado, alimenta a polémica. Aos criticos responde que «falar claro nem sempre exige palavras».

Auf Wiedersehen...

Anónimo disse...

PATRÍCIO BRANCO

ESTOU VIVO! SÃO E SALVO!!!

Henrique

Sr. Embaixador, sff desculpe este melga...

António Pedro Pereira disse...

3 dúvidas:

O dinheiro do nosso Resgate é-nos dado ou emprestado, isto é, pagamos juros?
Os juros da Dívida Pública alemã já baixaram bastante desde a crise (as obrigações alemãs são um refúgio, o que levou a Alemanha a poupar 41 mil milhões e euros.
Como é que a Alemanha está a pagar a preguiça dos sulistas (se não houver haircuts, e se houver será ela que os paga)?

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...