Decidi colocar ontem um ponto final à colaboração que, desde 2009, prestava à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), saindo do respetivo Conselho Geral, a que presidia. Fui acompanhado nesta decisão por um grupo de outros membros da sociedade civil, oriundos de diversos setores exteriores à universidade, que, para aquele órgão e tal como eu, haviam sido convidados.
Foi um trabalho muito interessante, uma tarefa onde, de forma desinteressada, com algum custo pessoal, procurámos ajudar a refletir sobre uma estratégia nova para a universidade, capaz de lhe permitir enfrentar as grandes dificuldades com que hoje se debate. Porém, numa reflexão conjunta, acabámos por concluir que persiste na UTAD uma inércia e uma resistência à mudança que torna sem sentido a nossa participação. Tal como dissemos no documento em que assumimos a nossa demissão, esperemos que outros tenham "mais arte e mais sorte para ajudarem a dar um novo rumo à UTAD, que permita a sua sobrevivência e o seu progresso".
Foi um trabalho muito interessante, uma tarefa onde, de forma desinteressada, com algum custo pessoal, procurámos ajudar a refletir sobre uma estratégia nova para a universidade, capaz de lhe permitir enfrentar as grandes dificuldades com que hoje se debate. Porém, numa reflexão conjunta, acabámos por concluir que persiste na UTAD uma inércia e uma resistência à mudança que torna sem sentido a nossa participação. Tal como dissemos no documento em que assumimos a nossa demissão, esperemos que outros tenham "mais arte e mais sorte para ajudarem a dar um novo rumo à UTAD, que permita a sua sobrevivência e o seu progresso".
A UTAD é uma excelente universidade, dispõe de um prestígio e de uma qualificação em certas áreas técnicas que pede meças a outras instituições congéneres, mas necessita urgentemente de concentrar os seus recursos naquilo que melhor sabe e deve fazer, à luz da sua história educativa, evitando alimentar uma dispersão que se arrisca a degradar a sua imagem. Para a afirmação da UTAD no tecido universitário português impõem-se, na nossa perspetiva, séria ruturas e algumas drásticas mudanças. E a vontade para as levar a cabo, a nosso ver, não existe.
Não foi sem alguma pena que tomei esta decisão, relativa à universidade da minha terra. Porém, estou certo de que quem conhece a UTAD e a sua situação perceberá o porquê deste gesto.
Não foi sem alguma pena que tomei esta decisão, relativa à universidade da minha terra. Porém, estou certo de que quem conhece a UTAD e a sua situação perceberá o porquê deste gesto.