As bancas das livrarias parisienses estão a ficar cheias de livros assinados pelos candidatos às eleições presidenciais francesas. E, também, de obras sobre essas mesmas personalidades, algumas mais ou menos hagiográficas, outras algo críticas.
Há dias, comentava com um amigo francês que, passado que seja o dia do ato eleitoral, as obras dos derrotados ou a eles dedicadas deixarão imediatamente de se vender, porque, pelo menos por algum tempo, essas figuras passarão ao "caixote do lixo da história", para utilizar a cruel expressão de Karl Marx.
O meu amigo reagiu, com graça: "E as obras assinadas por quem vencer as eleições? O autor delas bem gostaria de as ver desaparecer e serem esquecidas, para não ter de ver confrontada a sua prática futura com aquilo a que se compromeu por escrito..."
Não está mal visto!
5 comentários:
Aí como aqui...
Com ou sem livros laudatórios aos possíveis candidatos, em Abril/Maio espero ter algumas alegrias - nem que seja só as da noite dos parabéns dos derrotados ao candidato vencedor -, facto que passará pelo [X], de muitos eleitores, que não gastam um cêntimo na "literatura" dos que se candidatam aos lugares dos corredores do poder... Oxalá, (de Alá ou de Deus)venha a benção para que eu reze de alegria. Da França de quando em quando há mesmo mudanças de atitude. Nem sempre os franceses baralham para que tudo fique na mesma. E, mesmo que o façam, então que seja como no Leopardo de Visconti: um actor francês e outro americano, num trabalho de grupo com aquele requinte selecto e bem humurado de um aristocrata italiano como Visconti!
René Dosiére será um deles???
No Sunday Times de anteotem, lia-se que o despesismo diário em alimentação e bebeidas por SarKozy
era de 10 mil libras di´rias. As garagens do palácio albergam 121 carros... etc, etc,...
A loucura total.Depois admiram-se que incendeiem palácios, como fizeram na rev.francesa... depis de ser pedida austeridade aos franceses... Lá e cá, tudo igiual...
****E porque ando esquecida...
Fui por seu conselho, visitar a pastelaria da sua cidade natal, fiz fotos, falei com o dono, Sr Lopes(?)... que exibia a fotocópia do escrito que fez sobre a mesma, experimentei "as cristas de galo" e umas outras especialidades, salgadas, cujo nome não lembro, mas centenária , empadas feitas , ou eram feitas em formas de barro, e que o simpático senhor considerou "imperdoável" o esquecimento.
Não conhecia Vila Real... adorei.
Cordiais saudações e encontra-me sempre no Mar à Vista...
Ana
Épigramme d'un arbre
Abattu par un orage,
On me fait voguer sur l'eau.
Ô infortuné présage !
Avant que d'être vaisseau
J'avais déjà fait naufrage.
Paul Pellisson
(1624-1693)
Assim os livros desaparecem rapidamente seja de um lado seja do outro,
não sera de admirar se o pessoal lê pouco
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