Ontem, no Conselho de Segurança da ONU, a propósito da resolução sobre uma zona de exclusão aérea na Líbia, a França e o Reino Unido (e Portugal) votaram a favor, tendo a Alemanha seguido uma linha diferente, abstendo-se.
Não está em causa a substância da resolução, mas ver países centrais do projeto europeu seguirem linhas diferenciadas sobre um tema de política externa e segurança tão próximo dos interesses do continente, bem como do cerne das suas políticas de vizinhança, leva a perguntar se ainda haverá razões para manter uma ilusão sobre a univocidade futura da vontade europeia no quadro internacional.
10 comentários:
a alemanha terá as suas razões, de politica interna, de traumas que vêm ainda da guerra, económicas, sei lá.
De qualquer modo deu um sinal claro de que não se opunha à intervenção militar, embora não participasse nela.
Ora aí está uma ilusão que eu nunca tive!
Mas nunca houve uma política externa europeia! Se não estamos a ir para a frente, também francamente nem por isso estamos a andar para trás. Já se esqueceram do grande cisma de 2003?
Tem razão, Alcipe. Ainda continuo a cismar nisso.
Ai caro Alcipe agora é que me deixou a cismar, logo eu, que não sou nada dada a cismas!
Num aspecto mais amplo foi interessante notar que todos os virtuais candidatos a ampliação dos assentos permanentes no CSNU se abstiveram nessa votação.
Outro ponto é que todos os BRIC também o fizeram.
Será esta noite que começa o concerto? Ou amanhã? Normalmente é pelas 2 da manhã.
Desta vez não há cisma e os açores não serviram de palco.
O ano de 2011 não parece querer dar tréguas - fenómenos políticos e naturais em catadupa.
Isabel BP
o brasil pretende, desde lula, ter uma politica internacional aparentemente pouco pró eua. Alinha assim com a venezuela, bolivia, equador, mas tambem com irão, libia.
Toca em varias teclas, dá no cravo e na ferradura. Mas clinton e obama estão lá.
A india não sei, talvez seja a china que a influencie
Como dizia o Notas Verbais: "if the answer is Ashton, what's the question?"
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