Poucos portugueses reconhecerão a figura representada nesta fotografia. Eu diria mesmo que alguns não farão sequer ideia de quem é, mesmo que se lhes diga que o seu nome é António Maria da Silva.
Porém, neste ano em que se comemora o centenário da implantação da República e nesta data de 28 de Maio, na qual, em 1926, começou um regime ditatorial que só terminaria em 25 de Abril de 1974, importa recordar que esta personalidade era então o primeiro-ministro legítimo de Portugal e cujos poderes foram usurpados pelo golpe militar.
Porém, neste ano em que se comemora o centenário da implantação da República e nesta data de 28 de Maio, na qual, em 1926, começou um regime ditatorial que só terminaria em 25 de Abril de 1974, importa recordar que esta personalidade era então o primeiro-ministro legítimo de Portugal e cujos poderes foram usurpados pelo golpe militar.
António Maria da Silva (1872-1950) era engenheiro de profissão, membro do Partido Republicano Português, tendo sido uma figura proeminente da 1ª República portuguesa (1910-1926), período durante o qual exerceu diversos cargos de governo.
2 comentários:
Caríssimo Embaixador Francisco Seixas da Costa,
Fez bem em lembrar esta tão esquecida figura da 1ª República.
Quanto a mim relembrei, no meu blogue, por meros motivos históricos o discurso de Salazar proferido no centenário deste golpe militar que depôs o poder de António Maria da Silva.
Na verdade, se a memória não engana António Maria da Silva terá sido depois de Afonso Costa o mais importante político da 1ª República, em particular nos anos finais do regime. No entanto, talvez não tenha tido o carisma ou a habilidade para deixar uma marca que o perpetuasse para a posteridade. Também, eventualmente, falte algum investigador que estude e divulgue a sua biografia, pois é certo, e sabido, que Afonso Costa teve a sorte de ter sido estudado de forma aprofundada por A.H. Oliveira Marques...
Por mim, tenho uma predilecção pessoal ( não ideológica ) pela figura de Manuel Brito Camacho que teve uma estatura intelectual, literária e política invulgar. Fundou com alguns companheiros de luta político-ideológica o periódico republicano "A Lucta", que iniciou publicação no dia 1 de Janeiro de 1906 e teve importante papel no desgaste da monarquia em acentuada crise.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Caríssimo Embaixador Francisco Seixas da Costa,
Por equívoco disse centenário: não são 100, mas 10 anos, que transcorreram de 1926 a 1936, como é óbvio. Talvez seja por Salazar ter tido a mania dos centenários acabei por cometer este lapso...Peço desculpa e fica a correcção.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
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