segunda-feira, maio 10, 2010

Diversidade

Estive ontem, acompanhado do "maire" de Bayonne, Jean Grenet, na inauguração do novo espaço da associação "Divulgação da Cultura Portuguesa", uma corajosa aventura de um grupo de figuras das nossa comunidade, liderado por Óscar Oliveira, que honra imenso a imagem portuguesa na região.

A cinco metros da associação portuguesa constroi-se uma mesquita, com o seu minarete, uma vizinhança que pode não ser totalmente confortável para alguns. Nos nossos discursos, Jean Grenet e eu próprio sublinhámos o respeito que é devido ao culto daquela que é hoje a segunda religião de França. A presença, como convidado, do presidente da associação de muçulmanos da costa basca foi muito significativa.

A imagem impecável que os portugueses criaram neste país, em matéria de integração, tem de conduzi-los a saberem sempre respeitar, em pleno, a cultura de diversidade que é a chave inescapável da França do futuro. 

3 comentários:

Guilherme Sanches disse...

Comentário em três tempos:

Primeiro tempo, a sério - esta é sem dúvida uma grande qualidade do português, enquanto elemento de uma unidade coletiva, capaz de viver com discrição a sua própria identidade para não ferir valores de terceiros. Quem o não reconhece?

Segundo tempo, também a sério - Fui expulso da liga dos últimos. Não, não é desses - fui expulso da montra dos últimos, ou seja, dos mais recentes seguidores deste blog. Ainda me mantive uns dias em 20º lugar, no cantinho inferior direito, mas de uma assentada apareceram não um, mas três novos seguidores, e lá foi a minha fotografia da montra para fora. Ainda bem. É sempre a aumentar. Apesar de haver quem não goste assim tanto (...) lá terá de se conformar. Este blog vale mesmo... até uma notícia na Sábado... (Não sei se não terá sido Da Cunha)

Terceiro tempo, ainda a sério - o segundo tempo, como sou bastante tímido, foi só pretexto para meter conversa sobre fotografia.
Convido-os a visitar um sítio onde se vê a água de outra forma. Água e apenas água líquida. Aberto 24 horas por dia, é mesmo aqui onde está. Dois clicks e estão lá, em www.flickr.com/photo/guilherme_sanches/. É só entrar e ver o slide show.
Fotografias de água sem truques nem manipulações, apenas com técnica de fotografar e revelar. Verão que não será perdido o tempo das visitas, e se tiverem algum comentário, sugestão ou mesmo pedido a fazer, por favor, nem precisam de meter cunha ao nosso Embaixador. É só dizer.
Eu agradeço
Um abraço

Anónimo disse...

Diversidade...

Tenho formação religiosa básica, católica, não praticante de alguns rituais, embora comece a acreditar que são ótimos locais de relaxamento espiritual, onde as cerimónias atingem uma beleza exótica pelo enigmatismo da aparente expressividade dos silêncios unânimes, dos coros comungados...

Mas...

Buda como pensador fascina-me...
Partilho inevitavelmente a prática da arte de meditar, até como pseudosolução às questões sem esperança de resposta que me coloco.

Hoje vi numa montra quatro com expressões diferentes...
O cego,o surdo , o mudo e o risonho trocista...

Comprei o trocista... Lindo e sensual com o seu abdómen distendido e descontraído, com um manto que mais parece uma echarpe colocada para seduzir...Assim a deixar ver uns ombros robustos, um decúbito sentado com uma flexibilidade admirável... Mas o que me fascinou mais "Hoje" foi o sorriso de riso e o riso em sorriso... Talvez do fútil e do supérfluo das modas dos invólucros...

Oh! Claro que já O Vi em bangkok(Pessoalmente)... cinco mil kilos de ouro de dia, mas à noite era a esperança omissa exibida descaradamente e para quem queria ver de meninas sem idade em bares /prostibulos...

Nem sempre gosto dos meus fascínios...Lá por serem meus...
Descendem de incompatibilidades hormonais.

Da próxima vou comprar o cego e colocá-lo em lugar que o possa ver.
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Interessante comentário, o de Isabel Seixas. Diria que tem algo de poético.
P.Rufino

BOAS FESTAS!

  A todos quantos por aqui passam deixo os meus votos de Festas Felizes.  Que a vida lhes sorria e seja, tanto quanto possível, aquilo que i...