sexta-feira, setembro 12, 2025

Cavaco Silva


No dia de ontem, assisti a uma prestação de Aníbal Cavaco Silva, num evento na Nova SBE, organizado pelo "Financial Times", em que tive o gosto de ser convidado a intervir. Ele foi o "keynote speaker", antes do painel em que participei. 

Cavaco Silva tem 86 anos e é, nos dias de hoje, um dos políticos portugueses com mais relevante experiência  - uma década como primeiro-ministro, outra como presidente. Nos últimos tempos, as suas esporádicas incursões públicas situam-se, frequentemente, no terreno daquilo a que os franceses chamam "politique politicienne", coisa que não aprecio e em que entendo que ele esbanja o lugar que assegurou na história política do país, qualquer que seja a opinião que se tenha sobre esse seu tempo.

Ontem, foi uma exceção. Num discurso em inglês bem construído, Cavaco Silva fez a sua leitura dos desafios de Portugal, na Europa e no mundo, com considerações sobre o nosso papel internacional, revelando permanecer atento às grandes questões globais. Foi muito assertivo e não se escusou a emitir algumas opiniões fortes. Revi-me em algumas delas, em outras não.

Nas intervenções que fiz em seguida, dei comigo a citar Cavaco Silva, coisa que, ao que recordo, nunca me tinha acontecido. Alguma vez havia de ser a primeira.

Sem comentários:

Saúde

Do discurso de Ursula von der Leyen no Parlamento Europeu, ficou-me no ouvido algo que me preocupou: a referência a uma possível nova emergê...