Há bem mais de meio século, com o salário do meu primeiro emprego, escolhi os EUA como destino de férias. As torres gémeas estavam então em construção. Muitos anos depois, eu vivia em Nova Iorque quando elas caíram. Conheço razoavelmente alguma América (embora muito menos do que gostaria), interessei-me sempre bastante pela sua vida política, admiro-lhe a música, os filmes, as artes, a literatura, a fabulosa cultura das suas universidades. Tenho amigos americanos, gente sofisticada e cosmopolita. Nos dias de hoje, sinto alguma pena por eles, pelo período que o seu país está a atravessar. Sei do seu desgosto de ver a liderança americana abastardada a este nível, sem vergonha e convertida num ridículo perante um mundo que, às vezes, só não se ri dela por receio, e já não por respeito.
quarta-feira, setembro 24, 2025
A empreitada
Observo a vida internacional, com bastante atenção, há várias decadas. Já vi muitas coisas e, nos dias de hoje, poucas conseguem surpreender-me. Mas devo confessar, com humildade, que ter ouvido ontem o presidente dos Estados Unidos, na tribuna das Nações Unidas, no mais importante dos seus discursos ao mundo, queixar-se de, em tempos, ter sido preterido num concurso de construção civil, para a renovação daquele edifício, excedeu tudo o que eu considerava possível. O mais poderoso líder mundial descer a dar uma nota daquela natureza, num contexto daqueles, é, verdadeiramente, o "grau zero" da política.
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Observo a vida internacional, com bastante atenção, há várias decadas. Já vi muitas coisas e, nos dias de hoje, poucas conseguem surpreender...

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