A rainha de Inglaterra não tem como não aceitar um governo que o parlamento lhe proponha. Assim, a rainha vai ler, dentro de dias, um discurso elencando as medidas do futuro governo, sem que possa recusar uma só palavra que seja desse texto que o executivo lhe colocará nas mãos. A rainha de Inglaterra, com os anos que o sistema leva, converteu-se naquilo que vulgarmente se designa como "uma rainha de Inglaterra"...
As poucas monarquias que subsistem na Europa - quando foi instaurada a nossa República, só a França e a Suíça não tinham regimes monárquicos - decorrem da descendência de soberanos que, num determinado momento histórico, assumiram gestos que foram lidos como fatores de reforço da respetiva identidade nacional. A partir daí, as eventuais pulsões para a instauração da democracia republicana foram travadas por um acordo implícito: os soberanos e seus descendentes mantêm-se como símbolos da unidade nacional mas, em contrapartida, prescindem de terem a menor interferência na vida política, em alguns casos funcionando exclusivamente como meros "notários" do processo democrático que, à sua margem, gere o país. Enquanto eles e os seus sucessores não se constituírem como um problema, a sua sustentabilidade nos palácios dourados não será posta em causa.
No caso britânico, assim é e, desde que assim continue a ser, nenhuma pressão significativa parece existir para a reimplantação da República (já houve um regime republicano por lá, note-se).
Daqui a dias, a rainha de Inglaterra vai ler o programa do governo que Theresa May lhe colocará em frente. Parece que essa sessão, no entanto, foi atrasada, face ao calendário previsto. Porquê? Porque a rainha não lê esse texto num papel qualquer: o longo discurso é manuscrito, a tinta, numa espécie de pergaminho. Ora a tinta leva quase uma semana a secar no pergaminho e o próprio texto do discurso ainda não está finalizado. Só estabilizado este é que os calígrafos apurarão as penas e a seca do pergaminho se iniciará, por mais de cinco dias.
As liturgias têm um preço. A rainha e o pergaminho fazem parte dessas liturgias, com Brexit ou sem ele. Essa é a "graça" das monarquias, para quem gosta do género. Por mim, dispenso-o e vivo muito bem com este regime republicano semi-presidencialista que, na ciclotimia do humor dos eleitores (quase sempre exaustos da experiência anterior), nos leva a eleger ora figuras patibulares ora "charmeurs", com intectuais ou militares éticos à mistura.
Com todo o respeito que tenho por aquilo que tem sido a escolha implícita dos britânicos, viva a nossa República!
22 comentários:
Muito ácido, F S Costa!
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O Reino Unido está uma trapalhada! Curiosamente, tirando o País de Gales, tudo aquilo está nas mãos de... mulheres. Não estou a conseguir perceber a "diferença pela positiva", nem o "jeito diferente de fazer política".
Em Lisboa Medina disse que filhos de franceses podem vir a cantar o fado.
Curioso que não tenha dito os filhos de indianos, ou de bangladeshis ou de chineses ou de senegaleses.
Medina decididamente não honra a memoria dos pais que teve.
cumprimentos
Como meio Britânico e não-politizado espanto-me com este post.
Um republicano português a escrever sobre uma velha monárquia estrangeira teria sempre de levantar o lado ridículo do cerimonial, esquecendo-se da sua importância para aquela sociedade.
Espanto-me também com a não indicação que foi essa monárquia [se calhar decadente como todas elas] que conseguiu aguentar o tremendo impacto dos exércitos de Hitler no principio da II Grande guerra quando a república francesa florescente se deixou conquistar sem pestanejar.
O autor nem sempre é faccioso, mas neste post como republicano " enragé" não podia deixar de o ser. É pena.
Um diplomata não poderia escrever doutra maneira, sobre uma arcaica instituição como a monarquia inglesa.
Vi a rainha pela primeira vez, na minha terra de Guimarães, quando lá veio com o marido, em 1957, celebrar o velho tratado de 1350.
Já tinha , ainda jovem, uma opinião desfavorável deste país, que a nossa História me tinha ensinado. O insulto do Ultimato, o insulto a Serpa Pinto, o enforcamento de Gomes Freire de Andrade, em Cascais “e Bedesford que insultou os Portugueses, nunca o esqueci. E irrita-me, porque sou alto e tenho os olhos azuis, que me confundam com um inglês no Algarve….Sou Português e falo Português o meu pais.
A origem germânica da família (Saxe Coburgo e Gotha) talvez explique mais ainda a minha aversão à família de Windsor, nome do palácio, adoptado para fazer esquecer o nome germânico…de origem da família.
Mas esta influência foi até ao nazismo de alguns membros e ao comportamento inaceitável do príncipe Harry : uniforme nazi, borracheiras “reais”e festas inenarráveis.
Ou a defunta princesa Margareth , que se retirou da sala de cinema onde era projectado pela primeira vez o filme “ A lista de Schindler”, porque não suportou que lhe infligissem, mais uma vez, como ela disse, “ o sofrimento dos Judeus e a historia da Shoa. Anti semitismo flagrante.
Antes da segunda guerra mundial, a rainha-mãe era favorável a concessões reais ao Reich. Leu Mein Kampf e recomendava-o nestes termos: “ Mesmo uma leitura rápida demonstra até que ponto o homem é sincero” : Hitler sincero. Mein Gott …
O Duque de Winsor era “carrément” nazi…Foi recebido em grande pompa por Hitler e todos os dignitários nazis na Alemanha, antes da guerra. Propôs-se mesmo como medianeiro entre o governo de Churchill e Hitler…
Quanto ao marido da rainha Elisabeth, Filipe d’Édimbourg, filho dum Alemão e duma alemã, uma Battenberg, mudou também o seu nome para Mountbatten, menos “germânico”,
As duas irmãs de Filipe casaram-se com altos dignitários alemães, dos quais um nazi. Uma destas irmãs deu o nome de Karl Adolf a um filho… Adivinhem porquê!
Outra irmã casou com Hesse-Cassel, membro do Partido Nazi e da Waffen-SS.
Dois tios de Filipe foram, um, mensageiro de Hitler junto de Mussolini e o outro, um dos criadores da Gestapo.
No funeral do rei George V°, em 1936, último representante da família alemã de Saxe-Coburgo e Gotha, ela tinha ao seu lado um primo vestido com o uniforme nazi.
Agora, vamos ver com as negociações do Brexit, se aqueles que sempre procuraram retirar o melhor da EU; mas que sempre recusaram participar na criação do Euro, mas sabiam exigir “their check” , serão melhores europeus.
@ Joaquim de Freitas
Se toda essa gente que enumera eram como diz, como explica que foram eles que não só sustiveram o primeiro impacto dos exércitos de Hitler depois de estes terem desbaratado os exércitos franceses e belgas. Em seguida, como manteram a sua força de guerra com homens e organização social, para a derrota final do mesmo Hitler, decerto com o contributo dos USA no fim.
A dinastia Belga também é de nome Saxe-Coburgo e Gotha mas nem por isso era aliada da Alemanha nazi.
O caso do duque de Windsor é talvez fruto da sua juventude mal vivida e o casamento pouco ortodoxo.
O Duque de Edinburgo era da famíia real grega com alguns elementos alemães mas não nazis.
Enfim... a memória selectiva só serve para algumas argumentações.
Espero que o anónimo, meio britânico, das 15:36, permitirá que lhe recorde, que a “república francesa florescente” à qual se refere, estava longe de ser florescente em 1939, em plena fase de recuperação da primeira guerra mundial, que lhe custou 1 700 000 mortos, e 4 milhões de feridos militares, e estava bem de rastos, antes pelo contràrio.
O Reino Unido aguentou uma guerra aérea terrível, mas nunca foi invadido pelos exércitos de Hitler. O que não retira valor à resistência britânica sob as bombas.
O anonimo meio britanico podia ir dar uma volta ao Marao...
Entao e no mapa cor-de-rosa? E as colonias que nos queriam roubar antes da primeira grande guerra?
Bem sei que nos deram uma ajudinha com os franceses ai ha uns duzentos anos... mas em contra aprenderam alguma coisa de guerrilha... Alem disso o que seria de voces se nao tivessem tido Bombaim nem o cha?
Nao me diga que sao salvadores da Europa, sao salvadores da vossa Europa. Pois que se Hitler tivesse ganho Portugal teria habilmente alinhado com Hitler, e deixado o seu aliado ir la para aonde fosse.
Quanto as virtudes da velha Albion sugiro-lhe que apresente aquelas enunciadas pelo amigo Farage, e por algum terrorista daqueles da prata da casa que bote discurso num qq lindo parque.
Para compreender os francius na segunda guerra deixe-me que lhe diga, que nao tendo grande paciencia para os ditos, sugiro-lhe que não seja ignorante e tente compreender quantos franceses morreram na primeira guerra mundial, quantas familias ficaram desvastadas, quantos homens amputados, quantas aldeias desvastadas etc e etc. Dê um passeio por essas varias regiões do norte da França, que têm sitios onde ainda hoje não se pode passar por terem armas, muniçoes e semelhantes quimicos da guerra de ha cem anos. (Consegui nao falar da extrema direita francesa da época...)
Quando quiser falar no papel libertador do UK, sugiro-lhe que o faça tb na Libia, na Siria e no Yemen.
A rainha, coitada, é que tem pouco ou nada a ver com estas coisas todas...
cumprimentos
@ anónimo das 22.51
A questão do mapa Côr-de-Rosa foi uma imprudência do governo português da altura. Toda a europa desde o Congresso de Berlim andava a querer entrar em África. Era sabido que Portugal não tinha, colonizado o interland mas sim apenas o litoral. Era óbvio para os Europeus que não seria a partir daí que Portugal íria fazer diferentemente. E de todos os países prejudicados por isso, o mais era a Inglaterra porque perdia o corredor da África do Sul até ao Egipto. Por isso o Ultimatum foi feito e nenhum país europeu, salvo a Rússia, se opuseram.
Quanto aos mortos ingleses durante as duas guerras pela liberdade na Europa não tenho conhecimento dos números mas não devem ter sido menos que dos outros combatentes. Só que os ingleses não falam disso como os franceses, apenas teem o Poppy Day para os fazerem lembrar.
Aos seus olhos sou ignorante porque sei coisas diferentes das suas. Penso que está a fazer um juízo de valor o qual não lhe fica nada bem mas concedo que essa argumentação é muito utilizada em Portugal, para minimizar os argumentos do outro.
No legado de Catarina de Bragança a Inglaterra parece-me que se esqueceu de duas coisas:
O "Orange Marmelade" porque parece que a Senhora pedia o tempo todo marmelada. Como não havia marmelos fizeram o doce com laranjas por serem os frutos exóticos daquela altura.
O "Umbrella" da palavra portuguesa umbela com o qual as senhoras se protegiam do sol em Portugal e hoje toda a população britânica se protege da chuva.
Quanto a Inglaterra roubar-nos as colónias foi de acordo com outros países europeus incluindo a Alemanha, para os credores se poderem ressarcir das dívidas de Portugal daquela altura.
Em 1939 todosos países europeus estavam a viver ainda a crise financeira da 1ª Guerra. A Inglaterra para além disso tinha passado pela crise dinástica com a abdicação de Jorge VIII e nem por isso aquele país duvidou em defender a liberdade no continente europeu como já o tinha feito durante as guerras napoleónicas.
Não quero nem aborrecer o senhor com estas coisas que para si são minudências nem aos outros leitores deste blog.
Os meus respeitos
Caro anonimo da 01:36
"Aos seus olhos sou ignorante porque sei coisas diferentes das suas"
Nao, nada disso. O que disse disse foi por vexa se ter referido ao borreganço francês da segunda guerra sem ter tido em conta a primeira. E ai, uma vez mais, creio que esta enganado, a primeira guerra foi uma grande tragédia, a todos os termos, para a França. (nao estou a falar de economia, mas de destruiçao).
"Aos seus olhos sou ignorante porque sei coisas diferentes das suas. "
Decididamente não. Ninguém é ignorante aos meus olhos por saber coisas diferentes das que sei. Antes pelo contrario. So com essas pessoas é que eu tenho algo a aprender.
Tenho outra interpretaçao da tentativa de roubo das colonias (as dividas essas continuam, infelizmente... mas também so se deve a quem fia...)
Mas bom, vejo que não é da casta do Farage, menos mal.
Deixo-lhe aqui o hino alemão de 1918 que lhe trara, por certo, boas recordações...
https://www.youtube.com/watch?v=8bdz6tEf1-A
cumprimentos
O anónimo de 15 de junho de 2017 às 01:36
Parece querer iludir a triste realidade das vítimas francesas da primeira guerra mundial, que foram certamente as mais elevadas. Basta consultar a documentação oficial. O que é normal, visto que foram os exércitos alemão e francês que lançaram mais soldados na batalha. Sem contar as vitimas civis, que foram igualmente muito mais elevadas em França, pois que foi em França que a guerra teve lugar.
Aliás, o Reino Unido não travou nenhuma batalha no seu próprio país, durante as duas guerras citadas, o que explica a enorme diferença no número de vítimas militares e civis.
As destruições em França também não podem ser comparadas às inglesas, que foram importantes mas nada comparáveis, pois que estas foram só devidas aos bombardeamentos aéreos, particularmente das V1 e V2.
Acrescentarei somente que de qualquer maneira foram mortos demais em todos os países, o que demonstra que as guerras servem os interesses do grande capital internacional, mas nunca os interesses dos povos.
E quando o anónimo escreve: “e nem por isso aquele país duvidou em defender a liberdade no continente europeu como já o tinha feito durante as guerras napoleónicas”, permita que lhe deixe aqui a minha opinião: O Reino Unido, como todas as grandes potências, que são na realidade as que decidem da guerra e da paz no mundo, se intervêm em certas guerras para defender a liberdade, não intervêm menos para defender os seus próprios interesses que passam antes de todas outras considerações.
Foi assim no passado e é exactamente da mesma aneira hoje. A evolução das formas de reacção do imperialismo actual é a continuação das reacções do passado, que justificou que Portugal foi espoliado pelo seu aliado, com o acordo dos outros, como escreveu.
E se a violência guerreira se espalha no mundo como um rasto de pólvora, o denominador comum é o mesmo: os interesses fundamentais das potências do dinheiro, os Ocidentais, que intervêm em nome da democracia, com um resultado visível: mais caos, mais violência, cada vez mais bárbara e mais obscurantismo.
Camadas após camada, todos os dias, alguns procuram justificar a prolongação, e dentro em pouco a intensificação das hostilidades.
Para a defesa da liberdade? Ah que não!
@ anónimo, meio britânico
" para a derrota final do mesmo Hitler, decerto com o contributo dos USA no fim "
Pois... mas fica sabendo que foram os Russos, Sovieticos, Comunistas que derrotaram o Nazismo e que quando ja vinham a descer pela a Europa abaixo ja quase a tomar a Alemanha
é que os eua (que ate tinham financiado os Nazis, o avo de Bush ate foi banqueiro deles) intervieram não para derrotar o nazismo mas para impedir os Sovieticos.
" mortos ingleses durante as duas guerras pela liberdade na Europa não tenho conhecimento dos números mas não devem ter sido menos que dos outros combatentes "
Pois...mais uma vez esta errado, Russos morreram cerca de 26.000 a populacao de Uk em 1939 era cerca de 47.760 e nao morreu nada que se pareça com metade da populacao de uk.
@ anónimo, meio britânico
" para a derrota final do mesmo Hitler, decerto com o contributo dos USA no fim "
Pois... mas fica sabendo que foram os Russos, Sovieticos, Comunistas que derrotaram o Nazismo e que quando ja vinham a descer pela a Europa abaixo ja quase a tomar a Alemanha
é que os eua (que ate tinham financiado os Nazis, o avo de Bush ate foi banqueiro deles) intervieram não para derrotar o nazismo mas para impedir os Sovieticos.
" mortos ingleses durante as duas guerras pela liberdade na Europa não tenho conhecimento dos números mas não devem ter sido menos que dos outros combatentes "
Pois...mais uma vez esta errado, Russos morreram cerca de 26.000 a populacao de Uk em 1939 era cerca de 47.760 e nao morreu nada que se pareça com metade da populacao de uk.
@ anónimo, meio britânico
"Quanto aos mortos ingleses durante as duas guerras pela liberdade na Europa não tenho conhecimento dos números "
Deixo-lhe aqui uma lista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mortos_na_Segunda_Guerra_Mundial
Populacao 1939______Soldados Mortos___Civis Mortos
_47.760.000____________383.700____________67.200
168.525.000_________10.922.000________18.184.000
@Joaquim de Freitas
Sim ... antes era em nome dos valores Cristãos que invadiam (e traziam o ouro) hoje e em nome da liberdade e democracia.
Como é possivel ainda alguem acreditar nestas tretas?
Vejo que o anónimo "meio britânico" não foi aqui bem recebido por não ser meio francês e "chauviniste", nem dos clubes revolucionários franceses. "Enfin, ça pouvait être pire".
Nem sequer olharam a que ele seria também meio português. É.... fartar vilanagem em cima dos half camones, num exorcismo pela metade mas sempre é um exorcismo. só falta dizerem que é tudo culpa da Igreja Anglicana.
Não é pelo facto de ser meio-britânico ou meio português que não estamos de acordo. A dupla nacionalidade não retira nem acrescenta nada ao valor da sua opinião. Mas são os factos que lhe escapam devido a uma leitura errada da História, que justificou os comentários acima.
Porque passar alegremente sobre os cadáveres dos 26 milhões de vítimas soviéticas e os milhões de vítimas francesas, comparando-as com os milhares de vítimas inglesas, causa espanto e indignação. Mesmo se, e já o escrevi mais cima, todas as vitimas da folia das guerras são de deplorar.
Pessoalmente, nunca esqueço que as guerras não são decididas pelos povos, mas por aqueles que detêm altos interesses económicos e que os querem proteger com o sangue dos cidadãos. E fazem-no em nome de valores que soam bem, como aqueles que os portugueses pretendiam levar aos povos desconhecidos, que, sem defesa face aos canhões das caravelas, se convertiam pelo fogo a novas crenças. Enquanto que o mercantilismo tomava o lugar da civilização.
A melhor ilustração desta política de antanho, é aquela que foi praticada nos últimos anos no Iraque, na Síria, na Líbia e noutros países, pelas mesmas potências. Lá onde pretendiam levar a Democracia, destabilizando Estados, levaram o caos, exacerbaram as guerras religiosas, desenvolveram o terrorismo, lançaram milhões de homens, mulheres e crianças para as estradas da Europa, semeando a miséria e a instabilidade nos nossos próprios países.
Sabemos bem hoje, qual era o objectivo real da prepotência Ocidental, Cristã e Democrática: as energias fosseis, e todas as riquezas que abundam nesses países.
O homem sucumbirá por excesso do que ele chama civilização.
"não foi aqui bem recebido por não ser meio francês e "chauviniste", nem dos clubes revolucionários franceses..."
Nao, nao foi por isso. A França nao lhe faltam culpas em muitos cartorios, e em muitas coisas nao é exemplo de nada. Tenho a certeza que o meu amigo sabera ler. Leia portanto mais cuidadosamente e conclua.
cumprimentos
Alias da minha parte nao foi de certeza mal recebido. O unico que fiz foi rebater uma opiniao e nao mais. Penso que o facto de, eventualmente, se discordar de algo com alguém que chegue, nao seja sinal de mal receber.
cumprimentos
Eu acho que podemos todos assentar na coisa simples e óbvia de que o sofrimento, em termos de vidas perdidas e tudo o mais que se possa imaginar, foi muito maior no continente, nos países invadidos e ocupados, do que em Inglaterra, sem comparação. Sobretudo os ingleses, mesmo a 50%, com fama de rigorosos e cheios de bom senso, deverão reconhecer isto, julgo eu.
Mas, já agora, se querem falar de sacrifício mesmo, sangue suor e lágrimas, na segunda guerra, e heroismo na reistência, têm a Grécia, por exemplo.
Eu sei que está no consciente coletivo o heroismo e abnegação ingleses, o stif upper lip, em oposição à alegada cobardia e colaboracionismo de França. A verdade é que nunca saberemos como se teriam comportado os ingleses se a Alemanha nazi tem invadido a Inglaterra. As pessoas são humanas da mesma maneira em toda a parte, com necessidades de sobrevivencia, etc, e, de resto, não faltavam admiradores do fuherer na Inglaterra, sobretudo nas classes altas e não só.
Há algum esquecimento sobre a II Guerra.
É que ela não se passou só na Europa mas também os ingleses tiveram de combater na África e até no Oriente Próximo e Extremo. E aí é que foi mais sério do que em Inglaterra com batalhas e muitos mortos.
Enfim.... Cada um tem a sua memória ou conforme a bibliografia que consultou.
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