Era um homem agradável, com um humor que às vezes podia parecer corrosivo, uma forma irónica de olhar o mundo, que o levava a frequentes tiradas que deixavam alguns interlocutores desconcertados. Como economista, diziam-me ser brilhante, provocador e inventivo. Foi ministro das Finanças e governador do Banco de Portugal, além de professor universitário.
Conheci-o em Londres, nos anos 90, como ministro. Recordo uma conversa no Berkeley, com Vitor Gaspar e Manuel Quartin Bastos, em que ele nos explicava o que entendia ser a insuperável "bondade" do BCE que aí viria. Anos mais tarde, viríamos a integrar um júri de admissão de novos diplomatas para as Necessidades, criando, a partir de então, uma relação cordial que se renovava quando nos encontrávamos.
Morre agora, aos 67 anos.
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