O anti-americanismo, essa velha doença infantil da esquerda europeia, que curiosamente também afeta algum pós-salazarismo, renasceu por cá de uma forma curiosa, tendo Trump como argumento. E permitiu "flic flacs" que dão vontade de rir.
Senão vejamos.
Assistimos a gente que detesta o liberalismo, e o tem por jurado inimigo, a clamar contra o "ataque à ordem liberal" que Trump empreendeu.
As críticas do presidente americano à NATO provocaram uma curiosa onda de comoção em muitos que sempre acharam que a organização era uma estrutura intrusiva e agressiva. Agora não: parece que está toda a gente num imenso "clube de amigos" da NATO.
Emocionante foi ver pessoas que passaram anos a sublinhar os malefícios da globalização verdadeiramente indignados contra a rejeição dos tratados comerciais multilaterais. Afinal, o livre-cambismo tinha por cá muitos fiéis que se mantinham "na clandestinidade".
Há também os neo-europeístas convertidos à pressa. Gente que vinha a achar que o euro era um projeto condenado, que a Europa comunitária era a fonte de todos os males, escandaliza-se com o apoio de Trump ao Brexit e as suas profecias negativas sobre a moeda única.
Há muitas e boas razões para se não gostar do novo presidente americano, mas convem ser-se sério, não vale tudo...
8 comentários:
Sr. Embaixador, até lhe daria a minha opinião, mas como sei que muito utiliza este blog para tirar nabos da pucara nãp direi nada, exepto... não olhe apenas para quem é do contra, mas isso ja voçê sabe... e muito bem ;)
As decisões de juízes norte-americanos sobre o acto executivo de imigração mostram que a América foi, é e será sempre uma grande pátria, īmpar referência da democracia e das liberdades.
Como tem razão, Senhor Embaixador ! O problema é que o « homem » é um « touche à tout » : Atacou todos os temas ao mesmo tempo. E sobre alguns teria razão, se no fundo não procurasse obter resultados sem provocar rupturas.
Por exemplo: a NATO. Obsoleta disse ele! Mas ao telefone com Ângela Merckel, reconheceram que a NATO era fundamental para assegurar a paz e a estabilidade, e, que o « sistema requer « investimentos militares apropriados ». Outra maneira de dizer: Passem-me para cá alguns milhões de dólares, e não mexemos em nada! Donnant-donnant!
E Theresa May , em Washington , disse a sua intenção de encorajar os « seus » colegas liders europeus a agir para gastar os tais 2% do PIB para a Defesa, como combinado ! , afim de repartir melhor a despesa.
Como só cinco países da NATO - EUA (3,6%), Grécia, Grande Bretanha, Estónia e Polónia respeitam os acordos, vai ser fácil para Trump de os fazer “cracher dans le bassinet” !!!
Quanto ao resto, o Senhor Embaixador verá que nada mudará: Nem a ordem liberal, nem o livre-cambismo, nem o peso da maior economia do mundo sobre a nossa vida de todos os dias…
Creio que é no interior dos EUA que a situação será cada vez mais explosiva, porque os Americanos, ao contrário dos Europeus, não receiam manifestar o seu desagrado contra Trump. Mas este foi eleito, e aqueles que o elegeram só esperam que ele implemente as mudanças que lhes trarão os empregos de volta e o nível de vida perdido.
Temos também aqueles invertebrados que se babam com ditaduras e regimes autoritários e, depois, acusam os EUA de serem contra a democracia.
O anónimo das 09 :30 tem razão : A Arábia Saudita e o Catar, entre outros, são grandes democracias e amigos e aliados dos EUA e do Ocidente, que vale a pena mostrar como exemplo de democracias ao resto do mundo.
Os EUA defendem frequentemente este género de democracias, quando os interesses das oligarquias militares e industriais americanas estão em jogo.
Não confundir a liberdade nos Estados Unidos e nos países que eles controlam. Nos EUA as instituições fortes ainda constituem o freio às tentações de despotismo interior , mesmo se o “Patriotic Act” de Bush, que não foi abolido por Obama, permite tudo.
Aliás, o grito feroz de Trump: “América First” demonstra-o sobejamente.
As comunidades dos USA, e pluribus unum, e o seu sistema politico sempre anda em preparacao de guerra civil ou em guerra sitemica e realidade alternada. Luta por objectivos e idiais. A luta president. Executivo,Congresso e tribunal . A MAIS importante sera para a casa dos representantes cada dois anos. Mas sempre vao por as REDIAS a este cabalo bravo, o president Trump. A casa com o dinheiro, o Senado nos secretarios e o judicial na constituicao. Mas existe outro importante factor que muintos neglanciao, como no caso de Portugal o ANJOS da GUARDA quem Sao OS acorianos de MASSACHUSSETS e OS Trasmontanos de Connecticut que se motivados nos seus congressistas locais.
Passé bem Sr embaixador .
Sr Freitas quando voltar a Stanford , a terra dos milionarios, tempos que ir tomar um verde ao "O Manel" onde tem uma excelente carne alentejana, em Bridgeport. Nao FICA muinto longe de Lisbon, Conn..
Confundiu com Stamford, Caro Senhor … Stanford é na California. Fica longe para ir tomar uma « receita » portuguesa…Obrigado.
Sr.Freitas , esta na moda a verdade alternativa. Stanford, Santa Clara Co, Ca. US= pop. 35K
Stanford, Fairfied Co, Ct. US= Pop. 130K, a a 30 milhas de Manhatan,Ny.,e 40 de Hartford,Ct..
A tipo de comentario, num post a mim dirigido por J. Freitas, sobre eu ter votado por Trump e em 2008 por Obama e como na America todo o poder e local dos congressistas luta travada cada dois anos........
Abrv. CONN. e Ct. Sao abreviacoes para o estado de Connecticut, the constitution state, dos USA, por onde adamos desde 1863 quando ainda este pais Se chamava conferacao. Por aqui e Tras os Montes, Portugal. CONN esta no meu post.
O Fairfield county, Ct , inclusive Stanford, e o condado MAIS rico dos USA. Influencia, as grandes empresas internacionais e nacionais tem la a sede. Tambem grupos de investimento, 2 a 3 trilioes Us. Ha 4 ou 5 anos comeca ram a sair para outras pastagems, porque os da politica entenderam impor state income tax no capital.
Cumprimentos a si e familia, e ao Sr.EMBAIXADOR pela paciencia. Tambem devem desculpar OS acentos porque o meu IPad e teimoso!
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