Começo a converter-me às imensas vantagens de, daqui por uns tempos, regressar definitivamente a Portugal. Com efeito, dou por mim a pensar que só se pode compreender o país quando nele se vive no dia-a-dia. Para quem habita fora, há coisas muito difíceis de entender.
Exemplos? Ver Marcelo Rebelo de Sousa apresentar um livro de Francisco Louçã ou Jorge Braga de Macedo a fazer o elogio público de Paul Krugman.
Vai ser muito divertido ver estas coisas mais de perto.
Vai ser muito divertido ver estas coisas mais de perto.
17 comentários:
Ó Senhor embaixador, tem toda a razão, há coisa mesmo inconcebíveis, mesmo que em nome da imparcialidade!!
Vai ficar espantado senhor embaixador.
Francisco Marcello Rebelo de Louçã e Sousa.
Pois é meu caro Amigo. Vai ter de se adaptar, rapidamente e em força... Os aspectos que aponta são de pormenor, pois podem ter razões que a razão devia desconhecer, por motivos de estratégia preventiva, ou outras, bem mais comezinhas. Como ainda deve faltar cerca de um ano para o seu regresso, se não houver ruídos entre portas e corredores da Secretaria de Estado, vá reflectindo, para a partir de Lisboa poder ser, então, um analista em bom estilo queirosiano. Que falta que faz alguém que ponha a nu quanto se passa nesta nossa terra!
José Honorato Ferreira
Já o Camilo falava nos "Mistérios de Lisboa"...
Ou o Cavaco entretido (ainda) com o Sócrates, da parque escolar, da nomeadora do marido (em dia da mulher), da lusoponte e estradas de Port. e o que mais virá.
Isto é completamente surreal… compara bem o melhor da ficção de… terror
Não venha, deixe-se ficar o tempo que puder.
Tomara eu ter ido daqui com um dos meus, que teve de ir…
eheheheh!! Sr. Embaixador... vá-se habituando ao insólito!
Não são mistérios... é o despautério da política em Portugal. Total promiscuidade.
Por falar no Krugman, vale mesmo a pena ler este artigo sobre o iluminado:
Carta do Canadá: A Sobremesa Americana
Mesmo sendo eu anarca mas não sindicalista, depois de ter voltado para o país tive muita dificuldade de adaptação à realidade. Desejo-lhe muitas felicidades.
Por coincidência, transcrevo post colocado em cidadanialx.blogspot.com a propósito de placas em Londres: "A memória dos que construiram a Nação ao longo dos séculos é, cada vez mais, um conceito sem interesse, para a maioria dos cidadãos. Os responsáveis políticos têm sido os grandes promotores deste esquecimento histórico-cultural.É tempo de a comunicação social e os intelectuais promoverem a preservação de quantos nos precederam, nomeadamente assinalando os locais onde nasceram ou por onde passaram, tal como acontece na maioria dos países europeus. O Embaixador de Portugal em Paris vai repor uma lápide que assinala a casa onde morou e faleceu Eça de Queiroz, em Paris. Eis um exemplo a seguir, aqui e no estrangeiro.
José Honorato Ferreira"
Ai Mistérios!?...
Evidências redundantes de assegurar audiências todas todinhas , gula... Ai Não
Há personalidades que primam pela ubiquidade em escalas de mensuração de zero a dez é igual a de dez a zero.
É um tanto faz, um sim mas também está bem, e por aí...
Claro que o seu espirito versatil se diverte, não é para menos.
O seu regresso,será concerteza,uma mais valia para este desgraçado país.
Sr.Embaixador,
não nos vai dizer que não sabe como nós, senão melhor como as coisas se passam!Qual espantado!
Que há show, há! às vezes em tom de comédia, outras vezes em tom de tragédia, mas "c'est la vie!"
Fiquei "espantada" foi de ver por exemplo o nosso presidente, que por acaso é de cá, com a TV por perto, ficar por sua vez "espantado" ao verificar a desertificação da serra algarvia! Isto já foi há algum tempo.
Credo, não estamos em Marte!
Gente não falta a apontar erros e medidas a tomar.
eu lembro-me de dizerem o Brigadeiro Passos Morgado vai ser saneado...
foi a única vez que a futrelogia funcionou
felizmente lá começaram logo a arranjar-lhe um lugarzinho
Felizmente em terra onde dos Pêros se fazem estátuas nascem muitos outros prodígios
11 de Março sempre
por falar nisse este caiu a 10 por ser bissexto?
Não percebi muito bem o post. O padrinho do sr. Rebelo de Sousa, segundo uma vez me contaram, gostava muito de Álvaro Cunhal.
Ó Senhor Embaixador, nada daqui lhe escapa. O que vai é sentir-se muito mais livre e, também, algo mais pobre.
Entretanto vamos lendo nas suas entrelinhas, porque a realidade é muito mais simples do que parece. Não é Senhor Embaixador?:))
Cara Dra. Helena Sacadura Cabral: está enganada! Não tenho entrelinhas: "what you see is what you get"!
Tem sido assim. Umas semanas muito vivas, que culminaram com aquele arranjo na AR, de duas reuniões para uma, que já devia ter sido há um ror de tempo. Mas havia o Krugman, mais os livros que não foram do Louçã e as entrevistas, que baralharam "os factos" e o tratamento que deveriam ter tido no tempo certo. Voando sobre um ninho de cucos. Tem sido assim. Quando regressar traga a largueza dessas avenidas e, sugira um horário mais cedo para ir à Ópera ou a um concerto, pois o que pode acontecer é ter as pernas enferrujadas para ter coragem de sair tão tarde para se recrear culturalmente. Traga esse horário de Paris para cá. Vamos agradecer-lhe, se conseguir isso.
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