O "Financial Times" de hoje faz um link para o seu "Brussels blog", onde figura um texto sobre as diferenças entre a situação económico-financeira de Portugal e da Grécia. Não deixando de notar a relevância dos nossos números, o jornal reconhece algo muito importante quanto às dificuldades orçamentais por que passamos: "muita desta situação parece dever-se mais ao agravamento do clima económico na Europa do que à falta de vontade ou à inabilidade de Portugal para pôr em prática o tipo de reformas que a UE espera do país", sublinhando que, no relatório da S&P sobre Portugal, é "feita uma acusação às grandes questões de liderança europeia mais do que a qualquer específica dificuldade em Lisboa". Nada disto resolve os nossos problemas, mas pode ser que ajude um pouco a compreendê-los.
A "bíblia" do jornalismo económico mundial parece ter, porém, alguma dificuldade própria no decifrar do mundo ibérico: a fotografia que ilustra a notícia é de... Mariano Rajoy.
19 comentários:
"Rajoy" parece nome de bolachas...
Claro, sim percebe-se pelo texto, um determinado resquicio de que os outros, nomeadamente os "camones" não percebem nada de Portugal. A imprensa estrangeira é um pouco ignorante e portanto não percebem que os lusos são os maiores !!!
Os "camones" também não percebem a razão de em Portugal, quererem arranjar uma torneira e o que conseguem arranjar é um romeno com algum jeitinho. Os Camones não percebem porque os Portugues não cultivam os terrenos nem percebem a razão de o peixe fresco que consomem vir de Espanha! Há muita coisa que os Camones não percebem neste País ...
Ogman
Eu vi e comentei entre dentes "is Rajoy, stupids"!
Eu vi e comentei entre dentes "is Rajoy, stupids"!
Lá anda o eco de novo...
Ó Sra. Dª Helena, os seus botões são ingleses?
A iberidade de Portugal.
Também os franceses, antes de 26 de Abril de 1974, pensavam que Portugal era assim como a Catalunha para a Espanha. É verdade que os portugueses eram um pouco diferentes dos espanhóis que tinham "emigrado" para França nos finais dos anos 30. Mas estavam mesmo convencidos que a lìngua era um regionalismo.
Que hoje os saxões tenham uma atitude semelhante, não me espanta!
: - D !
Isso é o que normalmente chamamos "um clássico". Já nem se estranha.
A ignorância sobre o que é Portugal atinge níveis que tocam o burlesco. Conservo entre os meus papéis o primeiro boletim de inscrição numa universidade francesa (em 1997). Tive de optar por colocar a cruzinha em "Portugal" ou "Colónias africanas de Portugal (Açores e Madeira)".
Caro Santiago Macias,
Certamente que terá enviado cópia desse estúpido formulário para a nossa embaixada em Paris, para que esta apresentasse uma reclamação formal.
Sabe qual foi o resultado?...
PS: ponha aqui um link para essa preciosidade, por favor. ;)
um jornal como o f t não se engana assim tão grosseiramente, a espanha´é mais que conhecida, está todos os dias nas noticias, rajoy foi eleito há muito pouco, aparece diariamente na televisão (tambem a simpatica vice primeira), é um país de peso, etc. Fizeram uma errata com pedido de desculpas a seguir? Atrevo me a opinar que foi intencional.
Devido a essa historia dos perifericos ou do sul, comparam nos sempre com a grecia. Gostaria no entanto que por 1 ou 2 vezes nos comparassem com a irlanda. Seria util e pedagógico.
Vamos a ver se nos cura a receita do vamos alem da troika, se não se aplica antes o dito morreu da cura, não foi da doença, até já da propria troika vêm educados e sussurrados avisos de que austeridade a mais não cura e a falta de reformas tambem não é boa para a doença.
A medida de portugal é pois vista e avaliada pelo padrão da grecia com a cara de rajoy
aplica se uma chamada telefonica de atenção e rectificação ao jornal da embaixada de portugal em londres, provavelmente já feita
A propósito: os puzzles de mapas europeus e mundiais para as crianças começarem a identificar os países têm só a Espanha, em toda a Península Ibérica. Não sabia que fazer perante o colorido das paredes da loja de brinquedos (rue d'Auteille 16ème) aonde procurava uma caixa de música, que desisti de lá comprar...
Caro anónimo "12:36",
O que fazer? Anotar a marca do "puzzle" e escrever ao fabricante reclamando. Ao mesmo tempo, notificar a embaixada para que esta também o fizesse.
Serei eu que sou um idealista ou as estruturas do Estado Português deviam agir com toda a força perante estas situações?
Não deveria o Estado Português ter um departamento jurídico que perseguisse os responsáveis por esses casos?
Eu cá, acho que sim...
Caro/a Catinga
Não enviei o papelucho para a embaixada. Esse tipo de disparates merece-me compaixão.
Nunca mais tinha pensado no assunto mas, bem vistas as coisas, e logo que localize o formulário, divulgo-o no meu blogue.
Cumprimentos
SM
Caro Santiago,
A "compaixão" não "nos" leva a lado algum.
Quem não chora, não mama (e morre à fome)
Um pequeno texto sobre um italiano que não sabia de onde vinha o Português :)
http://omapadomundo.blogspot.com/2012/01/o-origem-da-lingua.html
Esta a ver Catinga ? o Santiago também nao conseguiu identificar se era homem ou mulher ; ) , mas nao se preocupe o problema é nosso... É de familia : )))
Cara Júlia,
Se o seu irmão (?) ao olhar para uma doninha de fato e gravata - de flor na lapela e fazendo um sorriso engatatão -, tem dúvidas sobre o género do bicho, eu fico preocupado...
Deixo, no entanto, já aqui um aviso: não tiro a roupa!
Tomei nota Catinga da sua decisão sensata : )
Eles ignoram tudo, mas não ignoram o principal : estamos cercados, aterrados, invadidos, empobrecidos, roubados, e bem.
Os numeros não são o mais importante porque a doença mortal é a mesma para todos : a europa, ou mais precisamente, a coisa à qual deram o nome de europa, e que de europa nada tem, e de democracia ainda menos.
Ou se tem algo dela, que esse cheiro pseudo-europeu se afaste o mais possível de nós.
Nunca nenhum império sobreviveu na história. Imaginamos e esperamos que este império de papel molhado ainda menos poderá sobreviver como ditadura cega imposta sem vergonha nem dignidade aos povos.
"o tipo de reformas que a UE espera do país" : diz tudo, ou seja nao diz o principal.
Desejo recomeçar a ter a vaidade de ver "um Portugal" enfim libertado desta eurocracia devastadora, e o mais rápido possível.
Porque sou português, sou do continente europeu, e nunca aceitarei de ser reduzido a um simples escravo de um monstro eurocrata deste tamanho, mediocridade e indecência.
Nunca, nem com os canhões deste inimigo abjecto virados para mim.
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