Desde 1 de janeiro, os serviços públicos estão, no cumprimento da lei, obrigados a utilizar o novo Acordo ortográfico, em toda a sua documentação.
Para o vulgar cidadão, o uso ou não do acordo é naturalmente facultativo, como se nota, por exemplo, na significativa "brigada do asterisco", composta por colunistas que esclarecem, em orgulhosos pés-de-página, nos jornais em que debitam doutrina, a sua inquebrantável fidelidade à escrita do "tempo da outra senhora". Estão no seu pleníssimo direito, como o estava um velho familiar meu, que sempre dizia que ia à "pharmácia com 'pêagá' ", seguindo o "acordo ortográphico" do seu tempo de infância.
Ontem, ficou-se a saber que o novo diretor do Centro Cultural de Belém mandou desinstalar os corretores ortográficos existentes nos computadores e determinou o regresso à vetusta ortografia. Uma coisa é, desde já, mais do que certa: com esta decisão, aliás plenamente coerente com o que sempre defendeu, Vasco Graça Moura passou a ter, como turiferários da sua nomeação, todos quantos militam contra o Acordo, como se observa nas imensas loas que já está a receber, na blogosfera e na imprensa. Além de coerente, Vasco Graça Moura provou, uma vez mais, ser hábil, inteligente e destemido.
Teremos que aguardar as cenas dos próximos capítulos para perceber se o Acordo Ortográfico está mesmo em vigor ou se, afinal, subsiste por aí uma "região autónoma" impune, espécie de aldeia de Astérix que resiste à "ditadura" da lei democrática, escudada num preciosismo interpretativo do estatuto da instituição. Para sermos mais claros, vamos ter oportunidade de observar se a aplicação do Acordo Ortográfico, na área oficial, é, afinal, "à vontade do freguês", isto é, sujeita a uma singular interpretação do Direito internacional "à moda dos Jerónimos", o que deixaria em alguma dificuldade a própria autoridade do Estado. Seria, aliás, o cúmulo da ironia se o "novo" CCB viesse, por esta via, a transformar-se na fortaleza do "regresso ao passado" ortográfico, uma espécie de sede informal da "brigada do asterisco" e outros protestantes correlativos, reunidos em eventos contestatários, perante o olhar embaraçado das autoridades e impotência do contribuinte que alimenta a instituição.
Valha-nos a certeza de que, com tudo isto, Portugal continua a provar que é um país muito patusco.
(Sei que muitos leitores deste blogue não concordarão com este post e, quiçá, estarão já entoando um renascido "Força, força, companheiro Vasco!"...)
91 comentários:
Aplaudo Vasco Graça Moura de pé. Sou e sempre fui contra um acordo que subordina o português de Portugal ao português de outros países e que lhe dá uma grafia artificial e sem nexo.
Veremos o que daqui resulta.
Sr. Embaixador
Gostaria de lembrar a V.Exa que o Acordo Ortográfico não pode constituir-se lei porquanto não foi ratificado, como está previsto nos seus próprios termos e resulta da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados.
Respeitosos cumprimentos
JPB
VGM limitou-se a ser coerente com as suas ideias (erradas). Já se ele tinha ou não o direito legar de impor o seu ponto de vista à instituição, isso é outro assunto.
Devo no entanto dizer que se impunha, à luz do que são as decisões do Estado, a demissão da personagem. Uma coisa é isto ser uma república das bananas, outra coisa é fazer do Estado banana.
Quanto ao que vai acontecer... bom, aparecerá alguém do PSD torcendo-se na procura de uma explicação, a coisa cai no esquecimento e, daqui a dois anos, quando for mesmo obrigatório adotar o acordo, o VGM demite-se e sai como um herói da Língua Portuguesa (consigo imaginá-lo com uma coroa de louros e tudo).
"...Portugal continua a provar que é um país muito patusco." Gostei! É um eufemismo lindo! Estamos todos a precisar de sermos mimados! Nem que seja com eufemismos. Quanto a nova grafia, aprendi que o português era uma língua viva e que só por isso tínhamos estrangeirismos... mas não vale cairmos definitivamente no estrangeirismo abrasileirado :) Como em tudo na vida, há que ter limites... Imaginem se em vez de nos aproximarmos do português do Brasil, aproximasse-mo-nos do português de África? Não seria de esperar serem os outros povos que falam português a aproximarem-se do português de Portugal? É que posso estar errada e calhando estou.
Um Abraço!
Ele disse que aceitou o lugar de “diretor do CCB” e depois pensou… Agora que pensou, quer ser director…
Será que implementou esta solução e agora está a pensar?
Esclarecendo o meu conflito de interesses, sou estruturalmente um conservador mas, concordo em pleno com o post do Sr. Embaixador. É completamente descabida a atitude. (Mas vindo de quem vem, parece-me algo natural).
Em geral custa-me mudar o que me parece que está bem ou, o que vem, não parece significativamente melhor.
Relativamente ao AO não sei se é significativamente melhor ou até pior. No entanto nunca tomaria uma atitude dessas porque não agride a consciência, como é óbvio.
penso que vgm pode escrever os seus livros, cartas e artigos segundo o antigo acordo, ou como antes do novo acordo. Determinar que tambem se continuará a escrever assim no ccb, já me parece um acto de desafio ou rebeldia ortograficos.
entretanto, aparte pessoal, dou comigo a escrever usando as duas ortografias, umas vezes acção, noutras ação, o que não sendo coerente com nada, tambem me é permitido. Mas prefiro de facto a antiga grafia.
Vamos seguir a novela do ccb sob a direcção de vgm.
A evolução da língua vai-se fazendo... Para "fixações" temos a "norma padrão". Desde que os falantes comuniquem, vale tanto: galatrixa como lagartixa; lampeda ou lampada. Compreendo a relação afectiva do nosso Embaixador aos falantes do Brasil. Cada um no seu caminho enriquecia sobremaneira a língua portuguesa. Desta vez pende mais o meu coração/razão para o académico V. Graça Moura, pela coerência revelada entre as suas ideias e os seus actos.
Um grande bravo à corajosa decisão de Vasco Graça Moura de não aplicar um acordo que ainda não foi ratificado!
A semelhança de VGM, além de coerente, FSC, embaixador de Portugal em França "provou, neste post, uma vez mais, ser hábil, inteligente e destemido" para usar as suas proprias palavras:)!
Excelência, devo confessar que de todos os 'convertidos' àquilo que se designa por "Acordo Ortográfico", V.Exa. é o que mais me surpreende.
Um cidadão tem obrigação de se demarcar, se não profissionalmente, por motivos óbvios, a título pessoal, dessa coisa para a qual não tenho palavras bondosas, e pouquíssimas digamos, diplomáticas.
Mas todos temos as nossas incoerências, não é?
A sua - a mais evidente/irritante, pelo menos - é esta.
Domage.
Não tenho conhecimento de qualquer mudança que não traga protestos. Foi assim com precedentes acordos, foi assim quando se mudou de calendário, é naturalmente assim com este novo acordo.
Para mim, o importante, é encontrar o meio mais eficaz de me compreender o melhor possivel com o maximo de povos e de culturas.
Pessoalmente, só mudo de dicionário para continuar a consultá-lo como fazia já antes do acordo.
Reservo os protestos, em porguês, para manifestar contra outras causas que assolam o país.
José Barros
Quando o estado e os seus órgãos não se dão ao respeito, como querem depois que o cidadão comum, respeite esse mesmo estado!...
A novela ainda agora começou, vamos aguardar pelo próximo episódio.
Eu dou o mote, para quando a saída daquela coleção de quadros, que de arte só tem mesmo o artista Joe.
Atenção eu sou um leigo nestas coisas de arte, só há uma coisa que eu sei, contemporânea como aquela, nunca colocaria um quadro em minha casa, pois só se fosse para ter pesadelos.
Aquilo não me diz nada e não sei como pode dizer algo a alguém.
Uma tela em branco é arte, eu vou ali e já venho, faz-me lembrar o filme do outro, sem imagens e com o fundo preto. Valha-nos o são pancrácio...
Cara Margarida: não percebo qual é a minha incoerência, mas está bem!
Não tenho a menor competência para, no plano substantivo, me pronunciar sobre a racionalidade das mudanças que o acordo introduz. Deixo isso ao cuidado de quem sabe, o que é sempre uma atitude de bom senso, que procuro seguir na vida.
Mas sei, de certeza segura, que, seja o acordo bom ou mau em si (e eu também não tenho nenhum prazer em mudar o modo como aprendi a escrever o português, perceba-se!), este acordo é estrategicamente muito importante para evitar o afastamento das normas do português escrito. E por isso o apoio, desde sempre.
Só quem não me conhece bem é que pode pensar que tomo posições públicas para estar "com o vento" oficial, seja ele qual for.
Pronto, amofinou-se!
De facto, quanto mais se escreve, pior.
E também é facto que não conheço V.Exa., à excepção da brida com que defende aquilo em que acredita, entre o que sempre esperei ver a Língua Portuguesa que aprendemos, pelas razões que seria fastidioso aqui elencar e que tantos outros explanam infinitamente melhor do que eu.
É só lê-los. Subscrevo-os.
Curioso é que, de tantos argumentos e consideraçãoes que podem ser questionáveis, embirrou logo com 'moizinha'... :(
A Língua pátria é a liberdade em sílabas!
'Normalizar', nem a fruta!
Pronto, não volto a maçá-lo.
Et maintenant, je boude.
Cara Margarida: não me amofinei nada!
Não terá percebido que aproveitei a sua "boleia" para explicar aos comentadores passados e futuros qual é a minha opinião.
Ah! e, claro!, para reagir à acusação de "seguidismo" oficial. Só me faltava mais essa!
Amanhã, aí no Porto, tome um bom pequeno almoço no frio saudável de uma esplanada da Foz (veja se há lontras, primeiro), sob o sol, com o DN e o Expresso à sua frente. Sempre se irá habituando a dois dos muitos jornais que já usam o "acordo ortográphico".
Antes a "brigada do asterisco" do que a legião dos conformados.
Todos temos direito a pronunciar-nos sobre o AO. Não é (nem pode ser!) uma coisa reservada a especialistas. Mas, há mínimos exigíveis...
Infelizmente, na maior parte das vezes que vejo alguém desancar o acordo, imediatamente me apercebo de enormes problemas no domínio da língua escrita. Erros ortográficos a granel, estrangeirismos sem qualquer razão, erros de concordância, erros de sintaxe... Erros de todo o tipo!
Quem não sabe escrever corretamente, perde o direito a pronunciar-se.
E ainda há por aí muito bicho que insiste na patranha do "fato" e do "contato" e até já escreve assim!!!
(som de metralhadora)
A maior resistência ao AO prende-se, portanto, com: IGNORÂNCIA e XENOFOBIA !!!
Ignorância, desde logo, sobre o conteúdo do AO e ignorância sobre a evolução da língua. E xenofobia relativamente aos brasileiros que, para os "tugas", parecem ser muito bons para tocarem modinhas, fazerem novelas e acartarem móveis mas, pelos vistos, ainda são uma espécie de pessoas de segunda categoria!
Brasileiros, pretos, monhés - é tudo a mesma porcaria. Bons, mesmo, só os tugas!!! O problema é quando aparece alguém de outro país europeu... o complexo de superioridade da tugalhada desaparece imediatamente!
Hmmm, bem, pronto, "desamuei"...
;)
Pois quem me dera que uma Lontrinha se abeirar-se de mim!
Ainda não li os atrasados, quanto mais ...; quem dera que a minha vida fossem esplanadas (na Foz, em Cannes ou em Miami), enfim, um Maybach com chauffer e coisinhas poucas assim...!
ai!
:))))
Um Post arrogante e a demonstrar algum mau feitio. Palavras como "loas", "vetusta", etc, eram escusadas. Mas foram escritas com a intenção de amachucar. Que FSC seja "adepto", pessoal, do Acordo (uma da parvoices do Governo cessante de Sócrates, como outras)está nos seu direito. Que venha a terreiro (recorrentemente, não é hoje) atacar e criticar quem é, legitimamente, contra, já não lhe fica bem.
FSC é um fundamentalista, obsecado (até aflige!), desta "nódoa" que é o A.O - tanto assim que gosta de, orgulhosamente, escrever no seu Blogue nos termos do tal Acordo, como quem diz: hei gente, aqui está como se deve passar a escrever!
Uma coisa seria não querer contrariar o tal Estado, que FSC serve e de que é funcionário, outra esta ostensiva e doentia forma de promover o dito Acordo Ortográfico.
Estou do lado de vários comentadores que aqui vieram mostrar o seu "desacordo com o Acordo" e estou igualmente do lado de Vasco Graça Moura. Tomara que houvesse mais gente como ele. VGM não tem que provar o que quer que seja a ninguém. O facto de se querer constestar certas decisões do Estado não quer dizer que se está a agir contra o Estado. Quando o Estado erra - e errou ao fazer aprovar esta aberração desnecessária -os cidadãos têm o direito de fazer ver ao Estado que pode sempre emendar o erro. E neste caso, o Estado não perderia a face.
Já há uns tempos que por aqui não passava, mas tentei-me pois imaginava que o autor deste Blogue não resistiria a atacar VGM pelo que VGM decidiu. E não me enganei, ao que vejo.
No caso desta decisão de VGM vejo ali um acto de saudável rebeldia que é de aplaudir! Sempre há gente com coragem neste pais e que não diz "Amén" ao Poder.
Deixe lá de nos dar lições de bom comportamento, caro Embaixador.
Albano
Cada vez que vem à baila o AO, surgem as habituais confusões argumentativas.
O Acordo é ORTOGRÁFICO, isto é, não altera a pronúncia, nem a gramática, nem a sintaxe.
Nada impede que quem o desejar continue a escrever aplicando a antiga norma; claro que passa a ser um erro, mas a minha Mãe escreveu, até morrer, "MÃI" e ninguém se zangou com ela por isso. Mas, claro, outra coisa é aplicar ou não, em organismos sob tutela do Estado, aquilo que já é Lei da República.
E esclareço um comentador (JPB) o Acordo foi ratificadÌSSIMO, está plenamente em vigor na ordem interna.
VGM emula Fernando Pessoa, qu não aceitou a reforma ortográfica que originou a grafia que os estrénuos adversários do AO julgam ser sacrilego alterar; eles defendem uma grafia recente, que FP repudiou. Seria, por isso, coerente que defendessem, então, o regresso à norma que aplicavam Pessoa, Eça e Camilo, escrevendo "pharmacia", "aquelle" e "apparecem".
Mas, de facto, estou a usar cera em ruim defunto; como explicou o Embx. Seixas da Costa, agora trata-se, tão somente, de aplicar a lei. É só isso, pode combater-se para que ela seja revogada ou alterada mas há que aplicá-la.
Tão simples como isto.
Correcção: abeirasse.
Uf...
Escreve-se "Ei gente" e não "hei gente"
Escreve-se "parvoíces" e não "parvoices"
Escreve-se "no seu" e não "nos seu"
Escreve-se "obcecado" e não "obsecado"
Escreve-se "não tem de provar" e não "não tem que provar"
Escreve-se "país" e não "pais"
Pois é ! O CCB faz mesmo figura de Armorique mas com a diferença de la podermos comer peixe fresco : ))
Va la nao comecem todos à Zaragata ! : )))
Escreve-se "Ufa" e não "Uf"
Como sou um pouco anarca mas não sindicalista espero que me permitam escrever o português que aprendi na minha infância. Se para isso tiver que pagar multas.... pagarei, até porque já paguei para coisas bem mais complicadas.
Anónimo,
Tem razão em corrigir, mas isto de escrever no próprio blogue, um tanto a correr é no que dá.
Dou a mão á palmatória!
E não se amofine, você é defensor do A.O e eu na minha: contra!
Bom fim-de-semana!
Até uma próxima diatribe de FSC contra os que são contra este "extra-ordinário" A.O
Albano
"Zaragata"..., boa, Julita!`
... ah-ham, senhor(a) anónimo(a) das 18.53, por acaso sou das pessoas que aprecia aprender e até peço para me corrigirem (Ivone!, é ou não verdade?! - a Ivone está a arder de febre lá pela sua Ronda dos Dias, infelizmente, não me vem 'socorrer'...).
Por acaso até posso concorar que se 'escreva' como disse, mas sucede que quis representar exactissimamente 'UF' e não 'ufa', por isso redigi 'uf'.
A bem da paciência.
Minha, sua, do anfitrião e de todos os que por aqui passam, pelas mais variadas razões.
Nota: abomino visceralmente 'anónimos'; seja criativo(a), invente um nome.
:)
Estou a chegar à conclusão que tanto faz escrever duma maneira ou de outra:
Há pessoas que não entendem o que está escrito, seja de que forma for, e acho que não era aquilo que escreveram o que realmente pensam…
Leiam isto, leiam...
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/4032723.html
Caro Fernando Frazão: perdoar-me-á que não publique o seu último comentário.
Não sendo apoiante do novo AO, não sou, porém, turiferário de ninguém.
Nem faço proselitismo contra o Acordo, como V. Exa. parece fazer, a favor.
Posto isto, declaro que não estou entusiasmado com a decisão de Vasco Graça Moura, que considero errada, dadas as circunstâncias. Ao aceitar o cargo, aceitou as regras.
Um Governo de estadistas só tinha, agora, um caminho: demiti-lo.
Infelizmente só temos políticos. Os estadistas extinguiram-se há muito neste canto da Europa.
Carlos Fonseca
Como cidadão livre deste "patusco" país, como aqui o designa Seixas da Costa, sou - visceralmente - contra o Acordo Ortográfico, em tão má hora decidido e aprovado.
Com tanta prioridade em cima da mesa, saíu-nos "isto" na rifa! Só mesmo naquela "época"!
Dito isto, como funcionário diplomático do MNE (ainda por cima no exercício de determinadas funções), não me resta outra alternativa senão ter de aceitar escrever como o autor deste Blogue, nos TEl, ofícios, Notas, e por aí.
Uma vez na disponiblidade (já faltou mais, felizmente!), voltarei a escrever como me ensinaram a escrever.
António (ARD:)o "Quico" não precisa que o defendam, ele sabe como o fazer. Mas, estamos, Seixas, em des"Acordo" total quanto ao A.O.
* (asterisco): alguém, no seu perfeito juízo, em boa consciência, acredita que pelo facto de passarmos a escrever como impõe o Acordo Ortográfico que se vão vender mais livros de autores portugueses, que Portugal vai ganhar comercialmente com isso, que, que, que? Haja bom senso!
Rilvas
Senhor Embaixador
Parece-me que, delicadamente, como sempre, substituiu "reumático" por "asterisco". Seja.
Se a brigada do reumático, a que pertenço, for tão lúcida como eu ainda julgo estar, então não me importo nada com a "doença".
É verdade que o país é patusco, sim senhor. Mas é o nosso. E é óptimo quando escreve bom português!
Cara Dra. Helena Sacadura Cabral: eu não falei em "brigada do reumático", entenda-se. Acho esta polémica, aliás, bem estimulante para a articulação de argumentos. E fico siderado (a sério!) por ver uma questão desta natureza ser objeto de tantos comentários, alguns dos quais "graves" e sem humor. O país também é "patusco" pela hierarquia das suas preocupações.
Uma questão desta natureza!! Mas foi você quem a trouxe á baila! É espantoso! Agora está incomodado?
É grave, ou "grave" como fez questão de sublinhar? E porquê?
Realmente!
Albano
Nossa!
este assunto provocou inspiração!
bem dizia Fernando Pessoa, "a minha pátria é a língua portuguesa", então mais parece um cerco ao país!
segundo li, os outros países de língua portuguesa também aceitaram alterações aos seus hábitos de escrita,
afinal na minha modesta opinião, estamos a regredir quando ficamos "congelados" com receio das mudanças, é o que oiço dizer, e se não cedemos também alguma coisa, somos postos de lado, como os fatos ou factos? ou os dois, geralmente confirmam.
Caro Albano: não estou nada incomodado, apenas divertido pelo facto deste tema, que deveria estar muito longe do topo das preocupações de um país em crise, fazer emergir, num registo "grave" e "sério", um conjunto de vozes "escritas" sem pitada de humor nem "fair play". Como é o seu caso. O que não impede que eu as publique, quanto mais não seja para enriquecerem a minha antologia de comentários febris.
Teresa, obrigada, mas esse lapso (como outros, espero bem) deve-se tão-somente à rapidez de digitação.
:)
Merci.
E, Excelência, V.Exa. adoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooora uma polemicazinha, não é?! Sabe bem o que cada 'post' vai "render", se sabe!
;)
Depois faz-se assim surpreendido e tal..., hum-hum, pois, nós sabemos...
:)))
Caro Embaixador a mudança, qualquer que seja, gera inquietação e como tal muita gente advoga tradição para esconder medo, medo de errar, medo de estar out! é evidente que a nossa língua necessita de uniformização e pela influência (pouca) que temos devemos nós ajustar, é uma questão de senso. No entanto só farei conversão quando a isso me sentir obrigado, por enquanto um varejador vai continuar a ser alguém que utiliza uma vara para varejar, e um espectador não vai passar a ser um espetador. bfs
Este (des)acordo já esta salgadíssimo... querida Margarida, mas aqui vai mais uma pitada: sugestão de pseudónimo para o anónimo corrector de serviço (que substitui graciosamente o link "Infopédia" que em tempos se encontrava no "side-bar" e que foi, hélas, retirado, para desgraça minha, pelo autor do blog, vá lá saber-se porquê): "infopédico" ou melhor ainda: hipoinfopédiacondríaco".
"Mignon" não acha:)?
Helena dearest, nem teria uma ideia mais 'criativa' no tempo do outro espaço! Merci.
'Medo', afirma Eduardo Antunes.
Qual medo, cavalheiro! R E S P E C T, como diz a formidável canção.
E ' é evidente que a nossa língua necessita de uniformização' ?!
Não parece assim nada 'evidente', com todo o respeito.
É uma tontice que vem de longe e não vai acabar nada bem.
Nem sei como é que os ingleses não se lembraram de tal..., dos gringos aos extraterrestres, todos (!) falam inglês e não sei de plano nenhum tão ******* como este para 'normalizar' uma língua.
Ah! Pois, nós somos sempre pioneiros na, digamos, modernidade...
'poramordedeus'... !!!
Ena pa o que p'raqui vai.....
E isto que o nosso escriba dissertou sobre o asterisco imaginem se tivesse escrito acerca do obelisco !!!!
Senhor Embaixador: não me vou intrometer na questão de ser a favor ou contra o Acordo.Como é evidente cada um tem o direito a opinar desde que argumente com algum conhecimento de causa e seriedade.
Centro apenas na atitude para dizer o seguinte: VGM é um daqueles intelectuais que pensam que o país não os merece.
E, para o confirmar é suficiente recordar um artigo da sua autoria publicado há tempos num jornal onde regularmente colaborava.
Só que para ser coerente VGM deveria continuar a pairar naquele mundo onde somente os eleitos como ele podem aceder e jamais condescender em colocar o seu imenso talento ao serviço,ainda que de apenas uma parte,de tão desgraçado povo.
Não sei,francamente,como se presta um tal desperdicio.
Resolução do Conselho de Ministros, nº 8/2011
Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:
1 — Determinar que, a partir de 1 de Janeiro de 2012, o Governo e todos os serviços, organismos e entidades sujeitos aos poderes de direcção, superintendência e tutela do Governo aplicam a grafia do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 26/91 e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 43/91, ambos de 23 de Agosto, em todos os actos, decisões, normas, orientações, documentos, edições, publicações, bens culturais ou quaisquer textos e comunicações, sejam internos ou externos, independentemente do suporte, bem como a todos aqueles que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou qualquer outra forma de modificação.
Yeah, yeah, yeah...
Um dos gozos das almas livres é driblarem a burocracia idiota.
Oh! Louvado seja Deus, mantém-se inalterado, desde logo consensual.
Para a Língua Portuguesa esta decisão do VGM conta zero. Não tem absolutamente importância nenhuma. A esmagadora maioria das pessoas do mundo que utilizam a língua portuguesa, fazem-no de acordo com o acordo ortográfico que está mais próximo do português do Brasil. Nos EUA, Inglaterra, Austrália etc etc, e em muitos outros países onde existem alunos a aprender português, o português é ao abrigo do acordo ortográfico. Se existe gente a querer aprender português hoje, é graças ao Brasil. Os portugueses que se entretenham com essa decisão do VGM mas para o mundo isso contou 0(zero).
O "corretor ortográfico" é um grosseirão de "bas-fond"! Andar a descobrir erros em gente que escreve em "bom Português"... Que topete, o da criatura!
Ça m'emmerde! O yeah!
E como se escreverá "Na táchvendo bén as cosas mosse..."?
A velha Senhora não não poderia ficar fora de tão IMPORTANTE polémica - que, diz, lhe está a dar imenso gozo - e comenta, épica:
vovô valente vasco valeroso
vai velho ao infiel fender as ventas
pois que de pusilânime e medroso
não se rebela contra as leis que atentas
derrubar sozinho afoito e poderoso
junto co'os tratados que arrebentas
avança vovô fofo vai-lhe à fuça
ao tuga ignaro que TALVEZ nem tussa.
É com decepção que vejo Francisco Seixas da Costa tão "moderno" e tão "cosmopolita" na vanguarda da aniquilação da Ortografia... O facto de o AOLP90 ser um chorrilho indefensável de asneiras não o preocupa minimamente. O facto de a sua aplicação em Portugal ser ilegal não o perturba. Somente o move a modernidade e quimera da "unificação" da língua portuguesa: abaixo a «vetusta» ortografia bem pensada e elaborada e viva a "nova" choldra disgráfica! Sigamos em frente, em direcção aos amanhãs que cantam da grafia e da lusofonia! Se me permite, aponto-lhe um erro ortográfico: de acordo com os preceptos da grafia prévia a 1911, que usa como exemplo de antigualha bolorenta, escrever-se-ia "accordo orthographico" e não «acordo ortográphico». Este seu displicente erro só prova como não se preocupou minimamente com usar de um pouco de rigor intelectual na análise desta questão. Saúdo a íntegra, vertical e legal decisão do Conselho de Administração do CCB. A maioria da população portuguesa agradece-lhes.
Errata
Peço perdão, enganei-me na trancrição do quinto verso da estrofe da velha Senhora, que deve ser lido:
'derrubar sozinho afoito orgulhoso'
O Senhor Embaixador só publicará este meu comentário se bem o entender, já que explica resumidamente a minha repugnância pelo Acordo Ortográfico e que poderá ver até como publicidade ao meu blogue, que existe muito feliz da vida há cinco anos e meio sem precisar de se publicitar.
O que se segue é retirado de um post escrito há quase quatro anos, intitulado "Desacordo Ortográfico (trinta moedas de prata)".
http://gotaderantanplan.blogspot.com/2008/04/desacordo-ortogrfico-trinta-moedas-de.html
Pedindo desculpa pela extensão, aqui vai a minha opinião, que sei contrária à sua, retirada do tal post:
«(...)2. Não acho graça nenhuma ao acordo ortográfico. Toda eu sou desacordo.
Pois, o Acordo Ortográfico... Há muito que ando a fugir ao assunto, tanto me incomoda. Cheguei a ter uma acção concertada combinada com o Rafeiro. Não a levámos a cabo, foi sendo sucessivamente adiada até acabar por cair no esquecimento. Dizer que o Acordo Ortográfico me incomoda é um eufemismo. O Acordo Ortográfico dói-me. Dói-me tanto que só consigo lembrar-me de 1580, ano trágico da perda da nossa soberania.
O Acordo Ortográfico vende (barato) uma das poucas coisas genuínas e preciosas que temos: a Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico subordina o Português falado e escrito em Portugal a formas até plausíveis de o entender, de o escrever - só que não são as nossas.
Tive o enorme privilégio de ter um professor de Português chamado Vergílio Ferreira, merecedor do Nobel como poucos, e numa idade tremendamente receptiva. Ensinou-me Camões e, consequentemente, legou-me o pavor da Mudança, o seu leitmotif.
Aprendi em tempos, num curso que fui obrigada a fazer e que acabei por adorar, que tenho uma personalidade muito assertiva. Quando confrontada com a Mudança, seja ela de que espécie for, a minha reacção primeira é de rejeição total. Esperneio, escabujo, recuso, repudio. Depois, passado o choque inicial, adapto-me, invariavelmente. Não me parece que em relação ao Acordo Ortográfico eu consiga funcionar assim, tanto ele me violenta.
Bem sei que a Língua é um instrumento vivo e em evolução permanente. Não é isso que questiono. Tenho muitos livros em que os advérbios de modo ainda levam acento - é só um exemplo de uma mudança que assimilei. Lamento a queda do trema, que era um útil auxiliar de pronúncia, de correcta pronúncia - no Brasil mantiveram-no. A questão do trema (que eu conheci inicialmente como umlaut, quando aprendi alemão) foi brilhantemente abordada pela querida Conceição (para mim a Sãozinha), Professora com um gigantesco P maiúsculo, guardada na minha arca de afectos como Mestra inesquecível, num curso que tive a sorte de fazer há um ano - gratidão sem fim para com o Manel, que me obrigou a candidatar-me, quando eu achava que iam rir na minha cara, um curso de pós-graduação quando eu nem licenciada era. Afinal correu bem. Mesmo muito bem.
A Língua evolui, sim. Mas a sua grafia deve reflectir a identidade de quem a fala. Os falantes portugueses dizem, com todas as letras bem explícitas, facto, omnipotente, incorruptível. Não me repugna a queda das consoantes realmente mudas no nosso falar corrente, é só uma questão de me habituar a escrever as palavras de maneira diferente - e eu adapto-me depressa à Mudança, como descobri no tal curso. Que Egipto passe a Egito, redacção a redação, e mais um sem-fim de exemplos, são coisas que digiro, assimilo e aceito. Até faz sentido. O que não faz sentido é que, em nome de nem consigo perceber bem que objectivos, se venda ao desbarato o Português riquíssimo de Portugal, o que é a língua-mãe. Adoro o Português do Brasil, de uma expressividade musical que me encanta (grande post da minha amiga TCL, sugestivamente intitulado Palavras com Sabor), não conheço quase nada das evoluções que o Português teve nos outros países que o falam. Continuo sem conseguir aceitar que quem nos dirige, mesmo que com boas intenções, nos violente desta maneira e desta maneira nos mutile a Língua que é património nosso e precioso.»
Parte 2 (era demasiado extenso, peço desculpa)
«(...)O Português de Portugal é a língua-mãe, dela nasceram outras. Todos os falantes, estejam no Brasil, em Cabo Verde, na Guiné ou em Timor, se reconhecem nela, dela comungam e depois partem nas suas próprias viagens. É a lei da vida, é natural que assim aconteça, leia-se Alberto Caeiro. O que não é natural é que o tronco-mestre, a árvore que deu vida a tantos ramos espalhados por esse mundo tão vasto, só pela tonta glória de ter a sua língua nos lugares cimeiros das mais faladas no mundo inteiro, assim se submeta a regras artificiais, assim nos venda. Por trinta moedas de prata.
Trinta moedas de prata, repito. Sinto isto como se fosse 1580 outra vez.
Se pensam que o assunto é discussão recente, leiam este artigo de Miguel Esteves Cardoso em 1986 - há mais de vinte anos, foi quando a discussão começou. Vale a pena. Fico com a sua última e magnífica frase: «Concordar em discordar é a verdadeira prova de civilização.»
Cá por casa, parece, não concordamos nem discordamos: fazemos arranjinhos. E é triste.»
Escrever comentário com o dobro da extensão do post- é obra!
Resultado à vista: os comentadores ou ainda devem estar a ler ou desistiram.
Faz-me pensar nos nossos entrevistadores que falam mais do que os entrevistados.
xg
xg...completamente de acordo consigo : )
Júlia, que elegância!
E só nos revela metade da sua graça...
Pior do que um comentário enorme, é um comentário que, no meio de uma enchente de palavras, não diz nada...
Esta estória do acordo faz-me sorrir. Pessoalmente é-me indiferente pois domino qualquer das versões. Mas algum acordo ortográfico foi alguma vez respeitado? Não. Julgo que o problema de fundo é que o acordo mistura 2 coisas: a racionalização da língua (que não conseguiu) e o objetivo político de agradar ao Brasil, o que também não consegue pois eles mofam deste ou de qualquer outro acordo; continuarão a escrever como gostam. Claro que a língua é tão viva como a lontra. Não há decreto que consiga proibi-la de apanhar sol na Foz do Douro.
Que tristeza que o Pedro Silva-Coelho tenha, noutro local informático, recorrido ao insulto que aqui nãso ousou. A falta de chá é no que dá
O meu comentário, se Vexa me permite, vai em português vário e verdadeiro de documentos antigos e sem accordos orthographicos:
Ca Julia e xg soy eo moi d'accordo & accordado achordo as chordas da miha uiuela (ist'é pró fado, pá).
Escripta seia acáá & agura (ahora aora) a nha uera openjõ subri (açerca de) la brigada do asterisco: deuião screuer em pée de pagina qu'o que ellos adoutam he o Decreto N.º 35228, de 8 de Dezembro de 1945, que Salazar assinou e impôs ao país.
(Viva a Ditadura1 Viva Salazar! E o resto é conversa, pá).
brrr
Li agora no "Publico" o seguinte:
"O governo não vai, nem pode, fazer nada para alterar a decisão de Vasco Graça Moura de não aplicar o acordo ortográfico no Centro Cultural de Belém (CCB). É este o entendimento da Secretaria de Estado da Cultura, já que, explica fonte governamental ao i, este organismo, como “instituição de direito privado, não está sob administração directa ou indirecta” do governo.
O presidente do CCB informou o secretário de Estado, Francisco José Viegas, da decisão e o governo entende que o acordo só terá de ser aplicado a partir de 2014 – a data prevista para a aplicação generalizada. Além do CCB, há outras instituições, como a Casa da Música ou a Fundação Serralves, que também não aplicam as novas regras na documentação que produzem."
http://www.ionline.pt/portugal/governo-da-razao-graca-moura-ccb-pode-aplicar-acordo-so-partir-2014
Senhor Embaixador,
As datas de entrada em vigor de certas leis também são, por vezes, "patuscas"...
Lá andam eles com o "estória"... Água mole em pedra dura...
Caro Anónimo das 20.29: para mim, o "estória" é como o "alavancar". "Over my dead body"...
Sr. Embaixador
Registo que este poste já teve até agora nada menos nada mais que 64 comentários, sendo que a esmagadora maioria dos seus postes não ultrapassa a dezena.
Vamos às estatísticas:
Catinga-5
Teresa-3
Helena Oneto-4
Julia Macias-Valet-3
Francisco Seixas da Costa-6 (que trabalheira)
Anónimos- Não vale a pena contar.
A esmagadora maioria não acrescenta nada ao post original e apenas contribui para a feira das vaidades.
O seu post intitulado Comentários de, salvo erro, 28 de janeiro também teve uma quantidade de comentários muito acima da média.
Curioso...
Caro Fernando Frazao,
Isso nao sera um bocadinho de "dor de cotovelo" ??? é que acabo de constatar que no seu blog e sobre o mesmo assunto o contador de comentarios esta a ZERO !
PS Impressão minha ou o seu comentário para além de veneno nao trouxe nada de novo ?
Frazão: este Post foi uma infelicidade. E Seixas da Costa não ganhou nada com esta sua, renovada, defesa do Acordo Ortográfico (e muito menos na sua crítica à decisão de Vasco Graça Moura, veja-se a recente posição do Sec. Est da Cultura sobre o assunto)
Mas F.Seixas da Costa é teimoso e ao que parece tem gosto em chamuscar-se. Sem necessidade. E sem proveito. Nenhum.
Odroca Ocifargotro
Ai, Julita, ainda bem que escreveu qualquer coisa nesse seu tom 'saleroso' que ninguém (nem mesmo os mal humorados do costume) levam a mal, para nem me abster e ir tomar um anti-ácido, nem redigir uma treta anti-natura (eu sou, por génese, meiguinha.
Bingo!
Homessa! Está aqui o pessoal muito divertido a resmungar amuos e esgrimir razões, a rir, a amuar, a ir e voltar (foi para rimar, que também faz falta), e chega o tenente e lança o tabaco mascado para as biqueiras dos stilettos das damas e dos oxfords dos cavalheiros, a modos que arrota e bate com a porta?!
"eu, hein?!"
pior! nem contou as minhas intervenções! Despautério total!
:))))))
(e já são sessenta e sete comentários, tenente..., eat your heart out, dude!)
"Standing ovation" para a Júlia e para a Margarida! :D
Força, 'contabilista' pode contar mais um comentário que, valha a verdade, também nada acrescenta ao debate.
(Margarida, 'ele' também não me contabilizou! Imperdoável!)
xg
Wow Julia! belle coiffure! on dirait une vamp hollywoodienne des années 50:)! et quel esprit:)!!!
Querida Margarida,
Ignora-la a si, ignorar o seu primeiro comentario e os outros 7 que precederam o do comentador Fernando Frazão é imperdoavel:(!
Com este 4° comentario contribuo a "alavancar" um pouco mais este animado post e fico-me por aqui para não abusar da paciencia do meu caro embaixador.
Por falar em acordo o hemibusto e a cara metade da Júlia estão tão bem e bonitos,eventualmente e até por analogia com a supressão de consoantes sobrantes ,nota-se mais a "permanente", claro não desfazendo da anterior foto cordial de rosto inteiro.
Agora a declaração de objeção de consciência "em pés de pagina"ao acordo é de facto sui generis...
Estou em crer que se pudesse ser extensiva por exemplo ao pagamento de impostos e taxas moderadoras seria bem aproveitada por quem não consegue fazer prova de outra dimensão da insuficiência económica.
A velha senhora, não sei se já o disse, para além das 'qualidades' físicas e morais reconhecidas (pitosga, t.s., praticante da pinga e do palavrão), sofre de uma outra bem portuguesa que procura disfarçar por decoro e auto-respeito. Mas, desta feita, diz que não aguenta, louca de raiva por não figurar nas estatísticas:
isto já não há respeito
plas damas de alguma idade
eu rimalhei não aceito
falhar contabilidade
conabilista bom há de
ter de contar o que é feito
por uma idosa com jeito
e não só pla mocidade
quero entrar na estatística
não ligo a questões etárias
que até num velho bati
intervim sobre acordística
e não sou menos que as várias
amigas que tenho aí.
Caríssimo FSC
Admiro-lhe a valentia anti-'estória '('over my dead body', nem menos), mas olhe que descobri com alguma surpresa que a palavra é português de lei e figura em documentos nossos desde o séc. XIII, tal como 'estoriar' (séc. XIV), 'estoriador', 'istorial' e 'istoriograffo' (séc. XV). E esta. hem?
(Será que os comentários do post vão bater o record? Esta não é a minha primeira intervenção. Anónima - ou pseudónima, o que vai dar no mesmo - hélas!)
brrr
Oh Helena, ja uma pessoa nao pode caprichar ! : )))
Helena Seixas a 'permanente' é de nascença : ))
Isto de se ser Leao e Dragao "à la fois" deixa marcas ; )
Resumindo e concluindo este é o resultado de ser fotografada por uma amiga e grande fotografa espanhola (cujo nome nao posso revelar, ja que os seus trabalhos fazem parte por ex. da colecção do MOMA, de grandes exposiçoes internacionais, etc) na galhofa com os filhos e o marido 1h depois de ter saltado da cama : ))
PS Helena O. secalhar nos anos 50 podia ter tido uma grande carreira, nao ? ; )
PS 2 PSsssst Fernando Frazao !? Ja reparou que agora nem lhe liguei nenhuma...nem ao AO ?
E...p'ra mim vao 5 ! : )))
Phónix!...quem é a loira bué da gira na meia foto, caraças?! Só agora fui ver, menina Júlia!!
...Wow! E digo mais: WOW!
Os estrangeiros levam-nos as jóias, não há direito!
Primeiro: temos de admitir que o nosso anfitrião tem uma paciência e uma tolerância muito assinaláveis. Um espectáculo de 'fair play', sem dúvida.
Segundo: o tema é tão importante qu já existem 'facções' conectadas com a 'direita' e com a 'esquerda' (hã?)a propósito disto!
Terceiro: ainda bem que existe o gosto do debate sobre assuntos que dizem intimamente respeito a identidade de um povo. Já chega de indiferença e encolher de ombros para com tanta coisa que nos devia fazer 'bulir' bem mais...
Quarto: na generalidade, mesmo os comentadores mais azedos (e se os há) que por aqui costumam circular, não deixam de o fazer com a respectiva chávena de chá, o que é sempre reconfortante. Acima de tudo, classe, ladies and gentlemen!
Quinto: a contabilidade é útil, mas um grande tédio, convenhamos...
Sexto: a menina Júlia não comentou o meu comentário sobre o seu comentário. Je boude.
Sétimo: como diria a nossa Isabel Seixas, e agora vou trabalhar que (helás!) a minha vida não é mesmo isto.
E uma excelente semana para tutti quanti, em especial o nosso embaixador, que já deve andar a paracetamol, com tanto 'comentário' arreliador que, como resmunga o nosso tenente, 'não acrescenta nada e não passa de não-sei-quê-de-vaidades'.
Kisses.
Façam uma boa acção hoje, OK?
;)
Força Força Camarada Vasco, nós seremos a muralha d'aço
A vaidade de Vasco Graça Moura, só pode ser tolerada pela sua qualidade enquanto tradutor... Quanto ao governo pode e deve fazer uma coisa: Se é forte demite com justa causa o presidente do CCB, se é fraco pelo menos pode deixar de financiar o CCB, nomeadamente o seu serviço educativo(que muito prezo), e claro deixar de organizar no CCB qualquer evento relacionado com o Estado. Se existem outras instituições financiadas pelo Estado que neguem o Acordo Ortográfico em vigor, naturalmente o governo deve fazer o mesmo. E já agora aqui está uma boa justificação para reencaminhar os apoios para aqueles que cumprem o Acordo Ortográfico. Ou acham que é inócuo poder-se escrever o português de duas maneiras em Portugal?
Ir rebuscar um passado onde nem sequer havia normalização ortográfica para legitimar o uso de "estória" é, no mínimo pouco honesto.
"Estória" é uma história recente, própria de gente que anda sempre atrás da última moda anglossaxónica.
Phónix, "bué da gira", Wow, 'fair play', conectadas, ladies and gentlemen!, Je boude, helás!, tutti quanti, Kisses, OK?
Dá gosto ver um comentário escrito em bom Português (o antes do AO).
Pede-se ao Fernando Frazão que nos indique como devemos cravar os nossos "postes" para melhor contribuirmos para a discussão...
O Julia,
Com tanto "piropo' as feras do seu duplo signo estão a baralhar-lhe os nomes das amigas! Helena Seixas não conheço nenhuma por aqui... e tenho a certeza que a Isabel não quer trocar de nome...
Minha querida amiga, faça o favor de "desbaralhar" ASAP porque confusões e polémicas ja tem este post q.b.:)
Caro escriba, da uma lecençazinha ?
Amigo Frazao juro que nao é provocação : ) mas as amigas solicitam-me aqui por estas bandas...
Querida Margarida, tem toda a razão em amuar : ( mas claro que lhe agradeço pela sua cooperação neste "mano-a-mano", tanto mais agora que a Ibéria esta cada vez mais a ser so uma ; )
Beijoquinhas e desamue senao fica com rugas : )
Minha querida Helena Oneto nao me diga que ainda nao tinha descoberto que no novo Acordo Ortografico as Isabéis se passavam a chamar Helenas ??? : ))))
PS Acho que vou trocar a foto por uma a preto e branco...histoire de calmer les esprits : ) et pour que nous nous replongions à nouveau sur le vrai cerne du post : )))
Tchium, tchium...Hiop, Hiop...as feras ja estao dentro das respectivas jaulas !
Caro anónimo(a) das 13:38, se não compreende uma piada, paciência.
Sei muito bom como se escreve em bom português, não me arrogando do facto, mas sim de o reconhecer quando o leio.
Mas também não sou dos que pior se exprimem, e se utilizei a linguagem menorzinha foi ‘por graça’ - afinal, estava a dirigir-me em particular a uma confrade, o que também, obviamente, não conseguiu perceber -.
E por aqui me fico em “comentários”, porque, se o nosso anfitrião tem, quanto a mim, excessiva tolerância para com anónimos, a minha é escassíssima – olha! Acabou…
É que dá gosto ver a pedra de quem esconde a mão.
Escreve-se Português (com letra maiúscula).
Quanto ao resto: dizem que umas iscas fazem bem.
Margarida,
"Arreie-lhes"! Aos anónimos sem humor e ao "ÀÓ"!
Isto animou de tal maneira,que se "tudo o mais der para o torto", com esta riqueza de interpretações; tiradas à velho do Restelo; puristas da lei e do léxico e mais os timoneiros do futuro da língua portuguesa feita por decreto, já me contento com austeridade e "correcções" nos gastos e nos ganhos... Se me sobrarem uns cêntimos não chegam para pagar este despique, porque um blog destes, que nos dá espaço para a "desforra" não tem preço!
Relativamente ao 'asterisco' não será um sinal dos fins dos tempos que sobre o incidente se omitiu o aspecto da construção democrática da decisão colectiva ?
Caras e caros amigos: como dizem os "croupiers" dos casinos, "les jeux sont faits". Este é o último comentário neste post.
Deixei pousar por aqui (quase) todos os comentários que me chegaram, mesmo aqueles que eram de uma agressividade extrema face ao autor do blogue (o meu "coté" sociólogo faz com que me divirta o acumular de certos ataques, porque assim percebo melhor o país que alguns são). Os (muito escassos) comentários que não publiquei estavam recheados de insultos a expressões próprias de quem é servido por uma língua que não deve morder, sob pena de se envenenar.
Bem a sério, devo dizer que não sou insensível ao respeito devido pelo apego de muitos à imutabilidade da norma em que foram educados. Mas o mundo, gostem ou não, "é feito de mudança" e, por mais ventos, marés ou CCB's, julgo que todos já perceberam que a próxima geração vai passar a escrever nos termos do novo Acordo Ortográfico - porque é assim que já estão a aprender na escola. Quem já não tem nada para aprender, pode continuar a escrever como lhe apetecer, claro. Mas não mais nos comentários deste post (que bateram todos os records), nos quais ficou provado que um país que está confrontado com uma das mais sérias crises económicas do seu tempo recente se eriça todo por uns hifens e uns acentos, que já nem sequer são graves.
Mas o que lhes deu para pensarem que a Lingua Portuguesa tem dono?
escreve-se "hífenes"
E eu a pensar que o Fernando Frazao nao nos "dava troco" : )
http://timanel.blogspot.com/2012/02/comentarios.html
E qual será a reacção do "destemido" VGM quando um funcionário do CCB lhe preparar um relatório usando a grafia do Novo Acordo?
è homem para o "pôr na linha"...
PL
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