Há quem possa pensar que trazer vinhos portugueses para França é como "levar bananas para a Madeira" (embora esta ilha portuguesa, nas últimas horas, não esteja, propriamente, em odor de santidade). Eu penso que não. Os vinhos de Portugal, para além do caso especial e sem par do vinho do Porto, têm hoje casos de qualidade que pedem meças a muitos vinhos franceses. E, para além do "mercado da saudade", constituído pelos portugueses e seus descendentes que por aqui vivem, os nossos vinhos podem e devem crescer no mercado francês.
Ontem, abri as portas da Embaixada para a Confraria dos Vinhos Transmontanos, que realizou um "capítulo" em Paris, com a entronização de novos confrades (entre os quais o autor deste blogue). A região transmontana esteve presente com diversos e magníficos vinhos, para além de produtos alimentares muito diversos a cargo de um dos melhores restaurantes do norte de Portugal, o "Carvalho", de Chaves, que já aqui mereceu, no passado, a necessária referência.
Tal como já aconteceu com outras regiões do país, a Embaixada testemunhou assim uma bela jornada de divulgação da região de Trás-os-Montes.
21 comentários:
Foi sem duvida uma excelente iniciativa, os nossos vinhos, como muito bem disse, teem qualidade para se "bater" de igual para igual com quaisquer vinho do mundo, mais, cada região do país tem vinhos com caracteristicas próprias, diferentes uns dos outros, resultando daí uma variedade magnifica.
Isso é algo que nem todos os países possuem e que trás qualidades impares ao nosso vinho, pena é que não haja mais produtos a demonstrarem a qualidade dos nossos vinhos.
Como não me convidara, perderam a oportunidade de ficarem a conhecer um pouco melhor a GRANDE TINTO "made in Vidago".
Muito bem sr. Embaixador
Abre as portas aos produtos Portugueses...e os queijos?, as chouriças?, por exemplo.
A Embaixada pode ser, e deve, um polo de negócios.
O Embaixador Sueco em Portugal, há 6ª feira, reunia-se num almoço com o empresariado radicado em Portugal.
As boas relações é quem nos compra
As minhas saudações
O processo de degustação também merece ser acreditado por experts oriundos da região...
A representação do carvalho está muito Bem.
Caro ZéBon´rOaparvalhado: O restaurante "Carvalho" trouxe todos esses produtos, descanse!
E quem esteve na iniciativa?
Embora 90% (percentagem da minha responsabilidade) da banana que se consome na madeira seja regional (e têm 3 ou 4 excelentes variedades) tambem se encontra banana do equador, costa rica, coisas das regras do comercio mundial.
(Estranhamente, a banana não é muito usada na cozinha, é comida ao natural ou para licor.)
Levar os vinhos transmontanos para os parisienses beberem é uma boa forma de os submeter a um teste de prova de qualidade, boa iniciativa a da confraria. Votos de sucesso.
Bem concebido o cartaz.
Caro senhor embaixador...nao se esqueça do Sul, pleeease !!! Lembre-se que o senhor é embaixador de todos nos ; )
Ja tivemos os vinhos do Porto, agora os de Tras-os-Montes. O Douro e Tras-os-Montes duas regioes contempladas...agora ha que ir um pouco mais para Sul como durante a Reconquista : )))
Infelizmente em Paris e regiao parisiense é impossivel encontrar os produtos elaborados a sul do Tejo. : (((
Senhor Embaixador, foi com certeza uma excelente iniciativa - e parabéns pela merecida entronização!
Sou vitinicultor há uns anos e 90% da nossa produção destina-se à exportação. Nesta há dois tipos de mercado: o "mercado da saudade" (portugueses emigrantes por todo o mundo) e o Outro, o que vai pondo, a passos seguros (sem duplos trocadilhos), o excelente vinho português no Mundo. O percurso habitual para a entrada efectiva neste grande mercado faz-se, para além dos grandes concursos mediáticos em Londres, NYC, Suíça, Bordéus, Alemanha (e outros), com iniciativas como a que refere e promoveu. Somos "campeões" em medalhas nestes concursos mundiais, mas depois esbarramo-nos na comercialização. E porquê? Porque os produtores não se unem nas acções de investimento na divulgação lá fora. Dou-lhe o meu exemplo: tivémos de entrar na China sozinhos com ajuda de chineses residentes em portugal, porque a dada altura não foi preenchido o número mínimo de referências e de produtores para custearem o investimento de marketing necessário. O vinho português só consegue sair fronteiras em quantidade, quando o esforço associativo for efectivo. Noutro dia, um distribuidor suíço disse-me que só acreditava nesta "indústria" nacional, quando visse uma secção de vinho português numa qualquer garrafeira (ou grande superfície) de um país importador. Tal como o vinho francês, italiano, espanhol, australiano, chileno, argentino e mesmo californiano. Por enquanto, o nosso excelente vinho português vai para a prateleira "Resto do mundo"...
Bem podia ter pedido para o Duas ou Três coisas a receita das Migas à Carvalho...Ai...
Francisco.
Que bom que o vinho é importante para voce e Portugal!
Eu adoro vinhos!
com carinho Monica
Ó Mônica, depois de tantos elogios que os comentadores desta casa lhe fizeram, não manda um abraço para todos nós?!
:)))
A iniciativa é ótima (novo AO) e os vinhos são excelentes. E, a propósito de Trás-os-Montes: na Travessa tenho um texto sobre alheiras que até tem receita. Não há dúvida: fiquei freguês das coisas transmontanas...
Caro Cunha Ribeiro: os convites foram feitos pela Confraria.
Cara Júlia Macias-Valet: desde que estou em Paris, nunca disse que não a qualquer região portuguesa que tivesse pedido para promover os seus interesses na Embaixada.
Caro Anónimo das 19.18: Esteve presente quem a Confraria entendeu convidar.
Tras-os-Montes é um "poço" de riquezas!
C'est noté !...
; )
Sem dúvida uma jornada memorável não só pela substância mas também pela forma. O programa cultural aliado à divulgação do vinho de Trás os Montes ombreou com a sua qualidade!
Parabéns CVT! Parabéns Sr. Embaixador!
José António Silva
Então receita deduzida
200gr de açúcar
100ml de água
200grde amêndoa picada(sem casca)
200gr de chila
4 /6 gemas
Faz-se o açúcar em ponto, juntam-se as gemas e a chila deixa-se ferver até engrossar,desliga-se o fogo e incorpora-se a amêndoa.
Um golinho de vinho desinibe permitindo lamber a colher sem sentimentos de culpa ou embaraço por parecer mal.
De qualquer forma não são as migas à Carvalho.
Retomado o bulício dos afazeres diários, impõe-se fazer uma pausa para sublinhar a forma elevada como Portugal está representado em Paris e no mundo pelo Exmo Senhor Embaixador Seixas da Costa e pela sua Digníssima Esposa, Senhora Embaixatriz. Bem hajam pela forma como nos receberam nesse nobre espaço que é a Embaixada de Portugal, que muito dignificou a degustação de produtos transmontanos no âmbito do Capítulo de Verão da CVT.
Digo-o em meu nome pessoal, da minha família e das colaboradoras que nos acompanharam nesta viagem. A divulgação da excelência dos portugueses e dos seus produtos deveria ser uma missão assumida sem complexos e é assim que a entendo. Espero que o Restaurante Carvalho, património de todos, constitua um veículo de transmissão dessa grandeza.
À Cláudia Nelson devo dizer como me senti orgulhosa de ser sua amiga de longa data pela sublime interpretação que me fez recordar um momento muito especial de há 12 anos.
A todos quantos de alguma forma nos ajudaram a concretizar esta presença, muito obrigada!
Por último, porque em primeiro, o meu reconhecimento sincero ao meu marido por se sacrificar pelos meus sonhos.
Manuela Carvalho
P.S. Convido à degustação das Migas do Carvalho in loco.
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