Tive hoje o ensejo de ouvir falar o atual e o futuro presidentes do Banco central europeu, respetivamente Jean-Claude Trichet e Mario Draghi. Confirmei uma vez mais a perceção, que desde há vários anos tenho vindo a criar, de que existe hoje uma espécie de "template" ideológico em matéria financeira, que marca a quase generalidade das personalidades com responsabilidades europeias no setor.
O que me parece haver de flagrantemente novo nessa cultura comum, dentro da qual subsistem algumas sensibilidades pontuais derivadas da origem nacional das figuras, é o facto de, nestes tempos mais recentes, se ter fixado uma muito alargada comunhão na ideia de que se torna imperativo um salto político federal europeu para a sustentação do espaço monetário do euro.
Quem havia de dizer que seria a Europa financeira a "puxar" pela Europa política!
Quem havia de dizer que seria a Europa financeira a "puxar" pela Europa política!
11 comentários:
O senhor embaixador tem toda a razão e não é o único a ter essa percepção.
Face à situação actual esse parece um dos caminhos, porventura o mais fácil para os políticos por falta de capacidade para encontrar outras soluções.
No entanto, falta saber se alguém irá perguntar-nos (portugueses e restantes) se estamos interessados em embarcar nessa viagem?!
o tipo que pôs a telecom Italia no privado o Signore da Goldman-sachs europeu até 2005 um ano antes da implosão da bolha imobiliária irlandesa?
óia qu'essa perspectiva inconómica deve tar perto da do Signore Jô? Soares que promoveu o Brasil nas economias mundiais (aparentemente à frente da Alemanha)
resumindo é uma visão tão fraquinha
como aqueles que veêm Draghi como o sionismo económico em acção
mas a cada per ce p'são?
europa financeira?
europa sobrealavancada em descida sem travões ficava melhor
Trichet foi muito mau...Draghi?
pelo passado também não parece ter sido muito previdente
E pelos resultados alemães
Não parece ser essa a tendência
é como jogar à cabra cega, não sabemos bem por onde ir para chegar ao sitio certo.
No que respeita a portugal, não temos possibilidades de competir com as economias superiores, alemanha, japão, eua, etc, mas o mesmo com as emergentes, os brics.
Que fazermos nesta situação? Deixar vir os capitais chineses, brasileiros, angolanos? ou mesmo espanhois? porque não?
Quanto ao euro, como pode a mesma moeda servir situações económicas tão diferentes, cada uma com as suas necessidades?
A Tróika nem sequer combina o que deve dizer ou defender, então cada um "berra" para seu lado e cada um diz o que lhe convém!
Durão Barroso na Austrália, afasta possibilidade de recessão na Europa.
Lagarde diz que está eminente uma 2ª recessão económica a nível mundial, devido às crises soberanas europeias.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) defendeu, esta manhã, que é «absolutamente imperioso» reforçar a vigilância económica da Zona Euro.
Wolfgang Münchau diz que até mesmo uma ‘eurobond’ pode não salvar o euro.
Angela Merkel disse hoje não esperar que algum país abandone a zona euro.
O ex-chanceler alemão, que liderou a Alemanha no começo do euro, tem uma ideia para a actual crise: criar os "Estados Unidos da Europa".
Sr. Embaixador, com estes loucos...
Estados Unidos da Europa?! Os globalistas estão a conseguir chegar às suas metas e vai ser muito mau, como já começamos todos a sentir. Esta crise foi premeditada. Foi um meio para atingir um fim: A globalização e uma ditadura mundial e pelas notícias que ouvi hoje, Portugal está na linha da frente para essa ditadura económica. Cá, os governantes são mais toikistas que a tróika e campeões em medidas inconstitucionais. A Constituição Portuguessa passou a fazer parte da ficção.
O Tratado de Lisboa é um crime contra a Humanidade... e está a deixar os cidadõas europeus loucos! Penúria, miséria, ódio, controlo, etc. perdemos a liberdade que tínhamos.
Uma amiga minha esteve na Alemanha e quando lhe preguntaram qual a nacionalidade, os alemães trataram-na muito mal. Não pôde entender tudo, mas foi de tal ordem que me disse:- maldita a hora que revelei ser portuguesa, maldita a hora em que resolvi ir á Alemanha, via-se o ódio nas faces, nas expressões e na gritaria. Foi a maior vergonha da minha vida.
Há política na UE sr. Embaixador?!
Nós quereremos os Estados Unidois da Europa?! Eu não quero!
Ó Fada do Bosque: se uma fada não sabe, que pode um simples mortal, sem varinha de condão, saber? Vou mas é à bruxa...
Sr. Embaixador, desculpe as gralhas... :(
Não vá à bruxa Sr. Embaixador, porque embruxados já andamos e a magia negra é tal, que deixou a minha varinha sem efeito...raio de macumba!
Eu sei que os políticos hoje em dia não fazem política, fazem negócio... a pergunta era retórica.
Precisamos é de Justiça!
Bastavam esta duas acções por parte da UE:
EUA: Bancos vão enfrentar justiça pela crise dos “subprimes”
Três anos depois da crise dos “subprimes” nos Estados Unidos, as autoridades federais decidem processar uma dezena de bancos.
Os Estados Unidos terão feito um ultimato à Suíça para que forneça informações detalhadas sobre cidadãos norte-americanos que utilizam contas helvéticas para fugir ao fisco.
(...)Estes dois organismos compraram 90% das dívidas imobiliárias do país. O embuste mostrou-se altamente lucrativo para os bancos e a justiça tarda a reagir.
http://pt.euronews.net/2011/09/02/bancos-vao-enfrentar-justica-pela-crise-dos-subprimes/
Babilónia! penso que este pequeno vídeo diz tudo.
Senhor Embaixador
Fiquei finalmente a perceber para que podem servir os templates para além da informática...
Caro Patrício Branco: compreenderá que o blogue de um representante diplomático português não pode comportar o seu último comentário. Desculpe lá!
Infelizmente o que faz na Europa neste momento é uma classe política capaz de liderar o futuro.
Para os actuais políticos o futuro resume-se aos dias seguintes, ou quanto muito ao próximo acto eleitoral.
Com a aceleração do tempo que se vive actualmente a quase totalidade dos políticos não vê vantagens em discutir o futuro, só quando tem uma crise éque reage, a quente, sem contar com todas as consequências.
A classe política tem de liderar e não deixar-se influenciar pelas sondagens.
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