terça-feira, setembro 13, 2011

Ouvi bem?

Leio na imprensa, nesta madrugada, que o comissário europeu de nacionalidade alemã teria sugerido que as bandeiras dos países membros endividados fossem colocadas a meia-haste. 

Independentemente de outras razões bem ponderosas que justificariam que certos países mantivessem a sua bandeira a meia haste, pode presumir-se que a sugestão possa ter efeitos retroativos - isto é, que assim se recorde todos os países que, em 2003, violaram os limites do défice público previstos no "pacto de estabilidade e crescimento" e que, desta forma, iniciaram o processo de fragilização de todo o sistema.

22 comentários:

oscar carvalho disse...

Não é do meu tempo, mas a minha mãe contava que na escola primária mandavam-se os meninos que não faziam o trabalhos de casa para o canto da sala, com umas orelhas de burro. Humilhar quem falha, nunca foi boa pedagogia.
Infelizmente, com este tipo de solidariedade, parece-me que vamos pôr bandeiras a meia haste pela Europa

Aclim disse...

O mundo se esgoelando e a Bíblia se cumprindo.

Abraço

Anónimo disse...

Oh!!!...E as bandeiras raladas
Nem sentem tanto a turbulência dos ventos.
Isabel Seixas

Rui Franco disse...

O absolutamente notável é ver a comunicação social extrair das várias ideias da personagem em questão a que menos interessa e passar completamente ao lado da sugestão de envio para a Grécia de administradores europeus para porem aquilo na ordem. Ou seja, a mesma pessoa avançou com uma ideia de castigo simbólico e com outra de perda efetiva de soberania. De que fala a comunicação social? Das bandeirinhas...

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Só falta mesmo uma cruz amarela ao peito de todos os cidadãos incumpridores...hum...já vi isso em qq lado.

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Triste Europa. Entretanto é mais que tempo para os Países do Sul e Ocidente começarem a coordenar as suas posições no seio da UE.
As situações diversas que levaram à actual crise política, financeira e económica na Europa são de grande complexidade e ninguém se deve alhear de buscar as soluções mais correctas, nomeadamente repondo o primado da voz política sobre a do dinheiro.
Não nos podemos dar ao luxo de deixar que tudo isto acabe de mal a pior.

Helena Sacadura Cabral disse...

Nem mais Senhor Embaixador porque parece que na UE começa a haver o síndroma da memória curta...

Rui Franco disse...

Caro Óscar Carvalho, humilhar crianças não tem bons resultados mas humilhar caloteiros parece que sim. Que o digam os donos de algumas lojas que resolveram afixar nas montras os nomes dos clientes "difíceis". Em muitos casos foi remédio santo...

É claro que, no caso dos países, o que acontece não é que não queiram pagar mas sim que não o consigam fazer. No entanto, a medida simbólica das bandeiras destina-se a espicaçar o orgulho dessas nações e, porventura, a fazê-las "mexerem-se".

Dito isto, continuo a dizer que o verdadeiramente importante é a ideia de enviar administrações estrangeiras para a Grécia. O caso das bandeiras é uma coisa menor.

Fada do bosque disse...

Dou toda a razão ao Catinga!... Sr. Embaixador, essa notícia parece ter como finalidade incendiar os ânimos.
Tudo isto faz parte de uma agenda dos líderes para consolidarem o governo económico mundial.
2009 foi também o primeiro ano de governação global, com a criação do G20, no meio da crise financeira, a conferência do clima em Copenhague é mais um passo para a gestão global do nosso planeta "Herman Van Rompuy, Speech Upon Accepting the EU Presidency, BBC News, 22 November 2009:
Em Dezembro de 2010, ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble declarou que, "Em 10 anos teremos uma estrutura muito mais forte do que se descreve hoje como união política."
Fica ao critério do Sr. Embaixador moderar este comentário, mas não consigo deixar de colocar aqui um pequeno vídeo que não considero ser de outro mundo, mas sim uma constatação de Gerard Batten, no parlamento europeu sobre esse mesmo governo mundial.
Os Media fazem questão de não nos dar acesso ao que se passa em Bruxelas. Apenas dão a conhecer aquilo que esses senhores querem que seja dado, como o caso das bandeiras a meia-haste.

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Fada do Bosque: publico o seu comentário com gosto. No que me toca, sou imune a tudo o que soe a teorias conspirativas.

Fada do bosque disse...

Sr. Embaixador, muito obrigada! :)

Pois claro que tem de ser imune! :) Eu nem faço sequer uma mínima ideia de toda a informação que o Sr. Embaixador tem de "processar" todos os dias, vinda dos corredores do poder... e não só. Só uma pessoa com coluna vertebral muito forte, para ocupar um cargo como o Sr. Embaixador ocupa, sem sequer vacilar! :)

Bem haja!

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Fada do Bosque: as coisas às vezes são bastante mais simples do que se julgam, pode crer.

Carlos Cristo disse...

Acho que os comentaristas não perceberam: as bandeiras a meio pau, significariam o nosso respeito, pelo óbito da inteligência, do bom senso e da educação - entre outros valores, igualmente finados - em certos países da UE.

cunha ribeiro disse...

Estou mesmo a ver em que "hastes" eu punha a bandeira alemã... Sim, nas dele.

Mônica disse...

Será que vai dar resultado ou uma multa pra quem achar que está sendo caluniado?.
com carinho Monica

Anónimo disse...

ERA UMA VEZ

A segregação, o racismo e a humilhação pode vir de mansinho...
Hoje são as bandeiras, amanhã outro sinal e outro e outro...

E quem precisa vai calando, engolindo
para não fazer ondas

Mas, se é sempre mais ou menos assim, o que é isso de UNIÃO europeia???
Anacronismo? Anedota?

Anónimo disse...

Bem prega frei Tomás... E como não sou de intrigas era bom que se perguntasse aos teutónicos de Berlim o que é isso de bandeiras a meio pau. Será que é o que têm? Coitados...

EGR disse...

Infelzmente ouviu bem Senhor Embaixador,e não me apercebi que tenha havido uma reacção forte das liderenças europeias a uma afirmação de tal calibre; mas como nota o nosso amigo Catinga julgo que não foi dado o devido realce a ideia de mandar"funcionários admnistrativos" para a Grécia,ou seja, uma nova forma de colonialismo.
EGR

Isabel Seixas disse...

E eu percebi bem?...
A troika são os tres mosqueteiros, ou familiares que estavam fora...

Pois se calhar percebi mal

Julia Macias-Valet disse...

Li bem ?

Anónimo disse...

A Europa da livre circulação de mercadorias não funciona?
Portanto nós seguimos com rigor tudo que nos propuseram.
Compramos aquilo de que precisávamos e aquilo de que não precisávamos para colaborar nesta organização do livre mercado.
Disseram-nos para comprar frigorífico, compramos frigorifico;
Disseram-nos para comprar televisão, compramos televisão;
Disseram-nos para comprar mais do que uma televisão, compramos mais do que uma televisão;
Disseram-nos para comprar máquinas de lavar, roupa e loiça, compramos máquinas de lavar roupa e loiça;
Disseram-nos para comprar aqueles electrodomésticos a ondas invisíveis de aquecimento, compramos aqueles aparelhos a ondas;
Disseram-nos para compra automóvel, compramos automóvel;
Disseram-nos para comprar mais do que um automóvel por família, compramos mais do que um automóvel por família;
Disseram-nos para comprar telefones, compramos telefones;
Disseram-nos para comprar computadores, compramos computadores;
Disseram-nos que toda esta aparelhagem deveria ter uma duração muito limitada, aceitamos que ela tivesse essa limitação;
Disseram-nos para atirar as embalagens de vidro, cartão, plástico... ao lixo, atiramos com elas ao lixo;
Disseram-nos para pagar impostos sobre impostos, pagamos impostos sobre impostos;
Disseram-nos que para uma boa organização da produtividade (agrícola, industrial, dos serviços...) não precisavam de tanta mão de obra, aceitamos ficar parados!
Afinal de quem é a culpa da crise?
Que ponham as bandeiras a meia haste!

Anónimo disse...

Sr. Embaixador:

Apenas um comentário e um parêntisis.

Comentário: Gostei!

Parêntisis: Ainda não esquecemos o "dossier" alemão daquela doença de Terceiro Mundo que eles andaram tempos infinitos a dizer que sim-talvez-mas-não-tanto em que culparam os espanhóis! Será que ouseram na altura a bandeira a meia haste em sinal da incompetência - eles um país do chamado Primeiro Mundo - que demonstraram? Memória curta...

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