quarta-feira, abril 07, 2010

"What else?"

Pronto, acabou! Desde hoje de manhã podem comprar-se nos supermercados franceses cápsulas compatíveis (e mais baratas) com as máquinas de café Nespresso, produzidas por outra empresa, evitando as imensas filas à porta das 19 lojas que a marca possui em França ou a necessidade de espera da encomenda pela internet. Se a "teimosia" da Nespresso tivesse acabado mais cedo, permitindo a venda normal no mercado das suas cápsulas de café, talvez isto não se tivesse passado. Há dias em que a "mão invisível" se aprecia; hoje foi um deles.

Assim, para os dependentes de café em que me incluo, passou a haver uma resposta à pergunta de George Clooney que dá título a este post.

12 comentários:

Anónimo disse...

Boas notícias! Esperemos que chegue até cá. Assim passar-se-ia a ir ao Jumbo, Continente, por aí e levava-se para casa mais barato (suponho) e, sobretudo, evitando as tais "filas" (ou, como "antigamente" se costumava dizer, "bichas"). Ainda resisti lá em casa à compra da dita máquina, mas acabei derrotado. O Clooney acabou por convencer.
P.Rufino

Julia Macias-Valet disse...

Obrigada, "Maison du Café" !

Sobretudo porque Nespresso vai ter que reforçar as campanhas publicitarias. E quem diz mais campanhas, diz mais George Clooney ; )

margarida disse...

Ena!
Aquilo foi um teste à vontade de saciar um desejo (de requinte) que superou as minhas expectativas.
Se bem que, habituados a esperar com um ticket na mão seja para o que for, já vamos resmungando menos.
E a sala é agradável, oferecem uma prova, o ambiente é harmonioso, enfim, há 'esperas' piores...

('P.'! então não fui eu que o convenci?! :( ...; Júlia, o charme por aí não se fica por ele...)

E têm guardado as cápsulas vazias para entregar lá, para a reciclagem, têm?
A minha despensa tem um cherinho a café divinal. E um valente saco pejadinho de coisinhas coloridas...
Noblesse oblige.

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai Senhor Embaixador que "mãozinha invisivel" mais oportuna!
Como acredito na economia de mercado - não se escandalize, por favor - estas coisas acabam sempre por acontecer, como diria o meu velho Adam Smith!
Só espero que mantenham a qualidade do café. Por favor tranquilize-me e diga se é mesmo o da Nespresso.

Helena Sacadura Cabral disse...

Valha-me Deus com as fãs que o rapaz Clooney tem neste mundo. Felicidade minha, que não lhe acho grande graça!

Anónimo disse...

Mas felizmente que ainda existem cafés de bairro, mesmo em França, com bom café e onde as pessoas se encontam.... e que nao bebem o "what else?" e depois mergulham na poltrona para ver a desgraçada da rtp-i ou um jogo de foot!

Anónimo disse...

Tal como o Anónimo, também aprecio a dita "bica" no café. Porque há bom café por aí, sem ser o do Clooney.
P.Rufino

Anónimo disse...

O Senhor Embaixador tem alguma ideia sobre a dificuldade que pessoas capazes com formação superior e honestas têm em encontrar trabalho para viver condignamente quanto mais para se preocuparem com estas questões...pessoas que não pertencem a partidos políticos, pessoas que não pertencem a sociedades mais ou menos secretas, pessoas que "não andam a dormir por aí", tem Senhor Embaixador? Saberá mesmo?

Anónimo disse...

Caro Anónimo: a dificuldade de vida de muitos - infelizmente de cada vez mais pessoas - não pode ser impeditiva a que, em paralelo, se abordem temas mais "leves". Caso contrário, enquanto esas dificuldades persistissem, não se falaria de futebol, de cinema, de televisão, de música ou de outros "fait divers". Se entende que o que aqui se escreve não lhe interessa, ou está abaixo do nível que considera que o discurso público deve assumir, só posso aconselhar que não consulte mais este blogue. Mas, se está de boa fé, com certeza concordará que não é apenas de temas como este que este blogue se constrói.

Francisco Seixas da Costa

margarida disse...

Os 'anónimos' deste mundo têm direito (é claro!) à sua opinião. E, até, de a expressar, escondendo o rosto. Mas continuo a não compreender essa necessidade de sombra, de vazio identitário. Do real, porque inventarmos um 'avatar' é outra forma de irrealidade.
Às vezes (muitas, aliás) também me perturbam os males do mundo e a aperente leveza com que nos 'distraímos' com vacuidades, com superficialidades.
Mas é facto que tudo existe e que, se nos deixássemos apenas levar pelos dramas (e a tentação às vezes supera a racionalidade) ficaria tudo tão desiquilibrado que mais valia sumirmos. De vez.
Há um sofrimeto atroz por aí - tropeço nele todos os dias. Mas se não houver pelo menos um sorriso para devolver, uma sombra de esperança, uma leveza de coração, ao invés de sermos mensageiros do sol, seríamos arautos da desgraça irremediável.
E o café, com ou sem cavalheiros de sorriso tentador, voz serena e cabelos grisalhos, é fundamental (para mim, pelo menos).
O resto, todo o resto, é excessivamente pesado numas alturas e absurdamente leviano noutras. No meio, como já se sabe, haverá a possível virtude.
Ao 'anónimo' endereço compreensão total pela sua revolta, mas também votos sinceríssimos que venha a conseguir entender o outro lado do espelho.
No limite, todos prestamos contas. Uns aos outros. E à nossa consciência, pelo menos.

Anónimo disse...

Oh! Margarida

congratulo-me de poder privar com vossa ex.a .
Abraço
Isabel seixas
Café gosto de quase todo...
Quanto ao George... Não é Português, não é transmontano, demasiado comercial e oferecido...Na...
Está quase decidido que vou guardar o meu pai, o meu filho e o meu marido.
Ele que nem pense em aparecer por aqui... Sr. embaixador não fique preocupado... Tomara ele

Helena Sacadura Cabral disse...

Este blogue é uma delícia. Quando se tratam assuntos sérios os "anónimos" quedam-se mudos. Quando se fala de um vício - o do café - comenta-se a depressão colectiva e individual, os partidos e as sociedades secretas.
Julgo que a muitos de nós a vida não foi fácil. No meu caso comecei a dar explicações aos 13 anos e fiz a Universidade com bolsa de estudo, porque era boa aluna. E com a idade que tenho continuo a trabalhar e a saber o preço de tudo aquilo que consumo.
A vida é feita de agruras e de alegrias. Ninguém consegue viver só num dos lados.
Mas pior que não conseguir trabalho tendo formação superior, é tê-la, ser velho e doente incurável, sem ninguem que olhe por nós! Falo de um colega meu de curso que vive da bondade daqueles que ainda o lembram...

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