Novo ensaio de golpe de Estado na Guiné-Bissau; inauguração de uma dispendiosa estátua gigante no Senegal, comemorando o cinquentenário da independência do país; assassinato de Eugène Terreblanche, o antigo líder racista sul-africano.
3 comentários:
Anónimo
disse...
Assim à primeira não consigo ver a coincidência... Confesso que de politica externa comecei a entender com o Sr. ...
Nem pense em desvendar-me o mistério
Vou fazer cafeinoterapia.
Terá a ver com o alento intemporal do quão efémero é o pretensioso poder da falta de poder do desrespeito pelo direito Humano à liberdade aquela... que permite viver toda a gente mesmo as Ricas pessoas Pobres e as Pobres pessoas Ricas, Mesmo as Minorias sem se auto e heteroflagelarem?!!!...
Ou a coerência da congruência desta coincidência reside no cariz "dispendiosa"???!...
Tenho direito à tolerância de Páscoa, acho eu. Isabel Seixas
... no caso da estátua talvez mereça ser salientado o facto do autor da ideia – o Presidente senegalês A. Wade, ter sido devidamente remunerado por tão brilhante ideia: fica com 35% das receitas!
« Le mastodonte [a estátua], doté d'un ascenseur intérieur, est destiné à attirer les touristes. Mais le montage opaque qui a permis de le financer suscite le trouble. Le colosse a été réalisé moyennant la cession par l'Etat à une société immobilière de vastes terrains dont la valeur réelle est évaluée par l'opposition à trois fois son prix. La revendication par le président Wade de 35 % des revenus attendus du monument, au titre de la propriété intellectuelle de la statue, qu'il dit avoir conçue, a alimenté les accusations »
São, de facto, coincidências. Sei que conhece África e que concordará comigo se disser que África não é una, não há UMA África mas sim muitos países africanos. E que é fácil, ao falarmos de África, acolher estereótipos que estão profundamente enraizados no chamado Ocidente e dão corpo ao "afropessimismo": a África de Tarzan, a do Tin Tin au Congo, a de Conrad e do horror do Coração das Trevas, a dos missionários bons a evangelizar canibais, a dos negros selvagens, ignorantes e sanguinários, etc.. Estereotipos, caricaturas que, muitas vezes, conduzem directamente ao racismo e ao preconceito. Na verdade, África é uma realidade pujante, diversa, riquíssima. A realidade de Terreblanche e dos seus assassinos mas também a de Mandela; a do Presidente Wade mas também a do Presidente Senghor; a Guiné-Bissau do General Injai mas também a de Amílcar Cabral; a do genocídio do Ruanda mas é também a de incontáveis escritores, músicos, cientistas. Os Estados africanos de hoje são os herdeiros das colónias de ontem e não os herdeiros do Reino do Benim, do Zimbawe ou do Império do Mali. Nem todos os seus males provêem do colonialismo mas alguns têm aí a sua origem. Convém, também, lembrar que as independências africanas têm 50 anos.
3 comentários:
Assim à primeira não consigo ver a coincidência...
Confesso que de politica externa comecei a entender com o Sr. ...
Nem pense em desvendar-me o mistério
Vou fazer cafeinoterapia.
Terá a ver com o alento intemporal do quão efémero é o pretensioso poder da falta de poder do desrespeito pelo direito Humano à liberdade aquela... que permite viver toda a gente mesmo as Ricas pessoas Pobres e as Pobres pessoas Ricas, Mesmo as Minorias sem se auto e heteroflagelarem?!!!...
Ou a coerência da congruência desta coincidência reside no cariz "dispendiosa"???!...
Tenho direito à tolerância de Páscoa, acho eu.
Isabel Seixas
... no caso da estátua talvez mereça ser salientado o facto do autor da ideia – o Presidente senegalês A. Wade, ter sido devidamente remunerado por tão brilhante ideia: fica com 35% das receitas!
« Le mastodonte [a estátua], doté d'un ascenseur intérieur, est destiné à attirer les touristes. Mais le montage opaque qui a permis de le financer suscite le trouble. Le colosse a été réalisé moyennant la cession par l'Etat à une société immobilière de vastes terrains dont la valeur réelle est évaluée par l'opposition à trois fois son prix. La revendication par le président Wade de 35 % des revenus attendus du monument, au titre de la propriété intellectuelle de la statue, qu'il dit avoir conçue, a alimenté les accusations »
http://www.lemonde.fr/afrique/article/2010/04/03/erige-a-dakar-le-monument-de-la-renaissance-africaine-divise-la-societe-senegalaise_1328300_3212.html
São, de facto, coincidências.
Sei que conhece África e que concordará comigo se disser que África não é una, não há UMA África mas sim muitos países africanos.
E que é fácil, ao falarmos de África, acolher estereótipos que estão profundamente enraizados no chamado Ocidente e dão corpo ao "afropessimismo": a África de Tarzan, a do Tin Tin au Congo, a de Conrad e do horror do Coração das Trevas, a dos missionários bons a evangelizar canibais, a dos negros selvagens, ignorantes e sanguinários, etc..
Estereotipos, caricaturas que, muitas vezes, conduzem directamente ao racismo e ao preconceito.
Na verdade, África é uma realidade pujante, diversa, riquíssima.
A realidade de Terreblanche e dos seus assassinos mas também a de Mandela; a do Presidente Wade mas também a do Presidente Senghor; a Guiné-Bissau do General Injai mas também a de Amílcar Cabral; a do genocídio do Ruanda mas é também a de incontáveis escritores, músicos, cientistas.
Os Estados africanos de hoje são os herdeiros das colónias de ontem e não os herdeiros do Reino do Benim, do Zimbawe ou do Império do Mali.
Nem todos os seus males provêem do colonialismo mas alguns têm aí a sua origem. Convém, também, lembrar que as independências africanas têm 50 anos.
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