Lembrei-me do título deste livro de Jeremy Paxton, que há quase vinte anos me ajudou a decifrar a política britânica, quando hoje dei conta
- da recondução de António Guterres como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados;
- da nomeação de Carlos Costa para Governador do Banco de Portugal;
- da indicação de Alexandre Abrantes como delegado do Banco Mundial para a reconstrução do Haiti.
Abraços e votos de bom trabalho para estes três amigos.
6 comentários:
Permita-me, Senhor Embaixador, que tendo feito grande parte da minha aprendizagem profissional nessa casa que se chama Banco de Portugal, me congratule com a nomeação de Carlos Costa para seu Governador, um caso raro de unânime reconhecimento profissional pela classe política deste país. Haja mais assim!
Senhora Drª., não sei se haverá unanimidade.
Na primeira página de hoje de um daqueles jornais a que os autores de "cartas ao director" costumam chamar, não sei bem porquê, "de referência", a seguinte frase: "Ministro das Finanças escolhe amigo para o Banco de Portugal".
Neste caso, a "referência" é, evidentemente, uma insinuação de que houve compadrio nesta história.
É o mesmo jornal que escreve, rigoroso e fluente em português mas feroz e justiceiro, a propósito de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, que "a intenção da PT na Media Capital era deter o presidente executivo da empresa".
Referências...
Se escolheu por simpatia escolheu bem! Porque há alguém que mais precise de um ombro amigo que TS?
Não porque seja favorável a este modo muito Português de optar pelos amigos, que fazem de Portugal possivelmente o único país do Norte e mesmo do Norte no Sul, em que entre perfil e adequação ganha a palma quase exclusivamente o conhecimento e a amizade.
Por outro lado terá talvez razão Almeida Santos quando justifica a família a a caterva de conhecidos, em bolsa marsupial, com um: há algo melhor que a família e os amigos!
Esperemos pois então com muita paciência e infinita diplomacia!
Caro Anónimo
Nos jornais de referência abundam "as referências" a todos aqueles que se destacam por alguma coisa.
Sou do tempo de Governadores como Silva Lopes, Jacinto Nunes e Costa Leal que, esses sim, são para mim, verdadeiras referências. E com quem aprendi quase tudo o que sei. O mesmo digo de Ernâni Lopes ou Ramos Pereira. E uma virtude que mantenho é a da gratidão.
O que me dizem de Carlos Costa leva-me a ter esperança. E esta é a última a morrer!
Ninguém é escolhido para um lugar de destaque como o de Governador do Banco de Portugal sem ter “boas almofadas políticas” (do PS no caso vertente, ou PSD, como foi no passado e voltará ser no futuro). Não há, nestas coisas, “bons rapazes”, mas, tão só, figuras que “preenchem os requisitos políticos e pessoais para o cargo”, isto, naturalmente, conjugado com a experiência e conhecimentos necessários ao lugar a ocupar. Ao Governador do Banco de Portugal exige-se, acima de tudo, que não hostilize, aberta e publicamente, a política económica do governo que o propôs e nomeou. O homem vai para ali a fim de desempenhar o papel, discreto, de conceder, de algum modo, credibilidade à política económico-financeira desse governo. Não para a contestar, ou por em causa. E, de caminho, evitar envolver-se em “confusões”, ou atritos com a Banca privada. Os Governadores do Banco de Portugal não são, nem têm, a “relativa” independência do FED Norte-americano, por exemplo. Dito isto e tendo em conta o seu “curriculum” e o “saldo final” do Sr. Constâncio, é de admitir que o Sr. Costa venha a fazer melhor trabalho à frente daquela instituição bancária.
Albano
Obrigado bom amigo pela referencia. Abraço de Brasília, quase de Port au Prince/
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