segunda-feira, janeiro 23, 2017

Presidente ou Marcelo?


Percebo que o estilo do atual Presidente da República possa, aqui ou ali, estimular uma interlocução diferente.

Entendo que, muito provavelmente, ambos os jornalistas da SIC que entrevistaram o Presidente o tratam, em privado, por Marcelo.

Mas nada disso justifica que o chefe de Estado tenha sido sujeito, na entrevista que concedeu em exclusivo à SIC, a uma barragem de interrupções que roçou o desrespeitoso.

Não era um candidato a uma eleição que ali estava: tratava-se de uma espécie de balanço de um ano de exercício no mais elevado cargo do Estado.

Com o respeito profissional que os entrevistadores me merecem, só lhes faço uma pergunta, para a qual conheço a resposta: teriam ousado contraditar assim Cavaco Silva?

9 comentários:

Rui C. Marques disse...

Ferroadas,atropelos,presunções (creio),ferroadas,atropelos,presunçoes (creio)......
Foi possível? Foi!

Anónimo disse...

Obviamente que não.

Unknown disse...

Inteiramente de acordo. Em determinados momentos, confundiu-se entrevista com debate; teríamos ficado porventura mais bem esclarecidos se tivessem deixado o Presidente da República completar as suas respostas, para depois as procurarem aclarar, raras vezes conseguiu chegar ao fim sem ser interrompido. Compreendo que o tempo fosse limitado e as questões importantes, mas a abordagem dos entrevistadores, cuja qualidade não está em causa, acabou, no meu entender, por conter demais um entrevistado que reconhecemos como um comunicador nato e transmitir uma imagem de crispação que eu não esperava. Uma oportunidade perdida para todas as partes.

Laura Ferreira disse...

Pois, quando estava a ver a entrevista estava a perguntar-me "mas isto afinal é o quê?"

Anónimo disse...

Também faço a mesma pergunta. O Presidente é o Presidente não é o comentador. Os entrevistadores roçaram o desrespeito. Não gostei (e não votei nele)

José Neto

Anónimo disse...

o ferrão devia ir para o mercado do bolhão para ter resposta à medida

Fritz Praia Grande disse...

É o jornalixismo (sem aspas) reinante, principalmente no caneiro de Carnaxide.

Nota - Não tenho que, nem quero ser. politicamente correcto.

Helena Sacadura Cabral disse...

Concordo consigo.
Mas O PR devia saber ao que ia sujeitar-se. Por isso deveria ter lembrado aos jornalistas o "motivo" da entrevista e não permitir aquele estilo de interrupções.
Não consigo perceber porque o não fez!

Unknown disse...

No entanto a subserviência brota, quando deixam que o "comentador# Marcelo se compare a chefes de governo, quando politicamente está bem afastado disso. Para quem é bacalhau, está bem assim ?

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