quinta-feira, outubro 13, 2016

Dylan


Com a idade, fico mais inseguro. Estava hoje numa reunião, a tratar da construção de estradas e de pontes noutras partes do mundo, quando alguém me sussurrou: "o prémio Nobel da Literatura é para Bob Dylan". Fiquei com aquele ar que o general Pedro Cardoso, nos meus tempos das "secretas" militares, me aconselhou a ter sempre perante novidades: impávido e não surpreendido. 

É que eu não tive a imediata certeza de que estivéssemos a falar "do" Bob Dylan mais óbvio, do cantautor que eu ouvira em Oslo, em Londres e em Viena - em três espetáculos que (aqui entre nós) não me entusiasmaram por aí além. De quem tenho um monte de CDs.

Sou um assumido ignorante (relativo, claro) em matéria de literatura. Nunca li algumas obras tidas por "incontornáveis", não sigo as novidades que se publicam e, mais importante do que tudo, tenho ano após ano sido confrontado com vencedores do Nobel da literatura de quem nunca tinha ouvido falar. E já perdi a vergonha de o confessar.

Por isso, quem me podia assegurar que esse tal de Bob Dylan não era um poeta qualquer do Burkina Faso ou um romancista do Sudão do Sul?  Desde que por essa África antes chamada de "negra" (com o politicamente correto atual já não sei como dizer) surgiram líderes políticos com nomes de estrelas de rock, como John Garang ou Jerry Rawlings, tudo é possível! 

Mas não! Era mesmo o Bob Dylan. Agora, vai ser por aí uma polémica desatada. Eu acho que se devia começar por entrevistar o Godinho, o Palma e o Fausto - afinal, pares lusos da mesma bela literatura em que Dylan se distinguiu.

21 comentários:

Anónimo disse...

Pois eu não fiquei espantado.
Fiquei contente e aplaudo!!!

Mas parece ser de bom tom que alguns intelectuais se distanciem destes 'desvios'.
Que disparate, um Nobel da literatura para um músico...

Joaquim de Freitas disse...

As i”enormidades” podem ser ainda maiores quando se trata do prémio Nobel da Paz. Por exemplo, quando foi atribuído a Henry Kissinger, o mestre de obras macabras de Santiago do Chile e incitador impiedoso, para não dizer co-conspirador, dos regimes militares latino-americanos implicados em crimes de guerra

Ou Obama, no inicio do seu mandato, antes de autorizar o assassinato de Kaddafi e a destruição da Líbia.

Ou Shimon Peres, chefe do grupo terrorista Hagganah, milícia responsável da depuração étnica das vilas palestinianas em 1947-1949, durante a Nabka., e do massacre de Kana.

Veremos talvez um dia o prémio Nobel ser atribuído a Bush Júnior pela “partição musical e a orquestração ” do terrorismo internacional a partir da guerra do Afeganistão e do Iraque.

“Alors”, Bob Dylan, pourquoi pas? Nem que fosse só pela letra da bela canção « Blowing in the wind », perdoo lhe tudo !

Luís Lavoura disse...

o Godinho, o Palma e o Fausto, pares lusos da mesma bela literatura em que Dylan se distinguiu

Exatamente. 100% de acordo. Não merecem, ao fim e ao cabo, o prémio menos do que Dylan.

Anónimo disse...

A ignorância é enorme e então quando há um "pouco" de "instrução" torna-se infinita!
Não sei o que sei de literatura mas fazer as comparações que fez com BD parece-me que é como comparar o vinho (o tratado) com a água.
O nosso Nobel da literatura, disso tenho a certeza, tem muitos mais nacionais bem acima e ao nível dos grandes!... e os aplausos que teve... Sei lá porquê...
Parece que quando houve BD corta os vocais!

Anónimo disse...

post scriptum:

Só depois de colocar o meu comentário é que refleti que o Sr Embaixador estava a tratar de pontes e calçadas.
Um ano destes ainda lhe atribuem o Nobel da física por trabalhos "quanticos", tal a enorme "quantidade" das suas capacidades...

Luís Lavoura disse...

Joaquim de Freitas

Obama [...] antes de autorizar [...] a destruição da Líbia

E da Síria, e da Síria!!! Ou, de onde é que julga que vêem as armas e o dinheiro com que os "rebeldes" conquistaram num ápice grandes extensões de território, e continuam a fazer frente ao exército sírio? Julga que a Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia agem por conta própria, sem orquestração do grande amigo americano?

A Nossa Travessa disse...

Caro Chicamigo

O Mundo está louco! E a Academia Sueca também está! Quando ouvi a notícia nem queria acreditar. Da Literatura? E por que não da Medicina? Ou até da Matemática? Um destes dias temos o Sir Aiwa a receber o da Ciência... Pornográfica...

Abç do Henrique, o Leãozão

Joaquim de Freitas disse...

Oh Senhor Luis Lavoura, é que tem muita razao ! Quando li o "post" do Embaixador nem reflecti, mas pensei na Siria depois. Se tiver paciência, leia o que escrevi aqui hà dias, por favor:

QUANDO A HIPOCRISIA REINA
Imaginem : Toda a gente quer acabar com a guerra na Síria e restabelecer a paz no Médio Oriente.
Toda a gente, realmente? Bando de trafulhas criminosos!
Esta situação é como um match de eliminatórias no qual duas equipas perdem, ou pelo menos uma das equipas não ganha. Os Israelitas dizem claramente no New York Times que o ideal seria um match nulo. Que sangrem os dois, uma hemorragia até à morte, tal é a reflexão estratégica.
Efraim Inbar, director do Centre Begin-Sadat, diz claramente: “ O Ocidente devia procurar a enfraquecer ainda mais o Estado Islâmico, mas não a destrui-lo.Deixar os “maus” matar os “maus” pode parecer muito cínico, mas é útil e mesmo moral se isso conserva os “maus” ocupados e menos aptos a incomodar os “gentis”… Os americanos parece não compreenderem que Daesch pode ser útil para minar o plano ambicioso de Teerão para dominar o Médio Oriente. (Ou seria o plano de Israel?)
E então vem agora o site Avaaz pedir para restabelecer a paz, que assinemos todos uma petição formulada desta maneira: - -: « 100 crianças mortas em Alepo desde sexta-feira passada. Basta. Não há outro meio para fazer cessar o terror vindo do céu que a criação duma zona de exclusão aérea para proteger os civis
Tem piada ! Uma zona de exclusão aérea ? Ora foi o estratagema que serviu para destruir as defesas aéreas da Líbia que abriu a via a uma mudança de regime em 2011, plano de Hillary Clinton, que é também favorável agora ao mesmo estratagema na Síria!
Quando o Ocidente fala de zona de exclusão, quer dizer que certos podem utilizar o espaço aéreo e outros não ! Graças a esta zona, a França, o RU e os EUA puderam fazer voar os seus aviões por toda a parte, como quiseram, matando grande numero de civis, e destruindo as infra-estruturas e sobretudo permitindo aos rebeldes islâmicos de ocupar uma parte da Líbia.
A petição seria enviada a Obama, o Rei dos Drones, mas também a outros “bons” dirigentes ocidentais, tais como Erdogan, o Turco, Hollande, o Francês, e a primeira-ministra May do RU
Esta petição chega agora, no momento exacto em que o governo de Damasco, com a ajuda dos Russos, procura erradicar os rebeldes islamistas de Alepo, e que estão prestes de o conseguir.
Grandes hipócritas! Esperem lá, querem realmente que os rebeldes ganhem ou o governo legal de Assad ? Mas não exactamente! Porque os únicos anti Assad que podem realmente “teoricamente” ganhar é o Daesch, que se entrasse em Damasco faria um banho de sangue matando todos os Alauitas . Porque os Alauitas de Assad, sao o ultimo bastiao laico-nacionalista àrabe independente no Médio Oriente, depois da destruiçao do Iraque em 2003
A verdade, que poucos no mundo vêm, porque é complicado, é que a Síria é vítima duma empresa criminosa prevista de longa data. Os rebeldes foram financiados e armados pelas potências exteriores: Arábia Saudita, Turquia, Estados Unidos, França e Israel.
Os motivos? Israel sonha do Grande Israel, so possível se a Síria desaparece. Já se encontra no Monte Golao, do qual se adivinha Damasco ao longe. Que por acaso conheço, estive mesmo ao pé !
A Arábia Saudita quer enfraquecer o Irão, aliado de Assad. A Turquia, sonha dum Império como no passado, nesta região que foi sua.
Esta conspiração internacional flagrante e completamente transparente para destruir a Síria é um grande crime internacional, e os Estados mencionadas são co-conspiradores.

APS disse...

Um ponto de ordem à mesa para recentrar o problema e lembrar que Winston Churchill, em 1953, recebeu o prémio Nobel da Literatura. As democracias (ou academias?) nórdicas têm formas amáveis e muito diplomáticas de se expressarem...

Anónimo disse...

@Joaquim de Freitas

Concordo consigo. So acrescentaria este factor Geoestrategico.
A confusão que os e.u.a e e.u. armaram na ucrania (pais de transito de gaz russo para a Europa)
A euforia que havia com o gaz de xisto dos eua
Os entraves por parte da e.u. a rotas alternativas a ucrania para o gaz Russo para a Europa.
A confusao na Siria ter começado apos Bachar Al-Assad ter recusado a passagem do gasoduto vindo do Catar em direccao a Europa.
Seria uma jogada de mestre dos e.u.a para isolar a Russia de uma das suas fontes mais importantes de receitas e tornar a Europa energeticamente dependente dos e.u.a ainda para mais com o ttip ai a caminho.

Deixo-lhe este link (ja li outros com analise mais detalhada mas neste momento so encontrei este)

http://octopedia.blogspot.pt/2016/03/a-siria-um-obstaculo-na-geopolitica.html

Coordiais saudações

Anónimo disse...

"The Times They Are a-Changin’ são da minha juventude onde os "intragáveis" Zeca Afonso, josé Mário Branco, Calvário,Simone, não tinham lugar.

O que se passa agora é que os "tempos estão a mudar para muito pior", graças aos fraternos camaradas que nos impuseram na vigarice eleitoral da geringonça.


Anónimo disse...

Se há dois laureados do Nobel a quem pouca importância se deve atribuir é ao Nobel da Paz e ao da Literatura. São decisões de carácter político. Quem lê um livro só pelos simples facto de o mesmo ter sido laureado Nobel? Não sejamos ingénuos, poucos vão atrás desse tipo de motivo para o irem comprar e ler. Já quanto ao Nobel da Paz, aí sim, a componente política, sobretudo seguindo a “máxima” de nunca confrontar Washington numa decisão desse tipo, é que prevalece. Depois temos os restantes Prémios Nobel. O da Economia, curiosamente – por vezes – foge, um pouco, a “status quo”. Os outros servem para mostrar ao Mundo a tal imparcialidade do dito Prémio. Em resumo, o Nobel não é para levar a sério. Dylan (ou Robert Zimmerman) chegou a ser estudado na Universidade de Berkeley, na Califórnia, a mesma que assistiu, nos idos de 60entas, do século passado, a fortes protestos estudantis, apoiados por alguns intelectuais da Esquerda norte-americana (Marcuse foi um deles). Agora que seja Prémio Nobel da Literatura é ofender a Literatura. Gosto das músicas de Dylan. Mas, tudo a seu termo. O que para os responsáveis do Nobel pouco importa. Depois de termos visto Kissinger a receber o Nobel da Paz, embora este seja atribuído em Oslo, está tudo dito. O mesmo para Shimon Peres, outro terrorista israelita. Já falecido, com expressões de pesar deste hipócrita Mundo Ocidental.
David Lencastre

Anónimo disse...

Ó Freitas, abandone a Europa, pá! Vá viver para a Rússia ou para Cuba ou para a Coreia do Norte! Lá é que é bom! Mas porque é que você insiste em conspurcar a alma convinvendo com toda esta gente fascista e capitalista? Não há estância de esqui em Cuba? Há praias, homem! E a Coreia do Norte tem coisas lindas. Pire-se daqui, pá! Pare de sofrer e fuja para os sois na terra que por aqui, está tudo às escuras!!!

Mas ná... estes revolucionarecos, gostam muito de pregar mas pouco de penar. É bom o conforto dos países capitalistas. É graciosa a vida com vista para as estâncias de esqui onde se pode ir espairecer dos problemas do mundo. Que chatice!

Anónimo disse...

Tambem eu fiquei de boca aberta quando uma amiga me deu a noticia ao telefone. Nao queria acreditar, nem tive tempo para pensar mas ouvi ca dentro uma voz conhecida:

"...if you want to take me for a ride
you know you can.
I'm your man"

Acabei de comer a tangerina e fui ouvir as noticias. Vou continuar a ler as memorias de J. Le Carre, avancar com o pombo no tunel a voar...

Boa noite

F. Crabtree

Anónimo disse...

o prémio loben da niteratura
o prédio nomel da lideratura
o prédio rommel da literatura






Anónimo disse...

Dylan, por si só, já é um prémio. Uma prenda que nos foi dada lá atrás e que a conservamos até hoje. Dylan está acima desses prémios (zinhos, não referindo-me à monta - $$$$ mas sim ao seu significado e/ou merecimento). Dylan não precisa de prémios. Dylan precisa ser o que ele sempre foi, o que continua sendo: O Menestrel. Goste-se de sua música e letra, ou não, Dylan é o que nenhum outro conseguiu ser.
Nada contra Godinhos, Zecas, Buarques, Russos, Cartolas e tantos e tantos outros, os "poetas da música". Todos grandes, todos merecedores de reverência pelo seu talento e de enorme respeito pelo trabalho que executam ou executaram. Merecem estes, prémios? Sim todos. Dylan merece um Nobel? Olhe, Senhor Embaixador, sei lá. Não entendo nada disso. Dylan e Saramago são génios das letras? Pelo que dizem, o segundo foi. Dylan? Eu daria a Dylan o prémio da Liberdade e da Paz. Mas nem deste ele precisa. Ele é o próprio prémio. Ele não ganhou tantos prémios ao longo de sua vida, ele deu-nos a prenda imensa de podermos sonhar e ter esperança.

Viva Dylan!

Joaquim de Freitas disse...

Anonimo das 21 :34


Quando escreve « A confusão na Síria ter começado após Bachar Al-Assad ter recusado a passagem do gasoduto vindo do Catar em direcção a Europa”, tem razão. Podemos deduzir facilmente que a alimentação de Israel seria muito, mas muito mais fácil, se o gasoduto “aterrava” a poucos km. da costa israelita. Mas para isso é preciso eliminar Assad, mesmo se o preço a pagar é aquele que se vê: centenas de milhares de mortos.

O que é terrível para esta geoestratégia assassina, é que os “mercenários” contratados , os Al-Nosra ( filial de al-Qaida) chamados “pudicamente” rebeldes” afim de justificar o envio de dinheiro e armas do Ocidente e seus aliados, “enterraram-se” no meio da população do leste de Alepo, e não conseguem avançar para Damasco, por causa da aviação russa e das forças de Assad. Cordialmente.

Anónimo disse...

Bem dizia BD: "uns sentem a chuva outros apenas se molham". Aplica-se bem aqui, a muitos que o ouvem!

Anónimo disse...

A Rússia é hoje em dia um factor de desestabilização na Europa e no mundo que tem de ser contido.

Não é aceitável a sua violação sistemática do território ucraniano e a ocupação da Crimeia, nem as invasões que fez do território georgiano e subsequente amputação de território desse país.

O que está a fazer na Síria, sendo a única fonte de apoio a um ditador que usou armas químicas contra o seu povo é lamentável. O ataque de aviões russos a um comboio de transporte de produtos para refugiados é inaceitável e espero que os dirigentes russos que autorizaram esse ataque, bem como aqueles que autorizaram o disparo de um míssil BUK que abateu um avião da Malaysian Airways vooando sobre território ucraniano sejam levados ao Tribunal Penal Internacional.

Unknown disse...

O caro anónimo da 2 e 21 da tarde (14:21) está enganado. Quem é um factor de desestabilização na Europa e no Mundo são os EUA e não a Rússia. Como se pode ver do seu comentário, a propaganda proveniente de Washington está a funcionar bem. A Crimeia não foi uma ocupação, mas o recuperar de território que um irresponsável, como foi Nikita Krutchev, quando ainda existia a defunta URSS, de fraca memória, decidiu, sabe-se lá porquê, atribuir a Crimeia, que era território da Rússia, à Ucrânia, um país que pouca história tem - como Estado Independente, se a comparamos com a Rússia, embora, Historicamente, tenha tido uma influência sobre o destino cultural e político da Rússia Czarista.
Quanto à Síria, vejamos: uma vez mais, nada como recordar a História. Desde 1953, que não se passou um único dia em que os EUA não tivessem prejudicado os iranianos. A CIA, na ocasião, contribuiu para o derrube de um governo legítimo, para instalar o impopular Xá e anos depois foi o que se viu, com Komeihni. Mais tarde, nos idos de 80 do Séc. passado, os EUA apressaram-se a apoiar o ataque, criminoso e ilegítimo, de Saddam Hussein ao Irão. Reagan, então Presidente, chegou ao ponto de negar o crime mais grave de Saddam, o ataque de guerra química contra a população curda no Iraque, atribuindo as responsabilidades ao Irão. Mais tarde, quando Saddam foi julgado por crimes sob os auspícios norte-americanos, aquele crime inqualificável, foi cuidadosamente excluído das acusações, as quais viriam a ser limitadas a um dos seus crimes menores, como foi o caso do homicídio de 148 xiitas, em 1982 - uma nota de rodapé no seu macabro historial. Depois de terminada a guerra entre o Iraque e o Irão, os EUA continuaram a apoiar Saddam Hussein, por ser o principal inimigo do Irão. O Presidente Bush (pai) chegou mesmo a convidar engenheiros nucleares iraquianos para se deslocarem aos EUA com o propósito de receberem formação avançada em produção de armas, o que constituía uma grave ameaça para o Irão. Depois, foi o que sabemos, após a invasão intempestiva de Saddam ao Kuwait.
Voltando aos russos na Síria, conviria saber dos "danos colaterais" dos EUA sobre território sírio (para já nem falar no do iraquiano, no Afeganistão, etc).
Depois, haveria que considerar o que a NATO, sob o comando dos EUA têm vindo a fazer na região mais oriental da Europa, colocando um arsenal militar junta da fronteira russa, sem razões de todo, para isso. Imaginemos como reagiriam os EUA se a Rússia, com o acordo do México e do Canadá, aceitassem a instalação de mísseis, tanques e todo o tipo de armamento militar junto da fronteira dos EUA!
O Direito Internacional fez-se em funções de interesses, ou seja, para não ser cumprido por quem impõe as regras de comportamento no teatro da Política Mundial, nos nossos dias, seguindo-se depois uma máquina bem oleada, para "explicar" a situação, ou situações.

Joaquim de Freitas disse...

Senhor David Lencastre : O anónimo em questão faz parte da nebulosa imensa de gente desinformada que existe por esse mundo fora. Os agentes da desinformação são todos os vectores de “cultura” americana, que vai do Mc Do a Hollywood, passando pelos nossos próprios governantes ocidentais, como actualmente François Hollande que substituiu Blair como caniche de Obama. O tal que queria bombardear Damasco, para fazer concorrência a Sarkozy que, ele, obteve o apoio de Hillary Clinton e Obama para destruir a Líbia;

Vemos que existe gente que aceita o golpe de estado dos nazis da praça Maidan, em Kiev, como acto democrático
E que confundem a Crimeia com Puerto Rico…E que esquecem que Kennedy esteve prestes de desencadear uma guerra nuclear porque Cuba abrigava mísseis soviéticos a 100 km da Florida…

João Miguel Tavares no "Público"