Com alguma frequência, conto por aqui episódios ocorridos em circunstâncias em que estive presente a título profissional, as mais das vezes como figurante ou testemunha, dado o caráter de simples "ator secundário" que um diplomata ou um "junior minister" geralmente têm. Procuro ser tão rigoroso quanto possível quanto à fidelidade à verdade, tanto mais que estas coisas ficam escritas e são passíveis, agora ou no futuro, de aberta contestação ou correção.
Há dias, relatei um determinado diálogo, ocorrido há já alguns anos. Alguém que também esteve presente à cena, lembrando-se apenas vagamente daquilo que eu escrevera, trouxe à colação um outro - e bem mais interessante - momento então ocorrido no curso dessa conversa. Do qual, confesso, eu não me lembrava de todo.
É muito curiosa esta seleção individual de memórias que todos temos. "À la limite", quase se poderia dizer que não há factos: só restam os nossos olhares sobre eles...
Sem comentários:
Enviar um comentário