sábado, abril 18, 2015

José Mariano Gago (1948-2015)


Morreu o José Mariano Gago.

Era um bom amigo pessoal, há mais de quatro décadas, quando nos cruzámos no associativismo académico. Voltámos a reencontrar-nos, anos mais tarde, nas lides da governação.

Na área política, deve haver poucas figuras a quem o país tanto tenha ficado a dever, pela sua patriótica lucidez, pela sua capacidade de colocar a Ciência no lugar que lhe competia, num país que sonhava voltado para o futuro.

Pelo mundo, vivi anos da "glória" de ser amigo do Zé Mariano, de quem me falavam sempre com imensa admiração: da sua inteligência, do seu brilho, da extraordinária obra feita em Portugal, do prestígio académico granjeado junto dos seus pares.

Quero deixar uma palavra muito especial para o Manuel Lousada, lá em Brasília, grande amigo comum, cujo imenso pesar, neste instante, posso imaginar.

Há pouco, fui à Estrela despedir-me do Zé. Dia após dia, começo a ficar tristemente cansado de perder os amigos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Caro Chico

Quando o Mariano me telefonava para o Ministério das Finanças propondo-me ir almoçar com ele ao Martinho da Arcada, muitas foram as vozes que criticaram que assim fosse. Porque íamos...

"Parece mal um Senhor Ministro ir almoçar com um assessor do ministro Sousa Franco" Riamos os dois dessas patacoadas invejosas e pérfidas e passámos a tratar-nos por tu.

Para mim a morte de Mariano Gago (pai do desenvolvimento tecnológico em Portugal) foi um choque tremendo estando eu aqui em Goa e por isso não podendo conviver com ele a caminho da sua última morada. Desculpa Zé

Abç

Anónimo disse...

Sinto também o desaparecimento deste político que admirava pelo seu trabalho e pela sua longevidade governativa.
Mas por que diabo havemos sempre de ficar tanto a dever a quem cumpre a sua missão, e os políticos nunca nos ficam a dever nada a nós?
A.R.

Majo disse...

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~ ~ Lamento muito. ~ ~
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Anónimo disse...

É assim a vida! Neste mês de Abril muitas figuras públicas nos deixaram.

diogo disse...

Triste prémio , o da sobrevivência . Vamos enterrando os amigos de que mais gostamos .
Não é justa esta vida

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...