domingo, maio 01, 2011

Feira do livro

Era assim a Feira do Livro de Lisboa, precisamente há 50 anos. Em contraste, hoje à tarde, notei ser das poucas pessoas com gravata, entre as muitas que passeavam pelo parque - cujo nome, seguramente, ninguém ligou ao recém-casado príncipe britânico, de quem Eduardo VII era trisavô.

Já não "apanhava" uma feira em Lisboa há alguns anos (problema de quem vive, há uma década, no estrangeiro). Fez-me bem passar por lá, perceber os novos públicos e o ambiente que hoje rodeia os livros, em tempo de "iPad's" e de outros "gadgets" alternativos de écran.

Ao olhar para os stands, dei-me conta de que, durante muitos anos, e relativamente a certos temas, tinha a sensação de que ia adquirindo tudo o que sobre eles se editava em Portugal. Hoje, tenho que ser realista: não há bolsa, nem estante, nem horas livres que aguentem a imensidão do que se publica -estudos cada vez mais pormenorizados e aprofundados. O mundo da investigação (e, por essa via, da edição) mudou e mudou para bem melhor. Além de que os livros estão cada vez mais bonitos.

Com este post, também satisfaço o pedido daquela senhora anónima que, numa banca de livros, depois de olhar para mim com alguma insistência, me lançou: "Não se esqueça de falar da feira, hoje, lá no seu blogue". Não prometi nada, mas aqui estou a "obedecer". Com gosto.

7 comentários:

Unknown disse...

eu vou aproveitar talvez o próximo fim de semana para fazer uma visita à feira :D

Carlos Fonseca disse...

A primeira vez que fui à Feira do Livro, com compras pagas pelo meu pai, era um rapazinho e os stands estavam montados na Praça D. Pedro IV (Rossio, para os mais distraidos).

Depois, acompanhei-a pela Avenida (onde penso que terá sido tirada a foto que ilustra o texto), pela Praça do Comércio e, finalmente, Parque Eduardo VII.

Sempre com o mesmo prazer, e sempre comprando mais livros do que d€via. Como costuma dizer a minha mulher, já não tenho espaço para mais livros (sempre se vai arranjando), nem tempo para os ler todos.

Quem pode saber? Por minha vontade não ficará nenhum "virgem".

Helena Sacadura Cabral disse...

Tambem eu lá estive Senhor Embaixador. Mas com uma ventania que parecia castigo divino no fim de Abril.

Anónimo disse...

Não posso ir...
Mas gostava tanto.
Ó bida bida...

Isabel Seixas

Anónimo disse...

Além de que os livros estão cada vez mais bonitos. In (FSC :2011)

Também acho...

Isabel Seixas

Anónimo disse...

Não há mesmo "bolsa, nem estante, nem horas livres que aguentem a imensidão do que se publica".

Costumo referir que a minha biblioteca pode considerar-se grande à escala do apartamento e até fiquei sem um roupeiro para prolongamento da estante (uma decisão complicada para qualquer mulher!).

Já evito entrar nas livrarias porque sei que acabo por comprar sem ter previsão de leitura... e pertenço a uma geração que não pode desculpar-se que são para ler na reforma.

Este ano, estou a evitar ir à Feira do Livro por receio de fazer "estragos" adicionais na bolsa.

Isabel BP

Julia Macias-Valet disse...

"Feira do Livro" ???
Pelo que ouvi dizer... aquilo esta mais transformado em "Centro Comercial do Livro" do que em feira... : (

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