Neste ano que foi triste para o Sporting, soube-se hoje da morte de João Morais, o autor do célebre golo por canto direto que conduziu o clube à vitória na Taça das Taças, em 1963/64.
Atacante ao tempo dessa vitória, João Morais viria a recuar para lugares mais defensivos, tendo, nessa posição, participado na seleção nacional portuguesa que obteve o 3º lugar no mundial de 1966. O modo agressivo como marcou Pelé no jogo em que Portugal derrotou o Brasil por 3-1 não ficou na história do nosso futebol como a nossa "finest hour", em termos de bom comportamento desportivo. Senti-me na obrigação de dizer isso mesmo ao próprio Pelé, quando o conheci no Brasil. Morais era, contudo, um jogador com grande garra e dedicação, pelo que merece o nosso respeito.
Deixo aqui o video do golo e o som da canção com que "o cantinho do Morais" ficou para sempre na memória afetiva do Sporting Clube de Portugal.
Em tempo: hoje à noite, uma compatriota sportinguista surpreendeu-me ao lembrar que foi pela mão do Sporting, através de Carlos Lopes, em 1984, que o hino nacional português foi pela primeira vez ouvido nuns Jogos Olímpicos.
Em tempo: hoje à noite, uma compatriota sportinguista surpreendeu-me ao lembrar que foi pela mão do Sporting, através de Carlos Lopes, em 1984, que o hino nacional português foi pela primeira vez ouvido nuns Jogos Olímpicos.
2 comentários:
Caríssimo Embaixador Francisco Seixas da Costa,
junto-me na sua homenagem a João Morais que levou o Sporting C. P. à cumeada da estratosfera futebolística internacional no início dos anos 60!
Tenho pena, como Sportinguista ferrenho, que quando em 2005 Portugal chegou à Final da Taça UEFA/Liga Europa não tenha ganho o jogo com a equipa Moscovita.
Espero que o Sporting consiga por ordem a casa para que no próximo ano nos possa dar algumas alegrias...
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Eu nem gosto de futebol.
O único jogo a que assisti, (fará trinta e um anos em meados de Setembro) foi o do Benfica contra não sei quem, na Luz.
Sinto natural carinho pelos clubes da minha cidade, depois pelos dos arredores, a seguir pelos regionais, com predominância para os transmontanos devido à costela materna e, para rematar, pelo Sporting, clube do coração do meu pai, onde chegou a jogar Hóquei em patins na sua juventude alfacinha.
Muito ‘democrática’ portanto, a (não) ‘aficción’…
Não gostando especialmente do jogo, já vibrei com dois ou três daqueles ‘vitais’, onde estava em causa uma classificativa realmente especial, sobretudo da selecção.
E acho que é excessiva a predominância da modalidade, por existirem tantas outras onde ‘damos cartas’ e de que pouco se fala e ainda menos se celebra (a recepção a tantos ‘heróicos’ outros atletas é escassa e mal reza seja em que história for).
É pena, mas é só mais um exemplo de como se pode ser discriminatório e pouco, enfim, patriota (expressão algo forçada aqui, ou talvez não)…
As loas aos ‘jogadores-da-bola’ não me interessam particularmente, pois (até porque o jogo global é produto de um colectivo).
Das derrotas e vitórias clubísticas nada a dizer, talvez por demasiado poder haver a dizer.
E a vida é feita disso mesmo: ganha-se umas coisas, perdem-se outras tantas.
Mas a nota sobre este desaparecimento e a imagem tão triste que a acompanha tocou-me.
E apesar de nada saber dizer de facto sobre coisa alguma, de andar à volta disso há uns dias e por mais que isso me traga amargos de boca, torna-se difícil não ceder ao lado sensível e escrevinhar estas baboseiras.
Uma maçada.
(excusez-moi)
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