Terminou o namoro entre Rui Moreira e o PS, no Porto. Nada que não fosse expectável e que, a meu ver, só tinha sido evitado, até hoje, graças ao génio do relacionamento que se chama Manuel Pizarro, um "gentleman" e um homem de bem que os socialistas têm a sorte de ter no Porto.
Rui Moreira, pessoa por quem tenho simpatia, fez da Câmara uma via de afirmação muito pessoal, que se liga mal com a lógica das formações partidárias tradicionais que, goste-se ou não, constituem o eixo central da representação cívica em Portugal. Não há vida política para além dos partidos? Há, no microcosmo das pequenas autarquias ou por uma conjuntura temporalmente limitada, que pode suportar uma certa fulanização.
Os partidos tentam, pela normalidade das coisas, aproveitar em seu favor aquilo com que se comprometem. O PS, que colocou os seus simpatizantes ao lado de Moreira, considerou necessário tirar vantagens disso. Rui Moreira não gostou? É uma opção. A meu ver, deveria ter compreendido uma coisa que, a prazo, lhe pode ser fatal: é muito difícil, na "alta política" em Portugal, sobreviver de forma sustentada sem uma aliança, expressa ou subliminar, com um dos dois grandes partidos portugueses. Ora, ao alienar agora o PS, estando de costas voltadas para o PSD que existe, Moreira pode acabar por ficar sozinho na praia... da Foz.
6 comentários:
Sozinho decerto não vai ficar, mesmo que seja na Foz... Embora o tiro talvez o colha no pé, e a maioria absoluta, que ele ambicionava no fundo, com este estratagema provinciano e simplório, lhe escape. António Costa fez o que tinha a fazer, com elegância democrática, bem como Pizarro se vai sacrificar, corajosamente. Honra lhes seja!
Porque isto anda a favor dos fora de jogo: veja-se Macron (qualquer coisa entre um Bair de terceira divisão, e um António Borges, falecido e oxigenado). Desde que suportados pelos grandes interesses da global corporação: Obama, Schäuble, CEO's do PSI 40 gaulês, grandes grupos que capturaram a rede informativa... Todos eles apoiaram o "candidato de laboratório" que, como alguém (?) disse, integra a dicotomia freudiana: "a senhora candidata que matou o pai, e o candidato masculino que casou com a mãe"...
Em nome do pensamento, há que ir mais a fundo, nestas coisas, porque a pureza e ingenuidade virginal dos raciocínios, assim, nunca ultrapassa a tona das águas. Que são sempre mais profundas e maquiavélicas, em política.
Continuamos no género "Portugal dos Pequeninos" , que a manha política do Costa vai preparando rumo a colocar as suas "peças" para paulatinamente nos ir enganando para um PREC "suave", versão portuguesa do querido líder Hugo Chávez.
Só é enganada a malta "jovem".....
Manuel Pizarro, um "gentleman" e um homem de bem
Será sem dúvida, mas tem um nome tenebroso que só desperta más memórias. E minha opinião, ele deveria usar outro nome.
Concordo, Luís Lavoura. Devia mudar o nome para João Pizarro.
Ele pode ficar sozinho, o problema é que os portuenses gostam mesmo do trabalho dele e não querem saber nada da política. Muito ao contrário de Lisboa em que não gostam do Medina nem dos candidatos que se perfilam para lá.
SE O pS FEZ TUDO BEM FEITO MPORQUE É QUE DIZEM QUE O Pizarro SE SACRIFICOU ? NAÕ CONSIGO SEGUIR O FIO À MEADA. quem POS TERMO A ESTA COLABORÇÃO FOI O ps, QEUM SE PORTOU COM DIGNIDADE FOI O Pizarro e r moreira. Não dividam nem inventem mais. Foio claro que o Ps de Lisboa tinha de acabar com isto. Esquecem se das declarações do deputado europeu ? que rui moreira daria a presidencia da Câmara a Pizarro e seguiria para Lisboa para ministro do Costa ? ou a memória è curta ou selectiva. ERA UMA ESTRATÉGIA PARA CRIAR MAL ENTENDIDOS ENTRE DUAS PESSOAS ENTRE AS QUAIS NAO HAVIA PROLEMA NENHUM.
Enviar um comentário