sábado, maio 20, 2017

Caminhos de ferro

Tenho "mixed feelings" sobre os atuais serviços ferroviários portugueses, que, nos últimos anos, tenho usado exclusivamente entre Lisboa e Porto. Reconheço que os comboios andam geralmente à hora, as carruagens são muito mais agradáveis do que eram, mas - tenho de dizer isto com total sinceridade - continuam ainda muito desconfortáveis. Ou talvez o "defeito" seja meu, ao comparar subliminarmente com alguns TGV que conheço.

Viajei hoje na mais moderna unidade da CP, o modelo Manoel de Oliveira. Limpo, espaçoso qb, mas com bancos muito rígidos. E o "balancear" e a natureza saltitante da viagem são incomodativos (há zonas piores do que outras). Dir-me-ão que a culpa não é da CP, dona do material circulante, é da Refer, responsável pela linha. A mim, que pago o bilhete (barato, na minha opinião) é-me indiferente o "culpado". Estou a ser excessivamente exigente? Talvez, mas é o que sinto.

(Em tempo: não é admissível, em tempo de captação de turismo, que os anúncios por altifalante sejam feitos exclusivamente em português. Foi visível a perplexidade e incompreensão de vários passageiros. E, já agora!, um "upgrade" no "cosmopolitismo" do serviço seria bem vindo, "if you know what I mean")

3 comentários:

Anónimo disse...

A CP nao tem cura. O jornalista Carlos Cipriano do Publico parece ser o unico com espirito critico sobre o assunto. Para quem conhece França ou a Alemanha, a CP é claramente terceiro mundo (com a REFER que agora se juntou com a Junta Autonoma das Estradas, para, imagino eu, brincarem às Odebrechts e afins). Incompetência generalizada.

segundo me recordo 90% do dinheiro feito pela CP é para pagar juros de divida.

https://sites.google.com/site/infocomboios/

cumprimentos

APS disse...

Recomendo-lhe, se não conhecer, viva e humildemente, "Dictionnaire des Lieux Imaginaires" (Actes Sud, 1998) , de Alberto Manguel e Gianni Guadalupi. Dedicado mais à literatura do que à política, no entanto.

Anónimo disse...

Fiz Porto Lisboa de comboio há dois anos e também fiquei com a sensação de uma coisa anacrónica e ronceira. Quanto aos altifalantes, o que ouvi no aeroporto Sá Carneiro avsemana passada tanto fazia ser em Português como noutra língua qualquer porque não se percebia nada.
Fernando Neves

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