Debate sobre "Eleições em França, consequências à escala europeia", promovido pelo IDL - Instituto Amaro da Costa, em Lisboa, no dia 26 de maio, pelas 13.00 horas
"Eleições em França, consequências à escala europeia" ? Nenhuma. « Que tudo mude, para que nada mude ». Recorda-se do « Guépard », de Visconti, Senhor Embaixador ? O principe de Salina , Hollande, foi-se e Tancredo, Macron , chegou. Esta frase era sua.
Um mundo no qual tudo muda e tudo se mantém ao mesmo tempo. Por trás das aparências fúteis – o baile imaginado por Lampedusa é a aparição da Pirâmide do Louvre - , adivinham-se as barreiras sociais e as tensões politicas.
Ao longe a dança macabra continua. Neste universo que vacila, Brigitte é Angélica, a plebeia, que acompanha o poder dominante do dinheiro-rei. O príncipe é fascinado pelo sobrinho em marcha. Mas marcha para o quê?
Para o fascismo, do qual anuncia a cor se “tudo não correr bem”…Tancredo não é somente um jovem ambicioso e sedutor. Aparentemente tudo está no lugar para que nada mude. O novo Presidente vai dar agora o poder a todos aqueles que, “da social-democracia ao gaullismo” não vão mais alternar mas governar juntos. Todos os males que corroem o nosso país desde há lustros arriscam-se portanto de se agravar pois que os “dominantes” que são os poderes politico, financeiro e mediático, parecem não ter mais nenhum obstáculo para explorar os “dominados” e fazer calar os mais recalcitrantes. Mas aqueles mesmos que organizaram conscientemente, o monopólio da alternativa politica ao único Front Nacional, vêm-se agora ameaçados pelo monstro que criaram. De facto, conseguiram a proeza de dobrar o seu número de votos desde a primeira alerta de 2002 e está hoje às portas do poder. Porque as operações de diabolização são cada vez menos eficazes, alguns vão mesmo até desejar que o FN ganhe e que o sistema mortífero impluda. O príncipe de Salina receava uma mudança real e profunda: a “França Insubmissa” Esta, que conseguiu opor um dique ao FN indo procurar muitos eleitores que se enganavam de cólera, e motivar uma juventude quase sempre abstencionista. Foram 7 milhões à primeira volta, Senhor Embaixador.!!! Para o príncipe de Salina havia lá um crime de lesa-majestade! E manter Hamon, apesar das sondagens catastróficas, impediu a “França Insubmissa” , por 600 000 votos, de aceder à segunda volta, preferindo-lhe a candidata FN . Mas a Europa do capital, moribunda, respirou. E Tancredo foi levar a boa noticia a Berlim, com a vénia respectiva. Esta” barragem ao voto Mélenchon” foi dirigido do seu palácio pelo príncipe de Salina, por Tancredo, e muitos políticos e jornalistas sem escrúpulos, sem esquecer o Medef.
O grande perigo para a França, doravante, é o partido único, o tal” bloco central” do Senhor Embaixador, dissimulado sob uma falsa modernidade e a propaganda que a acompanha.
2 comentários:
"Eleições em França, consequências à escala europeia" ? Nenhuma. « Que tudo mude, para que nada mude ». Recorda-se do « Guépard », de Visconti, Senhor Embaixador ? O principe de Salina , Hollande, foi-se e Tancredo, Macron , chegou. Esta frase era sua.
Um mundo no qual tudo muda e tudo se mantém ao mesmo tempo. Por trás das aparências fúteis – o baile imaginado por Lampedusa é a aparição da Pirâmide do Louvre - , adivinham-se as barreiras sociais e as tensões politicas.
Ao longe a dança macabra continua. Neste universo que vacila, Brigitte é Angélica, a plebeia, que acompanha o poder dominante do dinheiro-rei. O príncipe é fascinado pelo sobrinho em marcha. Mas marcha para o quê?
Para o fascismo, do qual anuncia a cor se “tudo não correr bem”…Tancredo não é somente um jovem ambicioso e sedutor.
Aparentemente tudo está no lugar para que nada mude. O novo Presidente vai dar agora o poder a todos aqueles que, “da social-democracia ao gaullismo” não vão mais alternar mas governar juntos.
Todos os males que corroem o nosso país desde há lustros arriscam-se portanto de se agravar pois que os “dominantes” que são os poderes politico, financeiro e mediático, parecem não ter mais nenhum obstáculo para explorar os “dominados” e fazer calar os mais recalcitrantes.
Mas aqueles mesmos que organizaram conscientemente, o monopólio da alternativa politica ao único Front Nacional, vêm-se agora ameaçados pelo monstro que criaram. De facto, conseguiram a proeza de dobrar o seu número de votos desde a primeira alerta de 2002 e está hoje às portas do poder.
Porque as operações de diabolização são cada vez menos eficazes, alguns vão mesmo até desejar que o FN ganhe e que o sistema mortífero impluda.
O príncipe de Salina receava uma mudança real e profunda: a “França Insubmissa”
Esta, que conseguiu opor um dique ao FN indo procurar muitos eleitores que se enganavam de cólera, e motivar uma juventude quase sempre abstencionista.
Foram 7 milhões à primeira volta, Senhor Embaixador.!!!
Para o príncipe de Salina havia lá um crime de lesa-majestade! E manter Hamon, apesar das sondagens catastróficas, impediu a “França Insubmissa” , por 600 000 votos, de aceder à segunda volta, preferindo-lhe a candidata FN .
Mas a Europa do capital, moribunda, respirou. E Tancredo foi levar a boa noticia a Berlim, com a vénia respectiva.
Esta” barragem ao voto Mélenchon” foi dirigido do seu palácio pelo príncipe de Salina, por Tancredo, e muitos políticos e jornalistas sem escrúpulos, sem esquecer o Medef.
O grande perigo para a França, doravante, é o partido único, o tal” bloco central” do Senhor Embaixador, dissimulado sob uma falsa modernidade e a propaganda que a acompanha.
IDL-Instituto Democracia e Liberdade
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