domingo, maio 08, 2016

Encontradouro

Fiz ontem a conferência de encerramento do Encontradouro, o festival literário que juntou em São Martinho de Anta, em Sabrosa, no belíssimo Espaço Miguel Torga, desenhado por Souto Moura, dezenas de convidados e um público muito interessado que, durante três dias, acompanhou vários debates e iniciativas culturais.

Na apresentação, dedicada a "O Local e o Poder", procurei refletir sobre a génese e as mutações temporais das relações de força que influenciam os processos decisórios à escala nacional, em matéria de políticas públicas, especulando sobre a hierarquia dos poderes fácticos que se revelam determinantes em Portugal e o seu cruzamento, embora nem sempre uniforme e consonante, com os modelos institucionais que formalmente gerem o país.


Tive um grande prazer em poder colaborar com uma excelente iniciativa, num dia importante para os transmontanos, escassas horas antes da abertura do decisivo Túnel do Marão. Na minha intervenção, e a esse propósito, não deixei de constatar que "fica provado, da forma mais concludente possível, que para furar definitivamente um túnel dá sempre jeito utilizar uma geringonça..."

3 comentários:

Anónimo disse...

Não se pode exterminar a expressão "geringonça" - parte do nacional-engraçadismo sem graça para designar um governo na plenitude das suas funções. Pior, pior só a expressão popularucha e desinfeliz para se referir aos portugueses.

Francisco Seixas da Costa disse...

Ao Anónimo das 14.16. Eu direi geringonça quantas vezes me apetecer, ora essa! Não toma nada para a vesícula?

Francisco Agarez disse...

Gostaria de ler o texto da sua conferência, que me dizem ter sido belíssima.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...