sexta-feira, maio 27, 2016

As conversas e a educação

Uma das regras de ouro que quem é recebido por uma figura de Estado sabe que deve respeitar - se for educado e estiver de boa fé - é, à saída, não se permitir dar a sua versão do que terá ouvido da parte dessa figura, a menos que tenha sido expressamente autorizado a tal. Quem pede uma audiência apenas pode, legitimamente, referir em público aquilo que lá foi dizer.

O movimento das escolas com contratos de associação foi recebido pelo Presidente da República. Depois da audiência, relataram à comunicação social a sua versão do que o chefe de Estado lhes teria dito. Pouco depois, a Presidência da República, em comunicado, desmentiu-os. Teriam evitado este vexame, que deixa uma nota triste sobre o seu grau de seriedade, se, com um mínimo de contenção e respeito, tivessem provado que, naquelas escolas, também há educação.

4 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Oh a educação ! Desde o dia em que vi Sarkozy chegar atrasado de um quarto de hora à audiência do papa e consultar os seus SMS em socapa (mas toda a gente viu!) compreendi que a educação é uma das qualidades mais raras no mundo actual.
Aqueles que foram recebidos pelo Presidente da Republica são gente que jogam o “vale tudo”! O que importa é o resultado : Surripiar o dinheiro dos contribuintes para educar os seus filhos em escolas “privilegiadas”!

ignatz disse...

o marcelo andou a alimentar esperanças dos amarelos e agora o rebelo de sousa foi forçado pela pgr a desmentir as expectativas.

Anónimo disse...

Marcelo estás (totalmente) nas mãos da Igreja. Sempre assim foi, sempre assim será. Chegará o dia em que terá de começar a agradar a quem o ajudou a eleger, a essa maioria de Direita. Ao que se percebe, será depois das autárquicas. Mas e se nessas eleições, como muito bem poderá suceder, a tal Direita sair derrotada? Que fará Marcelo?

Anónimo disse...


Também o Tribunal de Contas, citado (parece que a despropósito) pelos colégios e por alguns media, já veio esclarecer que não se pronunciou sobre o que está agora em causa. É caso ara dizer «cada cavadela, sua minhoca»

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...