segunda-feira, junho 10, 2013

Dez sonhos para o dez de junho

O nosso problema nacional visto por dez portugueses, nos quais tive o gosto de ser incluído.

Ver aqui.

15 comentários:

Anónimo disse...

O meu sonho (mas é sonho) é que em vez de haver só um dia de Portugal, que é hoje, houvesse 364 virgulaqualquercoisadias e que se "reservasse" depois um dia para a Festa.
José Barros

Defreitas disse...

No dia em que os Portugueses receberem na escola os ensinamentos fundamentais que lhes permitirão de ser antes de tudo CIDADAOS, que aprenderão a RESPEITAR os outros afim de serem respeitados, que saberão que todo cidadão tem DEVERES e DIREITOS, que o CIVISMO é indispensável para fazer uma Nação respeitável e respeitada, que a coisa publica lhes diz respeito e não apenas aos políticos, que há necessidades fundamentais e outras menos, que o esforço colectivo permite a cada um exigir a parte que lhe é devida, que só a solidariedade pode permitir a entre ajuda nos momentos difíceis da vida, na família como na sociedade, então poderemos sonhar.
Senão o pesadelo continuará por muitos anos.

Isabel Seixas disse...

O meu contributo

Plagio dos dez sonhos referidos pelos sonhadores escolhidos...Seria um bom principio.

Achei interessante a alusão ao Portugal de prós e contras a distração interessante sem dúvida mas que nem efeito placebo tem , meramente inócua, dá para medir a assertividade da dra. Fátima Campos na mediação, sendo que é algumas vezes missão impossivel vai lá cada malcriado que não sabe que não se deve falar ao mesmo tempo que outra pessoa, nem se interromperem constantemente...

Que o estado assegurasse as condições de saúde básicas a todos os cidadãos, reduzisse as listas de espera para consultas das especialidades médicas de 18 meses para dois como faz com as especialidades cirúrgicas, com programas de incentivo aos profissionais para aumentar o nº das suas consultas.


Que o governo não delegue na caridade e nas campanhas eleitorais
a ilusão de que há pão, paz, saude, educação e habitação condignas e não nos encaminhem para o altruismo da crucificação, que vão eles...

Anónimo disse...

Só existe um problema em Portugal: CORRUPÇÃO! Que é a principal, senão única, causa da crise (Paulo Morais).
Claro que a causa desta moléstia se manter e alastrar e ser agora generalizada é o medo GENUÍNO de a combater! Repare-se que a “destruição” de “centros” de corrupção acabaria, penso eu, com partidos políticos!
Todos os sonhos apresentados no post são autênticas utopias, mesmo quando se diz que o próximo governo “só” pode ser melhor que este”… Quantas vezes já dissemos e ouvimos isto!
Ontem mesmo, em tertúlia, desconfiamos, por coisas que por vezes lemos, e porque não somos historiadores, que a sociedade antes da “implantação” da ditadura em 26, estaria bem melhor que agora. Sem dúvida que haveria alguma “trolha” ali à volta da rotunda do Marquês (onde se comemora o futebol duns e doutros) mas, o resto do País, não ligava muito a isso…

Anónimo disse...

Interessante como cada opinião demonstra que se a sua area de trabalho, artistíco ou científico, for incentivada e apoiada pelo Estado.... a vida dos cidadãos melhorará...
Enfim este Portugal profundo. Belas imagens no entanto.

Anónimo disse...

Tenho apenas um sonho: Que a população deste país deixasse de ser apoio-dependente do Estado. Acabariam se calhar as diversas formas de clientelismo que se verificam trensversalmente nesta sociedade. Mas sei que isto seria mesmo possivel só em sonho.

Anónimo disse...

10 de Junho de 2013:

Tem muito a ver com este texto que transcevo com a devida vénia"

"Filhos do 25 de Abril
26/04/2013 | 00:02 | Dinheiro Vivo


A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª classe antiga.
Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à escola tinham acesso) Português e Matemática.
A minha geração era adolescente no 25 de Abril, o que sendo bom para a adolescência foi mau para a geração.
Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes aconteceu uma revolução – nós nascemos logo num mundo de farra e de festa, num mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de aulas sem faltas e de hooliganismo juvenil em tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo foi-nos decretado como filosofia ainda não tínhamos nem barba nem mamas.
A grande descoberta da minha geração foi a opinião: a opinião como princípio e fim de tudo. Não a informação, o saber, os factos, os números. Não o fazer, o construir, o trabalhar, o ajudar. A opinião foi o deus da minha geração. Veio com a liberdade, e ainda bem, mas foi entregue por decreto a adolescentes e logo misturada com laxismo, falta de disciplina, irresponsabilidade e passagens administrativas.
Eu acho que minha geração é a geração do “eu acho”. É a que tem controlado o poder desde Durão Barroso. É a geração deste primeiro-ministro, deste ministro das Finanças e do anterior primeiro-ministro. E dos principais directores dos media. E do Bloco de Esquerda e do CDS. E dos empresários do parecer – que não do fazer.
É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute ao contrário da outra que sonhou com a liberdade, o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração sem biblioteca, nem sala de aula mas com muita RGA e café. É uma geração de amigos e conhecidos e compinchas e companheiros de copos e de praia. É a geração da adolescência sem fim. Eu sei do que falo porque faço parte desta geração.
Uma geração feita para as artes, para a escrita, para a conversa, para a música e para a viagem. É uma geração de diletantes, de amadores e amantes. Foi feita para ser nova para sempre e por isso esgotou-se quando a juventude acabou. Deu bons músicos, bons actores, bons desportistas, bons artistas. E drogaditos. Mas não deu nenhum bom político, nem nenhum grande empresário. Talvez porque o hedonismo e a diletância, coisas boas para a escrita e para as artes, não sejam os melhores valores para actividades que necessitam disciplina, trabalho, cultura e honestidade; valores, de algum modo, pouco pertinentes durante aqueles anos de festa.
Eu não confio na minha geração nem para se governar a ela própria quanto mais para governar o país. O pior é que temo pela que se segue. Uma geração que tem mais gente formada, mais gente educada mas que tem como exemplos paternos Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho, António J. Seguro, João Semedo e companhia. A geração que aí vem teve-nos como professores. Vai ser preciso um milagre. Ou então teremos que ressuscitar os velhos. Um milagre, lá está."
Pedro Bidarra
Publicitário, psicossociólogo e autor
Escreve à sexta-feira
Escreve de acordo com a antiga ortografia

Anónimo disse...

Bravo ao anónimo das 17.54 por nos ter proporcionado excelente leitura.

Julia Macias-Valet disse...

Será que os portugueses que estão fora também podem ter sonhos longínquos ?

Então eu vou pedir à Fada Madrinha que ensine aos jornalistas borra-botas do meu país que enquanto soa o Hino Nacional NÃO SE FALA !!!!!

Julia Macias-Valet disse...

Pedro Bidarra !?...pois sim, sim só podia ser um publicitário ;)

Isabel Seixas disse...

Identifico-me com o comentário do comentador Defreitas,tenho um ponto de vista diferente do comentador das 17.54.

Confio plenamente nos segmentos de população da minha geração nas anteriores e nas vindouras sem me demitir ou declinar a minha responsabilidade como pessoa, profissional com um mandato social bem definido, usuária consciente e orgulhosa do legado das gerações anteriores dos direitos humanos consagrados para todos e por todos, dos deveres para comigo e para com os outros de respeito mútuo, participante ativa nas decisões politicas mostrando a minha concordância ou discordância na hora certa nomeadamente quando exerço o dever cívico do meu direito ao voto...

Claro que se há culpas assumo a minha quota parte quando me "deslumbrei" com a aquisição de melhores condições de vida que a geração anterior dos meus pais e dos meus avós já tinham encetado, perseguindo a qualidade de vida e o dar mais vida aos anos...Com direito à saúde, cultura,e condições para a satisfação das restantes necessidades humanas básicas

É incomparável o esforço que a geração dos meus pais fez para construir uma vida projetando um futuro para os filhos onde a educção e a instrução fossem incluidas, emigrando ou imigrando trabalhando de sol a sol sem descanso semanal e sem direitos sociais,com o esforço despendido
por nós...

Confio plenamente na nossa geração para governar-se a si própria e o país, não confio é nalguns governantes nem nas suas opções de favorecimento de qualidade de vida só para alguns, nada de novo aliás que não encontrasse em gerações anteriores,e que se encontram também nas empresas , nas chefias de topo,nas intermédias nas lideranças narcisicas...
Até nalgumas comissões de praxe que simulam torturas aos mais fracos com a desculpa esfarrapada da socialização através da humilhação...

Constato que o dinheiro é um determinante na hierarquisição de valores e na aquisição de bens necessários...Também da autodeterminação e daí que os nossos filhos, os da minha geração, reiniciam o ciclo da emigração para o direito ao emprego, mas lado a lado com os cidadãos que tomam decisões, massa crítica com condições e mecanismos de defesa totalmente diferentes dos dos nossos pais, levam conhecimentos habilitações académicas e vão ser cidadãos europeuscom remunerações compativeis com a sua habilitação e competência, a maioria com saudades do seu país sonhando com o regresso mesmo ganhando menos...

Não acredito em milagres, por isso creio em mim, no trabalho como força motriz de contrução e nas pessoas de boa vontade que sabem multiplicar para dividir...

Isabel seixas, escrevo mais ou menos todos os dias (publico aqui em função da paciência do dono do blogue) e de acordo com a nova ortografia.

PS Peço desculpa Senhor Embaixador alonguei-me

pvnam disse...

--->>> Sem corte com os 'patrioteiros-do-prego'... não há sobrevivência!
--->>> Não é com um partido nacionalista que Portugal vai conseguir SOBREVIVER!...
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-> De facto, não faz sentido os nacionalistas estarem a concorrer com 'patrioteiros-do-prego' {leia-se, os portugueses que estão a colocar Portugal no prego} que votam em (escolhem) Comissões Liquidatárias [ex: PS, PSD, PCP, etc]!
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Assuntos que não interessam aos 'patrioteiros-do-prego' (e às Comissões Liquidatárias):
1- uma sociedade dotada da capacidade da capacidade de renovação demográfica (média de 2.1. filhos por mulher) - as Comissões Liquidatárias preferem 'naturalizações' [nota: os 'patrioteiros-do-prego' gostam de se armar em parvinhos-à-sérvia (vide Kososvo)];
2- recursos estratégicas para a soberania em mãos nacionais - as Comissões Liquidatárias vendem empresas estratégias à alta finança (capital global);
3- dívida pública moderada/(sob controlo) - as Comissões Liquidatárias (e os 'patrioteiros-do-prego'), mesmo depois de já terem sido estoirados mais de 200 mil milhões em endividamento, continuam a falar em mais e mais despesa... NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida!?!?!... Nota: para os 'patrioteiros-do-prego' já se vislumbra uma luz ao fim do túnel: "implosão da soberania, ou o caos" - federalismo...
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{nota: : os separatistas-50-50 não têm nada contra os 'globalization-lovers'... leia-se: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa}
{mais uma nota: uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço}
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SE NÃO CORTAR COM OS 'PATRIOTEIROS-DO-PREGO', PORTUGAL NÃO VAI CONSEGUIR SOBREVIVER... resumindo e concluindo, SEPARATISMO-50-50!
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OBS:
--- Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
Nota: é mais fácil apanhar um nazi do que um coxo -> os nazis desmultiplicam-se na busca de pretextos... para negar o Direito à Sobrevivência de outros...... um exemplo: os nazis 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) buscam pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones.
--- Pelo contrário, os SEPARATISTAS-50-50 não têm um discurso de negação de Direito à sobrevivência de outros... os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade!
{nota: há que mobilizar os nativos... que... possuem disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência}

Anónimo disse...

Já agora,dado que entrou na liça o nome de Pedro Bidarra, deixem-me recordar um Senhor chamado Manuel Bidarra de Almeida que nasceu em Caria/Belmonte e faleceu em Lisboa em 2010, creio. Muito lhe é devido no mundo dos editores e livreiros e noutras áreas!!!!

Anónimo disse...

O meu sonho para Portugal é de uma falta de originalidade atroz ... o meu sonho para Portugal é o futuro.

E "O futuro de Portugal – que não calculo, mas sei – está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas do Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo." "Ser tudo, de todas as maneiras, porque a verdade não pode estar em faltar ainda alguma coisa! Criemos assim o Paganismo Superior, o Politeismo Supremo! Na eterna mentira de todos os deuses, só os deuses todos são verdade".

Enquanto não somos tudo resta-me a certeza absoluta, apesar de algumas vozes ironicas e cansadas, que somos mais que nada, eis a verdade.

N371111

Anónimo disse...

O meu sonho era um país sem líricos como o que acha que se as pessoas fossem ao teatro eram logo cidadãos melhores...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...