segunda-feira, janeiro 30, 2012

Livrarias

A livraria Portugal, na rua do Carmo, em Lisboa, vai fechar. A Camões, no Rio de Janeiro, atravessa muitas dificuldades.

Para quem gosta de livros, estas notícias não são agradáveis. Por mim, não tenciono comprar um "kindle".

22 comentários:

Anónimo disse...

Eu também dizia o mesmo, por exemplo, do telemóvel e via verde (a desculpa era a necessidade de uma paragem para aliviar a viagem).


Agora já sou bem mais “moderno”: O telemóvel tem de ser muito bonito (joia mesmo) e ergonómico, que tire umas ótimas fotografias, GPS etc. e, se fizer e receber umas chamadas telefónicas, tanto melhor.

Estou mortinho por um tablet que me resolva tudo em todo o lado.

Os livros são essencialmente a substância. Acho eu.
Podem ser obras de arte em termos tipográficos e, nesse caso, deve dar-se a respetiva atenção. Quanto ao mais ler por ler:

É uma maçada, estudar é nada, o sol doira sem literatura…

Anónimo disse...

Quem gosta de livros, sobe 100m e vai à FNAC, onde há tudo o que havia na defunta livraria (e muito mais). Como se isso não bastasse, os preços são melhores e os empregados são simpáticos.

Anónimo disse...

Felizmente há algumas, poucas, mas boas noticias: a "Librairie Portugaise" vai abrir brevemente novos espaços, mais vastos e mais visiveis, na zona do Panthéon, em Paris...

Anónimo disse...

Olhe que não, Senhor Embaixador, olhe que não! Tenho aí para vender uns kindles jeitosos, que até dão para entender melhor os livros do Jean Baptiste Botul. Faço um preço de amigo...

Respeitosamente

a) Feliciano da Mata

Armando Pires disse...

Um livro é sempre um livro, mesmo que nunca se chegue a ler!
É mau quando uma loja fecha, mas é muito pior e um mau indicador quando essa loja é uma livraria, pois é um lugar de conhecimento e como tal, todos ficamos mais pobres.
Mas pelo que é voz corrente, estamos mesmo no "caminho certo", pois todos vamos ficar mais pobres.

Anónimo disse...

Pois eu comprei um kindle e não deixei de entrar em alfarrabistas. Os kindles são óptimos para levar muitos livros quando apenas poderíamos transportar um ou dois. Acredite que é óptimo ter à disposição a colecção inteira das Farpas, ou a obra quase completa de Camilo Castelo Branco em formato digital e em papel. A da estante não se estraga tanto e eu tenho o prazer de fazer viagens na companhia de uma pequena biblioteca.
Não é a tecnologia que mata o costume. É a falta de hábitos.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caros comentadores "kindlosos": há alguma coisa de diferente na dimensão física de um livro, que um écran nunca terá, desculpem lá!

Julia Macias-Valet disse...

Ahahaha
O nosso escriba escreveu "kindle" e eu li "kinder"...pensei : pronto alguém que consegue resistir a nao afogar as magoas em chocolate !!! : )))

Aqui so p'ra nos se nao gosta de "kindle" também ha "stanza", "ibook", etc "vous n'aurez que l'embarras du choix" !
E tem vantagens...apanham menos po : ))

Portugalredecouvertes disse...

Estou a ver que a Julia pensava na pausa do tipo Kit Kat com o kinder!

bom também me lembro da minha professora de francês que dizia que quem não lê, nunca aprende a escrever,
então liamos vários livros por mês,
agora o pessoal da escola lê dois ou três por ano, o que é muito pouco, vê-se o resultado quando lhes põem os Maias em cima da mesa,correm procurar um livrinho de umas 20 paginas que resume a história

poderá ser que a tecnologia dos e-books torne a leitura atrativa? se assim for, tudo bem...
Angela

Fernando Frazão disse...

Nem eu...

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Senhor Embaixador eu também gosto do cheiro dos livros e de lhes mexer.
Mas estou como o comentador Nuno Resende. Levam-se os Eças, os Camilos, tudo gratuito. Cedi.
Só não cedo a fazer festas no telemóvel, como se vê por aí.
Estes, para mim, são só para chamadas, mensagens e, em emergência, para uma foto.

Caro Feliciano
Venda iPad's. São melhores!

Anónimo disse...

A Exma Senhora Helena Sacadura Cabral é muito pragmática com os telemóveis.
Com o frio que está começo o dia também por ser pragmático e procuro um cachecol bem quente quando saio. No entanto olho para ele e vejo-me ao espelho… costumo ir um pouco além do pragmatismo… É bom.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Anónimo das10:03
Confesse lá. Não acha um pouco bizarro uma pessoa andar a deslizar as mão sobre um objecto de tão reduzidas dimensões?
Pragmáticamente falando, claro, o telemóvel é demasiado frio para se lhe dar tanto carinho.
Ou não?

Anónimo disse...

As senhoras (mulheres) são terríveis…Têm de ficar sempre com a razão… conheço bem…
Não quero arguir com tão excelsa senhora, sou uma pessoa vulgar.
O que não compreendo é o “deslizar as mãos e dar carinho”. Se tenho que andar com uma peça ou dispositivo qualquer então, que me agrade! Até pode ser o livro.
Já “concluí estatisticamente” (vale o que vale) que mais de 50% das pessoas que usam relógio não é para saber as horas. (inclui o universo masculino, mas com uma reduzida amostra por dificuldade na recolha de dados). PS – Eu não tenho relógio.

Tomem isto por uma brincadeira: Sabem porquê que a esmagadora maioria das mulheres não vai para o Céu?...

Anónimo disse...

... porque já vivem nas nuvens???

Isabel Seixas disse...

Como alguns livros e livrarias as Mulheres São o Céu.

patricio branco disse...

as livrarias, tal como tantas outras coisas ou seres, tambem têm principio, meio e fim; ou nascimento, crescimento e morte.
A portugal teve a sua vida de 60 anos, é triste o seu fecho, faz parte das vidas de tantos de nós, muitos livros lá se compraram, era parte do passeio à baixa, entrar lá. Mas termina com dignidade e ficará na história das livrarias de Lisboa. Na zona outras se foram, a luso-espanhola, a moraes, a própria sá da costa, que tanta importancia teve, é hoje uma sombra do que foi. Outras mais acima, a classica, a atica, a buccholz, etc. As do campo grande, universitarias, foram-se todas menos uma com livros bem interessantes, mas com outra filosofia livreira.
outras nascem, as leya, fnac, bulhosa, etc.
houve uma anunciada como a mais grandiosa de lisboa mas que teve uma vida tão breve que parece a historia do titanic, a libris ou librio, ali prás amoreiras. Ainda lá fui 2 ou 3 vezes.
O livro em formato e book ou kindle não consigo na verdade ler, os 2 que comprei foi dinheiro perdido e até são muito caros se compararmos.
As bibliotecas online podem ser uteis pra consultar, mas tambem não consigo ler um livro em continuidade, do principio ao fim.
Pois o fim da portugal é uma noticia triste, mas...

Anónimo disse...

Os ricos que paguem a crise.
Deixem os pobres comprarem kindles (o meu custou-me 50 euros) e todos os livros em formato electrónico são muitíssimo mais baratos. Para além disso, tudo o que tiver sido editado há mais de 70 anos está gratuito na net. E ainda tenho amigos que partilham comigo livros que compram. Então em inglês e francês a disponibilidade de títulos gratuitos é praticamente infinita.
É assim que um pobre como eu, que tem um salário de 850 euros, pode ler todos os livros do mundo e tê-los no seu minúsculo apartamento, onde não cabem as estantes da biblioteca de uma chancelaria.
Proponho que os senhores e senhoras mais abonados comprem nas livrarias da vossa estimação o dobro do que costumam comprar (que, proporcionalmente ao que ganham, é muito menos do que eu invisto em livros) de forma a salvarem esses lugares míticos.
Entretanto, a cultura vai chegando aos pobres de outras maneiras. É uma chatice, talvez repugnante, ver pobres cultos, mas a tecnologia tem desta coisas horríveis e promotoras de democratização.
Qualquer dia, com tanta gente culta, se não forem as seitas e as boas famílias a defenderem os interesses dos grupos mais abonados, ainda corremos o risco de ver algum pobre conseguir um bom emprego, quiçá como chefe de um rico. Vade retro!

Anónimo disse...

Onde é que encontrou um kindle por 50 euros?

Anónimo disse...

Deixo aqui uma comparação de leitores de livros eletrónicos:

http://ebook-reader-review.toptenreviews.com/

Anónimo disse...

A história do pobre e dos livros faz-me lembrar esta pérola. Apreciem-na que é bem antiga...

http://youtu.be/VKHFZBUTA4k

Francisco Seixas da Costa disse...

Vi-me obrigado a eliminar três comentários, porque a agressividade verbal entre os comentadores passou os limites daquilo que eu considero razoável.

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