segunda-feira, julho 04, 2011

A nossa cruz nacional

17 comentários:

Anónimo disse...

Oportuno. Excelente!!!!!

Anónimo disse...

A Maior é de quem a elas tem de recorrer, até em desespero de causa e em curriculum oculto ou em gato escondido com rabo de fora(...)Eventualmente enfatizando uma sensibilidade especifica inerente à habilitação politica

Necessidade?!!!(...)?Claro.
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Será que o povo português podia viver sem a Travessa das Cunhas? Podia, mas não era a mesma coisa! :)

Isabel BP

Fada do bosque disse...

Na mouche!!! sr. embaixador... na mouche! :)

Adelo disse...

Esta placa será para alguma ruela da Tapada das Necessidades?
Aí é que circulou hà uns tempos um tal de Martins da Cunha.

zamot disse...

Fora do assunto...
Caro Sr. Embaixador, hoje fui mandar fazer cartões e na montra do gravador estava o seu..
Engraçado.
Cumprimentos,
Tomás Viana

Anónimo disse...

Nunca fui a favor da cunha
por questões de ordem Moral,
mas reconheço que a cunha
é uma Instituição Nacional !!!

Jose Martins disse...

Senhor Embaixador,
O nome da tabuleta está errado... deveria ser a Travessa dos Cunhados!
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Quando tinha 18 anos e para mudar de vida, resolvi (no tempo em o povo português considerava, os que guiavam carros malucos) pedir ao meu pai, analfabeto, para me emancipar e tirar a carta de ligeiros e saltar de caixeiro de mercearia de secos e molhados, na rua do Loureiro.
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Naquele tempo os carros de instrução eram os Ford modela A e os Peugueot 202.
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Difícil as inversões de marcha na rampa da Escola Normal, na rua das Taipas.
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Pior ainda enfiar aqueles "morcões" de rodas nas vielas das Liceiras (rua de Camões) e na Covelo (Paranhos).
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Naquele tempo já existiam as cunhaa e apareceu-me um artista que a obtenção de minha carta de ligeiros era trigo limpo!
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O engenheiro Altino foi o meu examinador e depois de fazer umas simples asneiras, de condução,na rampa da Escola Normal, proximidades do Serviço de Viação, os dois dentro do carro inquiriu-me: "que dinheiro você deu ao vigarista?"
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Nenhum senhor engenheiro...
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Supliquei-lhe para me aprovar. Debalde...
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À quinta vez consegui o carta de ligeiros... E mudei de vida...
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Tinha morrido a mula da cooperativa de Ramalde (Pereiró) fui então eu que fui substituir a carroça e conduzir um furgão a ganhar 800 escudos por mês.
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Durante o meu caminhar neste mundo nunca mais alinhei nas cunhas.
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No entanto conheci e lidei com muita gente pública.
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Lixei-me!
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Bem poderia estar com uma reforma melhor do que aquela que recebo que vai dando para dar ao dente (mal)os 600 e poucos euros que ainda vou recebendo, depois de servir a diplomacia portuguesa, no estrangeiro, por duas dezenas de anos.
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Saudações de Bangeucoque
José Martins

José Barros disse...

O sinónimo de cunha é chapéu na mão !

Anónimo disse...

Constato que há aqui uma grande desactualização com os tempos modernos: hoje a cunha chama-se "ter um bom network".
João Vieira

Anónimo disse...

A cunha foi, nos tempos que correm, “desvalorizada”, face a um mal bem pior, o do tráfico de influências. Hoje, são os contactos políticos, os encostos políticos, os apoios financeiros, a “interacção” entre interesses privados com política que tem prejudicado a nossa sociedade. A cunha é quase um mal menor. Ou foi. Pois entretanto metamorfoseou-se de tráfico de influência. “Modernizou-se, ou adaptou-se” aos tempos modernos.
Daí que nada me espantaria que um dia ainda venhamos a ver uma Rua do Tráfico de Influências. Para dar um ar mais actual. E por exemplo, ver apelidos que em vez de Cunha terminem por Tráfico. Ou Influência. José Influência. António Trafico. Por aí.
Curiosamente, nem de propósito, ainda hoje me vi confrontado com um pedido tipo “cunha”, no exercício da minha profissão. Achando que algo não estava a bater certo, indaguei a certa altura: “ouça lá meu caro, se bem entendo, o que me está a pedir é para eu meter uma cunha com vista a resolução do problema de sua filha, é assim, ou entendi mal?” A resposta, embaraçada: “pois, é mesmo assim. O que lhe peço é que intervenha nesse sentido e assim a pequena – que é um encanto de rapariga, pode crer (“acredito”, rematei com um sorriso) – não teria de enfrentar o crivo daquele Ministério e a coisa far-se-ia de outra forma, fiz-me entender?”. Ainda perplexo com tanta frontalidade, to say the least, lá lhe respondi, com toda a amabilidade, que “cunhas” só conhecia as das portas, aliás em vias de extinção, graças aos mecanismos que hoje as mesmas portas já têm instaladas para não baterem. E lá foi o nosso homem, algo pesaroso, bater a outra porta. Isto a vida ás vezes é divertida. Vá lá que não me ofereceu nada em troca. Às vezes sucede. E há quem aceite, até.
P.Rufino

DL disse...

É triste ver pessoas que juravam a pés juntos detestar essa instituição, recorrer a ela no aperto porque "se não for eu, será outro". E de boas famílias, ora bem, que a dita não é só apanágio dos remediados. Como se terá chegado a esta prática tão distante da meritocracia?

Fada do bosque disse...

ahahhahah caro Rufino! esse comentário está um must! De arrasar! :))

mpereiradecastro disse...

Um mal nacional, certo. Mas chama-lo inter_nacional também não ficava errado.

Na África Ocidental, em « Francês de Moussa » o mesmo mal chama-se « fais nous fais », e em português pode ser « faz, nós fazemo »...

Sem esse sesame, muito pouco ou nada se pode obter. Quem não se conforma, depois de varias voltas sem resultado e muito tempo perdido, acaba « praticante ». Quando a travessa já tem o tamanho da avenida, a gente aprende sempre algo...

mpereiradecastro

estouparaaquivirada disse...

É um fenómeno exclusivamente português?
xx

Julia Macias-Valet disse...

Travessa !?...ou Avenida ?

Helena Sacadura Cabral disse...

Alguem me sabe dizer a razão desta expressão de uso tão globalizado?
Não sei se no Brasil se chama assim, mas que tem grande mais valia, isso tem. Será porque fomos nós os colonizadores?!

25 de novembro