quarta-feira, junho 08, 2011

Nós e a Europa

Não sei quem poderá ter paciência e tempo para ver e ouvir o que o embaixador português em França disse ao Cercle des Européens sobre a situação atual no nosso país, em especial face ao acordo com a "troika" e às perspetivas da sua execução, bem como o modo como o projeto europeu continua a ser visto entre nós.

Aqui fica o link

6 comentários:

Rui Franco disse...

"Monsieur Socratez"?! Oh senhor Embaixador, se nem nós dissermos os nomes corretamente, como podemos esperar que os outros os digam?

Eu bem sei que, concentrado na pronúncia, a coisa pode ser difícil de lembrar mas... que raio!

Fada do bosque disse...

ahahahaha!!! o Catinga não perdoa! :)
Quanto ao discurso, sr. embaixador, a ironia de termos aderido ao euro para não ficarmos a ser um País tão periférico e veja o que nos fizeram. Ficamos mais periféricos do que nunca. Entretanto seria de salientar, que apesar da nossa indústria ser fraca em relação à europeia, a nossa agricultura e pescas também... até poderiam ser, mas o Estado foi subsidiado para desmantelar estes sectores, para que Países como a Alemanha, pudessem exportar para cá os seus excedentes. Quanto a termos mais Europa, tem-se visto... basta o que fizeram agora com a bactéria e.coli...
Gostei da achega ao Durão Barroso... se é que percebi bem, só que foram poucas!
No meu entender o Tratado de Lisboa é um crime.

Fada do bosque disse...

Entretanto, sr. embaixador, em vez de Tróica, devíamos ter optado por uma solução idêntica a esta! Faz tanta falta a Justiça, neste País!

Anónimo disse...

Que performance, a falar francês, durante tanto tempo, sem gaguejar, sem prevaricar no sotaque, por outro lado que sorte até parece estar sozinho (Que alivio...?!)só com o bérgere, na vanguarda o aparador em nobre cerejeira e o acabamento a patine com a travessa reminiscente de companhia das índias...

Enfim...Gostei bem do repórter que discreto.
Isabel seixas

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Caro Embaixador

Tive a paciência suficiente para ouvir a sua entrevista. Concordo na generalidade com excepção de um certo Euro optimismo que compreendo como ossos do ofício. Querer imputar faiblesses à banca e não ao Estado, como se a banca não tivesse sido vítima do Estado despesista, é que não é de gestor nem de economista.

Portugal sofre há muito, principalmente em determinada geração, de uma ilusão pelo Estado que tem sido o pior dos nossos males. Como economista e gestor lhe digo que tem sido o Estado e a apetência de muitos pela sua parasitação que nos trouxe até aqui. Até porque como muitos especialistas da Troika dizem o que nos falta é verdadeira concorrência!

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro P.A.S.: Independentemente de se dever legitimamente pensar que um embaixador tem limitações naquilo que pode dizer, posso garantir que penso, sinceramente, tudo quanto disse. E, sabendo embora que isso contraria abertamente uma certa escola de opinião (que, pelos visto, é a sua), tenho para mim (e não estou sozinho, longe disso!) que as aventuras feitas por setores da nossa banca, em matéria de política de crédito, ao longo dos últimos anos acabaram por projetar uma imagem internacional de grande fragilidade de muitos dos nossos bancos. Se a isso somarmos o facto de, desde o início desta crise, a maioria dos governos (incluindo o nosso) terem dado (e bem) sinais públicos de que acorreriam ao sistema bancário em caso de necessidade, acresceu, junto dos mercados, as dúvidas (já existentes, claro) sobre os impactos potenciais que tal teria sobre a nossa dívida soberana. Sem excluir, claro, que o comportamento autónomo desta também não ajudou.

25 de novembro