sexta-feira, junho 03, 2011

Astérix em mirandês

Um amigo bem nortenho, fez o favor de me enviar o "Le grand fossé", um belo álbum das aventuras de Astérix (e Obelix, não esqueçamos!), numa edição limitada, em língua mirandesa ("L galaton").

Igualmente me ofereceu, editada igualmente em mirandês, a banda desenhada "Os Lusíadas" ("Ls Lusíadas), com o clássico traço de José Ruy.

Os mirandês está bem e recomenda-se!

9 comentários:

Anónimo disse...

Bem interessante.
Isabel Seixas

Helena Sacadura Cabral disse...

Mas por favor Senhor Embaixador não nos passe a escrever em mirandês!

duarte disse...

Credo Dona Helena, o Senhor Embaixador vai passar a escrever em cascaiês!
Serve?

Anónimo disse...

Ainda bem que o mirandês não está em vias de extinção, como há uns anos se temia.

Isabel BP

patricio branco disse...

as minorias, linguisticas, etnicas, culturais devem ser protegidas e estimuladas.
A publicação de livros como este é de saudar. O blog referir tambem é de louvar.
não sei como é o estatuto legal do mirandês, se é ensinado nas escolas da região onde se fala, se alguma universidade tem estudos mirandeses. Mas é uma riqueza nossa que é bom proteger.

Julia Macias-Valet disse...

Buona : ))

Guilherme Sanches disse...

Interessante inserir este conteudo neste espaço, de ímpar abrangência. Eu também gostaria de ter Ls Lusiadas na versão poética, sem ilustração, mas não os tenho encontrado.

Também me corre nas veias por opção, um pouco deste idioma completo, com gramática própria, que se fala, que hoje se escreve e se ensina nas escolas de Miranda. Que rejuvenesceu pela alma mirandesa, passando recentemente das gerações mais idosas para as crianças das escolas, influindo e diluindo-se nos concelhos limítrofes com o sotaque que só um mirandês consegue dar.

Existe depois o sendinês, não reconhecido oficialmente, falado em Sendim, uma aldeia do concelho de Miranda do Douro, aproximadamente igual, mas significativamente diferente, dizem os entendidos.

Ao contrário do que diz Patrício Branco, o pseudo-protecionismo, impessoal, não passa de um tique de suposta superioridade sobre minorias apenas quantitativas, que não se revelam nem se confirmam quando expostas ou confrontadas individualmente.

Um abraço

Rui Franco disse...

Uma coisa é proteger as especificidades culturais, outra coisa bem diferente é o reconhecimento de um dialeto do Leonês (há quem lhe chame asturo-leonês) como língua co-oficial da República. Os portugueses (letra pequena propositadamente), na sua ânsia de quererem parecer "tolerantes", conseguiram fazer ascender uma língua falada (e pouco escrita) por poucos milhares de velhas pessoas a um estatuto que línguas seculares, com vasta produção literária não conseguiram no país aqui ao lado.

Cheira-me que, daqui a alguns anos, ainda vão conseguir criar diferenças e fricções onde elas não existem hoje. Tudo em nome da tolerância e do património, claro...

Maneiras de ser...

Anónimo disse...

É surpreendente que, se tente preservar línguas como o mirandês, enquanto se faz quase tudo para acabar com o português, como acontece com o "novo" acordo ortográfico. De facto, não consigo mesmo entender como visando a pseudo simplificação da escrita se acaba com a etimologia das palavras. Que seria do mirandÊs, do Inglês ou do Francês se se deixasse de grafar todas as consoantes mudas como visa o novo acordo portuguÊs. Não terá sido este AO mais uma cedência aos (i)letrados que constituem a geração que actualmente, nos governa e "ocupa" as nossas universidades. Só falta, mesmo, oficializar "presidenta" como, de resto, já se ouve inúmeras vezes nos media. Se tal acontecer, exigirei que passemos a oficializar, também, "fadisto", "jornalisto", "motoristo", "presidento", "juizo" (por oposição a "juiza", etc., etc..
e, enquanto tudo se faz para acabar com o português, vai-se tentando recuperar o quase desaparecido mirandÊs... Estranho, não é?

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