Não, não vou falar aqui dos 2,8% de crescimento. Porquê? Porque quero ser simpático para com os meus amigos "conservadores" (que é outro eufemismo que alguma comunicação social usa para evitar falar de "direita" ou chamar isso a amigalhaços dela e meus). Por isso, só para lhes poupar um desgosto, optei por ficar, hoje, completamente calado, em sepulcral e respeitoso silêncio. Bem gostava eu de poder mandar um forte abraço de parabéns a António Costa, de fazer "mea culpa" por todos os alertas contra a "geringonça" que lhe transmiti. Mas não, não posso fazer isso, porque os meus amigos do "centro-direita" (a maioria gosta de ser chamada assim - façamos-lhe pois a vontade!) não me perdoariam. Já lhes basta a realidade que hoje, mais uma vez, lhes caiu em cima, coitados! E, por isso, não me passa pela cabeça atirar-lhes à cara, uma cara agora com um sorriso amarelo, que a governação "troika"/PSD e (às vezes) CDS foi um rotundo fracasso, titular de uma cruel insensibilidade, somada a uma clamorosa incompetência. E nem sequer vou lembrar-lhes que o país não os esquece - e, por isso, quer vê-los "com dono" por muitos e bons. Apetecia-me tanto dizer-lhes isto, bem alto, mas não, optei por não aborrecê-los. Até porque alguns se queixam (às vezes por interpostos conhecidos) de que eu ando sempre a "dar-lhes pancada". Assim, hoje não farei isso! Nem a eles nem a um amigo deles de quem deixo uma imagem, tirada há quase um ano, quando então exibia, como dizia Camões, aquilo que viria a ser um ridículo "contentamento descontente".
10 comentários:
Pois..... Veremos se isto é uma conjuntura temporária porque Portugal está na moda ou se é mesmo a consquência de medidas tomadas a longo prazo.
Será agora que vamos finalmente ser todos afortunados e sem problemas de dívidas...
dizem que a população já novamente está a gastar à tripaforra e que por causa do turismo a inflacção vai subindo.
Aguardemos...... melhores dias.
De entre as pessoas que admiro e ultra qualificadas e inteligentes que foram cassandras desta fórmula de governo contam se o senhor Embaixador e Clara Ferreira Alves. Comme quoi...
~~~ V ~~~
Á esquerda e à direita... ossos do ofício...
Não era isto que queria dizer, porém ...
Se deseja que os seus amigos o ouçam, diga-o a outros amigos. Um pouco como o que dizia Sacha Guitry” Se quiser que a sua mulher escute o que diz, diga-o a outra mulher.
O Senhor Embaixador conhece bem, segundo parece, Sacha Guitry.
E para ficar no mesmo Sacha Guitry, que aprecio muito, dedico estas palavras ao anónimo das 00:26, que no modo « desmancha prazeres » já avisa, que se até agora era o cinto que apertava a barriga, já é a barriga que estica o cinto!
"Quand on dit d'une femme qu'elle est assez jolie, c'est que justement elle ne l'est pas assez. "
Sacha Guitry
A sério ? e eu a pensar que se hoje temos acesso aos mercados, estabilidade financeira e financiamento garantido com equilíbrio moderado das contas públicas, tal se deve em grande parte aos 4 anos de ajustamento (forçado externamente é certo) do governo anterior. Mas ok, deita lá os foguetes e bate com as canas nas cabeçorras duras dos direitolas. O mundo é nosso ( dos socialistas, claro ).
Ah! mas ontem ouvi num tele-jornal à noite que isto é o resultado da "BOAS POLÍTICAS DO GOVERNO ANTERIOR" AH AH AH AH AH AH É preciso LATA!...
vacas voadoras....
A ideia das vacas voadoras a distribuir "leite" é a ideia de que a prosperidade depende totalmente do poder do Estado.
A riqueza é uma torneira que os governos abrem e fecham quando lhes apetece.
Se Portugal não teve festa em 2012, foi porque Passos não quis.
Se Portugal faz festa em 2017, é porque Costa quer.
E portanto, não temos de nos preocupar com quem nos tenta convencer a melhorar as condições para o investimento e o trabalho em Portugal.
A única coisa de que precisamos é de primeiros-ministros que distribuam dinheiro.
@Anónimo 16 de maio de 2017 às 00:26
"...dizem que a população já novamente está a gastar à tripaforra e que por causa do turismo a inflacção vai subindo..."
adoro essa expressão do povo Portugues
... diz que disse
... ouviu dizer que
... dizem por ai que
... dizem que
Nao sou eu que digo, nao sou eu que o digo. Enfim papagaios.
Em relação a gastarem o que ganham, cada um tem o direito de fazer o que muito bem entender com o seu dinheiro.
Se gasta mais do que ganha tão irresponsavel é quem se endivida como que empresta.
Ou será que o que se ganha é só para guardar no banco e quando este estoira ficam sem nada e como contribuintes ainda tem de entrar com o seu.
Talvez seja melhor acabar com o Turismo para a inflacção não subir.
@Anónimo de 16 de Maio 20.13.
Cada cabeça cada sentença.
Mas depois não venham com manifs para aumentarem os vencimentos.
Ao não sermos capitalistas, é chapa ganha, chapa gasta. Se a empresa vai à falência, face ao desemprego, não teem mais nada enquanto não encontram outro trabalho. Um ciclo vicioso.
No meu caso enquanto não me obrigarem a gastar mais do que posso estou-me marimbando para o que outros façam. E como não preciso de sinais exteriores de riqueza para ter status social, não me preocupo.
Recentemente, no Facebook, reapareceu uma entrevista a Bartrand Roussel onde lhe perguntam que conselhos daria para a vida. Dividiu a resposta em duas partes e, numa delas, antes de tudo, seria "analisar os factos":
- O investimento público subiu, como estava no programa do governo, ou foi violentamente cortado?
- A despesa para os serviços públicos (saúde, educação, cultura) subiu, ou ao menos manteve-se, ou foi violentamente "cativada"?
- Os impostos baixaram ou subiram os diretos e, pelo menos os meus, por força do novo escalonamento do IRS, subiram acima da devolução da CES?
- a dívida baixou? os juros da dita baixaram?
- O escândalo de privilegiar os funcionários públicos face aos restantes portugueses e de pôr o Estado ao serviço de interesses partidários não incomoda ninguém? É isso a justiça?
João Vieira
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