quinta-feira, março 31, 2016

Nostalgias do ofício

Para os nostálgicos das funções oficiais perdidas, já existia a frase clássica, e magnífica, do antigo ministro francês da Cultura, Renaud Donnedieu de Varbes: ""Passer de ministre à promeneur de son chien suppose un énorme travail sur soi-même".

Hoje ouvi outra ótima: "Deixar de ser ministro é sentarmo-nos no banco de trás do carro e darmo-nos conta de que, por uma qualquer razão, ele não arranca..."

4 comentários:

Gonçalo Pereira disse...

Delicioso!

Anónimo disse...

O problema é que nas Necessidades muitos dos nossos colegas Embaixadores, ou que exerceram essas funções, não se conformam com a sua situação de aposentado. E o MNE nisso é cruel. Nesse exacto momento, ignora-os. Passam rapidamente à História. Ninguém mais quer saber deles. O eles deviam fazer era aceitar com desportivismo essa sua nova situação e partir para outra. Viver uma vida diferente, ou junto da família se a tiverem, gozarem os amigos que foram fazendo ao logo da vida, fora e dentro da vida profissional e mandar às malvas o MNE. Infelizmente, poucos o fazem. Muitos continuam a arrastar o rabo por lá, numa situação quase humilhante. Confrangedor. Há pessoas que não sabem viver o futuro como reformados/aposentados. pois bem, têm o que merecem. Como sucede no MNE. Não tenho pena deles. Cá vou gozando a minha reforma, longe do Palácio das Necessidades (longe qb) e pouco ou nada me interessa hoje a Política Externa. Acho por exemplo muito mais piada ao que por cá se passa. Afinal, agora vivo por cá! E por cá viajo. Neste belíssimo país, que dantes poucas oportunidades tinha para ver.

Anónimo disse...

É o que o que me parece que acontece, todos os dias, com o sr. Passos Coelho, que nem se dá conta que tem que passar para o volante. Lá continua sentado e de bandeirinha na lapela. Isto é que é uma Porra!.

Anónimo disse...

Concordo que Portugal é fantástico para viver, mas com a televisão desligada. Ao abri-la esporadicamente no estrangeiro e apenas ouvir notícias de Portugal sobre economia fico com a sensação do enorme barrete que os media portgueses, com profunda compenetração, enfiam às pessoas, como se Portugal fosse uma enorme praça da bolsa onde apenas acontecessem swaps, derivados e outros take-over.

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