A utilização pelo Partido Socialista das "eleições primárias" como método de escolha do seu "candidato a primeiro-ministro" já estão arquivadas na memória política do país. Derrotado nesse exercício que teve o mérito de proporcionar, António José Seguro saiu de cena como secretário-geral do PS e António Costa sucedeu-lhe em congresso. Com a avalanche quotidiana da nossa vida política, em que a espuma dos dias tudo esconde, dá ideia que isto já foi há séculos...
Ascenso Simões, um antigo secretário de Estado, interveio nesse debate através de várias tomadas de posição, colocando-se abertamente ao lado de António Costa. Fê-lo, porém, com uma elegância na forma de intervir que marcaram alguma diferença face a outros que, empolgados com a escolha interna, passaram algumas marcas. Dos dois lados, há que dizê-lo.
Ascenso Simões publicou há pouco as peças dessa sua intervenção num pequeno livro, significativamente intitulado "O Bom Combate", que julgo que não pretende ser mais do que um testemunho cívico, aprofundando algumas temáticas trazidas ao debate. O volume é apresentado pelo professor José Adelino Maltez. Sem esconder a sua opção, Ascenso Simões apresenta nesses textos um raro equilíbrio na análise. Essa é a razão que me leva a destacar aqui esse livro, de um tempo já longínquo, mas que fixa alguns dos seus capítulos essenciais. E que, muito em particular, releva esse exercício único de cidadania que foram as "eleições primárias" dentro do PS.
4 comentários:
Se não forem os seus correligionários partidários estou para ver quem comprará esse livro...
De certeza que não serão aqueles que viram os seus ordenados e pensões depauperados. Esses de políticos nem querem ouvir falar.
Nunca ouvi falar. A edição teve quantos livros? 500?
Nunca entendi muito bem Adelino Maltez,parece dizer tudo e o seu contrário.
Penso que nem ele próprio se compreende.
Deve ser um problema meu.
Cumps.
Deviam a partir livro "História de um PS desconhecido" -Rui Mateus, publicar uma 1ª edição de um novo Livro: "Histórias de um PS conhecido(1992-2010)", haveria muito para os leitores ler e ficarem boquiabertos !
Mas tinham que ser mais de 500 exemplares (valor mínimo para uma 1ª edição)...
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